Deus, o senhor não está mais olhando por sua filha?
Foi o que pensei quando a porta do elevador abriu e eu tive a imagem do desgraçado arrogante de blusa branca na minha frente. Ele parece tão descrente quanto eu, a julgar pelo seu olhar raivoso que parece me atravessar.
- Vão entrar ou não? – Escuto Sam quebrar o silêncio.
- Claro, amor. – Escuto uma voz responder Sam e só então percebo que Luke está junto com o idiota.
- Não. – A arrogância em pessoa diz, ríspido. Bom, vou fazê-lo perceber que eu também não quero que ele entre.
- Conseguiu limpar essa porcaria. – Digo, rindo.
- Como você... – Ele começa, mas Luke o interrompe.
- Dylan, entra logo ou eu juro que... – Antes que ele termine, o garoto entra no elevador de supetão e aperta o botão do décimo primeiro andar.
Antes da porta se fechar, reparo um pouco mais além de sua estúpida camiseta branca. Ele está com um boné preto e uma blusa xadrez por cima da camiseta. Ele tenta se colocar do outro lado do elevador, o mais distante de mim possível, mas Luke toma a dianteira. ficando bem do lado de Sam.
A porta se fecha e estamos lado a lado.
1° andar.
- Você deveria ser mais educada. – Ele comenta baixo, provavelmente para que eu não escute.
- Engraçado você falar de educação. – Debocho. – Não devia cobrar algo de alguém, se você não tem.
- Bom, não fui eu quem saiu derramando bebida nas pessoas.
2° andar
- Agora sabemos quem é o surdo de nós dois. - Digo, olhando diretamente para a porta do elevador.
- Como é? – Por estarmos lado a lado, quando ele se vira em minha direção, percebo seu rosto ficar vermelho.
- Não ouviu? – o encaro, cruzando os braços. – Disse que você é o surdo, porque não deve ter escutado as dezenas de vezes que lhe pedi desculpas naquele dia. Então, ou você é surdo ou sua arrogância tapou seus ouvidos.
3° andar
Luke e Sam estão tão envolvidos em sua conversa que não percebem que estamos prestes a sair no tapa.
- Você tem algum problema? – Seus braços estão alinhados a seu corpo e percebo seu punho fechar, provavelmente contendo a raiva.
- Quem tem problema aqui é você. – Aponto o dedo em seu peito. – Aprenda que as coisas acontecem sem querer, seu idiota. Não te conheço, por que raio de motivo eu teria jogado alguma coisa nessa porcaria de blusa por querer? Você é algum idiota?
4° andar
Não consigo enxergar mais dentro de seus olhos, pois ele os estreitou tanto que chuto que estejam fechados.
- Escuta, sua... – Ele para um minuto e parece respirar fundo.
5° andar
- Você deu muita sorte. Se a mancha não tivesse saído, cobraria outra de você. – Ele diz, me fazendo gargalhar.
- Qual o seu fetiche com essa porcaria de blusa? – Pergunto ainda rindo. – E o que te faz pensar que eu compraria outra?
6° andar
Estou com os braços cruzados novamente e ele parece abaixar a cabeça para conseguir olhar nos meus olhos. Ele não parece muito mais alto que eu, mas ainda sim percebo a inclinação de sua cabeça para conseguir alcançar meu olhar. Aqueles pequenos olhos rasgados parecem estar contendo certa quantidade de ódio.
7° andar
- Você é um pequeno inferno de garota. – Ele diz com o olhar baixo e os dentes semicerrados.
8° andar
Antes que eu possa responder, a porta do elevador se abre, revelando Kat ao lado de um garoto moreno, sorrindo, antes de perceberem a cena que se passava na frente deles.
Precisamos mostrar o amor entre Dylan e Rebecca.
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8° ANDAR (SENDO REESCRITA)
Fiksi RemajaMudanças são difíceis, mas necessárias. A vida é assim, a gente pode planejar cada passo que vai dar e em como um fenômeno natural que ninguém espera tudo muda e você não pode fazer nada para evitar. Foi assim com Rebecca e Samanta. Tudo era lá e...