🚀Acordei hoje por vontade própria. Ninguém atrapalhou meu sono, e eu agradeço imensamente. No entanto, ao abrir os olhos, minha cabeça latejou. Eu lamentei a dor, e assim que me toquei do porquê, as lembranças da noite anterior começaram a inundar minha mente.
Não estava arrependida de ter beijado uma pessoa da qual eu não conheço. Não significou nada pra mim além de diversão, e creio que para Bárbara também. O gosto era o mesmo de tantas outras bocas que eu haveria beijado até hoje.
Acontece que a Jenyfer não queria a boca de Bárbara. Porém, agradeço imensamente a Jenyfer por manter a Bianca nos bastidores do palco que ela assumiu naquela balada. E felizmente, a Bianca é mais ajuizada do que Jenyfer e o que ela queria não aconteceu. Até porque, eu temia aquela aproximação na mesma proporção em que Jenyfer desejava.
Nos últimos meses venho aprendendo sobre responsabilidade afetiva. Tendo isso em vista, identifiquei que existem aventuras das quais é arriscado explorar. Não que eu saiba como será essa aventura, todavia, eu sei como eu sou e sei que existem algumas ocasiões das quais seriam difíceis de me adaptar, e também, era melhor evitar quando as intrínsecas de uma relação se deu por algo profissional, por exemplo.
Mas eu podia jurar que Mariana se sentiu desconfortável por alguma coisa que eu não saberia identificar o quê. Não sei eu, como Bianca. Porém, para minha alter ego, Mariana pareceu sentir-se desconfortável. E eu cheguei até a separar os acontecimentos por ordem para provar que meu ponto estava certo. Por exemplo: a noite não tinha horário para acabar. Nem estávamos lá há tanto tempo. Mariana havia combinado que todas iríamos no mesmo carro de volta para casa, no entanto, eu voltei sozinha. Eu pedi pra Mariana avisar quando chegasse, e ela não avisou.
Cheguei a supor que Gabriela havia feito algo a ela, mas não acho que ela iria preferir que eu fosse sozinha embora se o problema fosse com ela, certo? Bom, agora como Bianca eu ainda acho que ela se sentiu desconfortável. Jenyfer era mais lúcida do que eu imaginava, talvez eu a tenha subestimado.
Por eliminatórias de teorias, cheguei a conclusão de que, muito provavelmente, Gabriela teria falado mal de mim para Mariana.
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Mais uma semana aqui e eu estava cada vez mais acostumada com a minha nova cidade.
Passei a última semana, novamente, sozinha. Exceto por uma tarde que Bárbara convidou-me para um café. No entanto, não rolou nada e o papo também não foi tão bom assim. Só fui mesmo porque não queria mais ficar sozinha. No resto dos dias, eu fiz Live no Instagram, bebendo vinho e falando besteira, interagi no Twitter e resolvi as pendências que me iam aparecendo do Boca Rosa Beauty e sua nova locação.
Sobre Mariana, desde a balada eu não falava direito com ela. Ou ela demorava demais a responder ou era bem mais direta do que eu a conheci. Mas, ela disse que estava corrida e eu decidi não atrapalhar.
Nesse começo de sexta feira eu iria comprar alguns móveis que estava precisando. Depois o preço dos móveis seriam descontados do aluguel. Afinal, eu aluguei o apartamento mobiliado e eu não pretendia levar nada aqui quando voltasse ao Brasil. Não tenho culpa que algumas coisas aqui simplesmente não funcionam da maneira que deveria, né?
Compraria uma poltrona, pois a que tem aqui, desde que cheguei está com o pé quebrado e uma cômoda. O resto era bem ajeitado e moderno.
Enfim, eu já estava arrumada para sair e sem fome. Comeria algo na rua.
Decidi que iria na Maisons Du Monde, a proposta da loja era incrível! Além de ter utensílios de decoração, o que eu definitivamente, adoro. Existem várias pela cidade, não demorou tanto para chegar até uma.
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Um café ou dois?
Romantizm"Uma vez li uma frase de escritor norte-americano, Ernest, nesta frase o autor dizia que só existia dois lugares no mundo em que podemos ser felizes: em casa e em Paris. E que Paris é uma festa móvel. Depois de um imenso bloqueio criativo, precisav...