Amor e Fúria

Prólogo- A aurora dos lobos

Encontrei Fanfics que escrevi há muito tempo e resolvi postar, essa eu escrevi em 2014.

Escrevi em: 2014
Corrigi e Revisei: 2020

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Existe neste mundo algo mais incrível do que a fantasia e é a própria realidade, os homens andam nas suas estradas de asfalto, caminhos inférteis, maculando a beleza da terra, onde o asfalto se instala a vida se retira, andam em seus casulos de ferro, soltando venenos no ar e há mais de 3000 anos fecharam os olhos para os filhos da magia. Homens-lobos, humanos-raposa, Banshee, as senhoras da morte, magos e bruxas e os antigos druidas que guardam a verdade dentro de suas árvores sagradas. Os homens ordinários esqueceram da magia...  

Mas esquecer de algo, não faz isso desaparecer, a magia vive e as criaturas que antes viviam na luz e eram coroadas como deuses, hoje vivem como criaturas da noite, escondendo-se da ganância destruidora do homem-sem-coração.  

- A antiga linhagem dos Sylvanus, que hoje deve ter mudado de sobrenome. Conta-se que os Sylvanus casavam homens e homens e mesmo assim crianças nasciam e eram chamadas de os filho da fúria, eram lobos ferozes e capazes de controlar sua transformação mesmo quando eram pequenos, podiam se transformar em lobos e quando adultos se transformavam em lobos grandes como nenhum outro, a realeza parecia exalar deles, seus olhos eram fortes e vivos e sua voz forte como o trovão...

- MÃE! Pare de encher o menino com essas historias você sabe que o ultimo dos Sylvanus morreu há mais de trezentos anos e mesmo muito antes disso, os filhos da fúria deixaram de existir. Não ligue para isso querido, homens não podem ter crianças, isso é só uma historia da nossa... - mulher engoliu a seco, como se evitasse uma palavra – ordem.

- Espécie – o menino falou – por que não admite mãe? Somos os filhos dos antigos senhores e senhoras dos carvalhos, uma das poucas famílias de druidas que ainda vive.

- EU SEI – a mulher gritou irritada – eu sei – ela suspirou – filho, eu só quero viver em paz, como pessoas normais. – ela abanou o ar - Pode continuar ouvindo as historias da sua avó.

- Oh minha doce filha, não são historias minhas – ela puxou um pesado livro – são as historias das grandes famílias lobos, a maioria está morta ou se perdeu na historia, com a miscigenação das espécies, lobos e humanos, lobos e banshees, etc. Mas os Sylvanus descendem dos primeiros lobos, que eram homens que fizeram pactos com a lua...

- Conhecemos a história do pacto mãe , continue a historia dos Sylvanus para podermos ir, se eu for agora o Bob com certeza vai me perturbar a noite toda por não ter deixado ouvir o fim da história. Já estou aqui, me diga de qual dos fundadores os Sylvanus descendem?

- Sua mãe sempre gostou da historia dos fundadores, ela não admite, mas está nos nossos genes gostar da historia dos seres fantásticos e protegê-las –  a velha falou e Bob riu – Então... eles descendem de Lucian, o Belo. É dito que era tão bonito quanto uma donzela porém era um homem e forte, dizem que seu pai, um feiticeiro, tinha roubado o ouro do sol e pusera nos seus cabelos, roubara a beleza da lua e pusera na sua pele, que era tão linda quanto o pêssego maduro, roubara a leveza de uma pantera e a esperteza do gato e colocara tudo nele, também se diz que quando nasceu as pradarias tornaram-se amareladas pois seu pai roubara-lhes o verde e pusera nos olhos do filho. Olhares estavam em cima dele por onde passava, das moças e de alguns rapazes, conta-se que Lucian Sylvanus se apaixonou por um dos outros fundadores, Maximiliano Owen ou Max, o Perspicaz, alguns dizem que Lucian entrara no pacto com a lua por causa de Max. No momento das palavras e de pedirem sua força, velocidade, agilidade e tudo mais que os lobisomens tem até hoje, enquanto rezavam para a lua, todos disseram as mesmas palavras, mas Lucian gritava na sua mente para a lua também lhe dar o poder de gerar uma criança para Max.