Contos de Reformatório | Marvel Fanfic

chapter One

- Nome?

- Natasha.

- O seu nome todo. - O homen revirou os olhos mais de cansaço que de tédio. Ele já estava acostumado a jovens rebeldes ou meramente irritantes, mas aquela? Aquela menina lhe vinha tirando a paciência desde que começaram aquela conversa.

- Natalia Alianovna Romanoff. - A ruiva revirou os olhos bufando. - Mas se me chamar de Natalia eu vou te matar, só aviso.

- Olha, se colaborar, aqui vai ser muito melhor pra você.

- Natalia Alianovna Romanoff. Dezesseis anos, cidade natal Volgogrado, Rússia. Transferida da unidade de ensino médio Escola Integrada Privada, acho que é assim que se fala no seu idioma tosco...

- Natasha... - Ela sorriu cinicamente com a repreensão do agente. - Por que exatamente você foi ahn... Transferida?

- Agora sim chegamos a uma parte importante. Sabe, eu acidentalmente descobri um podre do professor de dança e como toda boa cidadã denunciei a meus superiores.

- Foi o que me disseram. Também informaram para não acreditar muito no que a Senhorita diz. - Ela levantou uma das sombrancelhas com deboche.

- Então por que está me interrogando?

•••

Só mais cinco minutos aguardando para poder finalmente entrar. O local exalava calmaria, ele julgou por si ser o ambiente perfeito para o primeiro emprego oficial. Não que já não tivesse tido um emprego antes, mas este fora mais como um favor a seu melhor amigo, James. O rapaz era um aventureiro e à flor dos dezesseis arranjara trabalho em uma das boates de Hellfire, como desculpa para ficar menos tempo em casa e para não faze-lo sozinho, implorou que Steve fosse com ele.

- Rogers? - A voz do diretor foi o que chamou sua atenção de volta a realidade. Os olhos do rapaz brilharam ao ver seu ex-tutor, agora futuro chefe, Nicholas Joseph Fury, era um ícone de respeito na organização. Ele se levantou rapidamente e apertou as mãos do homem com gosto. - Prazer em revê-lo, meu jovem.

- O prazer é todo meu, diretor. - Ele dizia coma empolgação de uma criança que acabara de ganhar sua primeira bicicleta, trabalhar na SHIELD era sim uma grande conquista.

- Vamos, entre, garoto. Quero que veja tudo enquanto te explico como exatamente funcionam as coisas aqui. - Enquanto caminhavam pelo corredor uma mulher morena em um macacão azul marinho passou por eles com alguma pressa. - Hill?!

- Bom dia, Diretor. - Ela se permitiu uma pausa para cumprimentá-los. - Este é o novo estagiário? Prazer em conhecê-lo. Também fui aluna do Fury na Academia Preparatória.

- Ela era uma peste, Steve. É aquela garota que te contei, que uma vez arranjou briga com a Melinda May e foram parar as duas na enfermaria. - Um sorriso nostálgico surgiu nos lábios de Maria e nos de Fury ao mesmo tempo que Rogers segurava o riso, achava uma falta de respeito rir da desgraça de uma pessoa que acabou de conhecer.

- O bom é que nos tornamos grandes amigas. - A morena sorriu. - Bem, eu preciso ir. Problemas com um dos novos internos.

- Ah, nós acompanhamos é para lá que o Steve vai.

•••

Ficou um pouco mais de tempo sentada com os braços cruzados em um canto do pátio enquanto alguns agentes faziam os primeiros socorros na garota que estava no chão urrando de dor. Drama? Definitivamente não. Mas ela deveria ter pensado um pouco mais antes de provocar a ruiva - não entremos em detalhes -, que com um golpe único e certeiro no joelho esquerdo, que estalou como um ovo sendo quebrado, vingou-se à altura do que a menina lhe havia dito.

- Cassete! Que confusão isso aqui! - Fury exclamou alarmado ao ver a algazarra que se sucedida naquele lugar. - Mas o que aconteceu com a Bárbara? - Indagou a ver a loira recebendo os primeiros socorros.

- Tentativa de homicídio. - Outro rapaz respondeu de braços cruzados encarando a ruiva que estava do outro lado e indicou para a mesma. - Nick, aquela é Natasha, nossa nova interna. Ela é um pouquinho agressiva pra dizer o mínimo.

Fury segurou uma risada olhando para Rogers que estava ao lado dos dois sem entender absolutamente nada.

- Espere! Steve não ficaria com a garota nova? - O loiro arregalou os olhos ao ouvir aquilo e os outros dois começaram a rir.

- Eis alí sua cova, Rogers. - O rapaz comentou sem disfarçar o quanto estava se divertindo. - É um prazer conhecê-lo. Sou Clint Barton.

- O Prazer é meu... - Rogers ainda estava atordoado. Definitivamente Calmo e pacífico não eram palavras que pudessem descrever aquele novo emprego. - Uma pena que eu vá morrer tão cedo.

- Você supera.