You Are The Reason | Peraltiago [CONCLUÍDA]

DESPEDIDA

DESPEDIDA

substantivo feminino

1.

ato ou efeito de despedir(-se); partida, saída, separação, demissão, adeus.

Contato humano.
Nossa primeira forma de comunicação.
Segurança, proteção e conforto... tudo isso sentimentos de paixão... e amor.
Precisamos ser tocados por quem amamos quase como precisamos do ar pra respirar. Mas eu só percebi a importância do toque... Do toque dele... depois que perdi.
Então, se estiver vendo isso, e for possível... toque nele. toque nela.

A vida é curta demais para desperdiçar um segundo.
no suave toque de um dedo. Ou de lábios encostando numa bochecha.
Ele nos conecta quando estamos felizes, nos dá apoio quando temos medo... desperta

- A cinco passos de você

AMY

Entrei no quarto e vi meu pai segurando nas mãos dela ainda chorando, minha mãe estava com um tubo de respiração, não conseguia mais falar e muito menos se mover o câncer já tinha dominada a por completo. No último mês o estado dela se agravou e sabíamos que a qualquer momento ela poderia partir. Cheguei perto dele e apoiei minhas mãos em seus ombros e ali choramos por alguns minutos em silencio apenas aproveitando enquanto ainda a tínhamos ali. Não eram necessárias palavras, apenas a companhia um do outro e o toque e as lembranças que eram inevitáveis.

Flash Back on:

Eu tinha oito anos e ainda não sabia andar de bicicleta e em um belo dia de verão Novaiorquino minha mãe decidiu me ensinar a andar... Até então só tinha andando com as rodinhas, eu tinha medo, muito medo de me machucar mais ela sempre me incentivava. Estávamos na Central Park em um dia de Sol. Ela dizia:

- Queria, confie em mim! - dizia enquanto eu colocava meu capacete e a proteção - eu jamais faria algo para te machucar! - ela dizia me ajudando a por a joelheira. - Depois que você aprender nunca mais vai esquecer - ela disse e eu sentia uma confiança.

Monto na bicicleta ainda insegura, não estava confiante e tinha medo dela me deixar e eu me machucasse, não me sentia pronta. Tinha medo de falhar e não da a ela orgulho.

- Eu estou aqui querida, te segurando - ela dizia e eu vi suas mãos no banco da bicicleta e aquilo me alegrava e me dava confiança e após um tempo pedalando sem sucesso digo:

- Mãe quero parar! - falo ainda olhando para frente - minhas pernas doem, não tenho mais forças! - dizia querendo desistir, me sentia envergonhada por querer desistir.

- Meu amor continue, você é forte! - ela dizia e eu pedalava mais forte.

- Mãe eu estou com medo! - dizia a ela, medo de cair e me ferir pensava. - Deixa eu desistir por favor! - suplicava.

-Amor, você tem que aprender! - ela dizia com sua doce voz. - Você precisa aprender!

-Eu não quero aprender, mamãe as vezes aprender dói - dizia sentindo meu joelho doer e mais ainda pensando se eu caísse, aí sim doeria.

- Apenas continue...- ela dizia.

- Não me solte mamãe, não estou preparada! - dizia pedalando cada vez mais... e assim consegui pela primeira vez andar de bicicleta.