Um café ou dois?

ONZE.

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Mariana não havia ficado para o almoço, logo após o café ela me agradeceu o ensaio, a noite e a estadia. E eu a agradeci pela companhia.

A noite de ontem havia sido divertida. Fazia algum tempo que eu não sabia o que era uma festa. E como a boa brasileira que sou, eu amo festa. Seja ela como for. Se me chamar, sabem que eu vou.

Mari havia me apresentado um típico Irish Pub. Eu gosto do clima de pubs, eles são diferentes, porém, costumam ser deliciosamente divertidos. E estar com Mari me fazia ficar alegre.

Enfim, o dia de hoje seria dedicado a recuperação da minha ressaca. Não havia muita coisa da qual eu deveria fazer, e a maioria dessas coisas, eu dependia das fotos que estavam sendo tratadas pelo Filipe. Eu avisei ao Miguel sobre o sucesso dos ensaios e assim que eu recebesse o arquivo, mandaria à equipe da Payot.

Me sentei com a Lua em frente à TV e escolhi qualquer filme na Netflix. Entre um cochilo e outro eu respondia a Bárbara no WhatsApp, já que ela insistia em me fazer diversas perguntas: o que eu gostava de fazer, quanto tempo estava aqui, por que eu vim pra cá, de onde eu sou.... no entanto, eu não perguntava quase nada de volta. Não que eu quisesse ser grossa, mas não dava tempo de vencer meu cansaço — leia-se preguiça. Mas, ela havia comentado comigo que era DJ, e que me encontraria em muitas baladas por Paris, caso eu fosse de frequentar esse tipo de lugar.

Acho que iremos nos encontrar bastante, então. Eu, definitivamente, sou a pessoa que frequenta esses lugares.

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Hoje era sexta-feira. Já havia passado praticamente uma semana desde o dia do ensaio. Por falar nessa semana, eu basicamente não fiz nada demais. Nem vi Mariana, no entanto, conversava todos os dias com ela por WhatsApp. E Bárbara conversava comigo todos os dias, também. Enfim, recebi hoje o arquivo com as fotos tratadas e prontas para serem escolhidas e encaminhadas.

A manhã de hoje era calma e quente. Mariana havia dito que, caso eu quisesse, poderíamos ir à algum evento social para sextar.

Entretanto, ainda faltavam analisar 133 fotos e delas, escolher 10.

Eu imaginava que fosse uma tarefa mais fácil. Estou, a cada foto, me convencendo mais, de que, talvez, mas só talvez, eu esteja mesmo rendida pela beleza de Mariana. Não há, sequer, uma em que eu não tenha gostado. Eu não conseguia encontrar defeito palpável o suficiente que me fizesse não querer escolher, simplesmente, todas as fotos que eu analisava. Mariana nasceu pra isso e eu, felizmente, não poderia ter encontrado pessoa mais adequada.

Com muito custo, escolhi as 10 fotos necessárias para encaminhar a equipe de marketing da Payot. Aproveitei o email aberto e dediquei um pouco do meu tempo em organizar minha caixa de entrada.

Terminei pouco depois do horário habitual do meu almoço, no entanto, havia feito todos os meus deveres de casa dessa sexta, quiçá, dessa semana.

Fui pega desprevenida com o som da notificação do meu celular, olhei o visor e vi mensagem de Mariana.

"Bia, balada hoje. Topa? Vamos eu e uma amiga"

Eu respondi: topo.

Jamais seria capaz de perder uma boa festa. E hoje eu traria a Jenyfer.

Aproveitei o gatilho dos trabalhos do dia, e mesmo não precisando, adiantei diversas outras pendências. O fim da tarde foi se aproximando, precisava sair daquele foco, descansar a cabeça um pouco e começar a me arrumar.

E assim, o fiz. Luete ficava roçando entre minhas pernas, enquanto eu assistia alguns vídeos, a peguei no colo para sanar toda aquela carência da gata.