Chapter five

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"Ah, yeah, ah, yeah
I got this feelin' inside my bones
It goes electric, wavy when I turn it on
All through my city, all through my home
We're flyin' up, no ceilin', when we in our zone"

A canção havia começado como um aquecimento vocal. Estava em sua cabeça desde que acordara, passou a aula toda cantarolando mentalmente e quando finalmente se viu com alguma privacidade estava com os headphones a escutando-a no quarto. As batidas aos poucos guiavam suas ações. Era com um play, a melodia era seu controle remoto. Cada passo era levado por uma notação. Sol, à esquerda, mi e ela ficava na ponta dos pés, o giro vinha quando finalmente retornava para a nota original. A canção continuava e ficava mais intensa junto com os movimentos da dançarina.

Cause I got that sunshine in my pocket
Got that good soul in my feet
I feel that hot blood in my body when it drops (ooh)

Os Sneakers ALL star, deslisavam pelo piso que revestia o chão do quarto dando-lhe mais mobilidade. Era como se realmente pudesse voar, guiada pelo vento melódico, os acordes davam vida aos pensamentos que flutuavam assim como sua dona. Lembranças da antiga academia, não lhe haviam deixado perceber que outra pessoa estava a observando, porém não durou muito, seus olhos se encontraram com os dele em pouquíssimo tempo então finalmente pausou o som assim como a coreografia e o encarou um pouco séria.

- Não sabia que era tão boa. - Ele comentou fazendo Romanoff revirar os olhos.

- Eu não sabia que você tinha mania de invadir a privacidade dos outros.

- Me perdoe não foi intencional. - Respondeu um pouco acanhado ao perceber que havia realmente cortado o clima. Natasha pegou o celular e o desconectou dos headphones. - Desde quando você dança?

- Steve, o que você quer? - Ela o cortou com outra pergunta. Odiava quando tentavam saber de sua vida e isso não era recente. Cruzou os braços o encarando com seriedade.

- Já são duas e meia. Você tem aula de ética daqui a pouco. E ainda precisa escolher uma oficina extracurricular. Pensou em alguma?

- Ainda não... Fiquei ocupada com o dever de casa.

- Alguma dificuldade?

- Nada que eu não resolva. - Steve assintiu um pouco duvidoso e abriu a porta para sair.

- Clint está te esperando para a aula. Não se atrase.

- Não irei me atrasar.

•••

- As pessoas frequentemente usam beneficência como sinônimo de respeito pelas pessoas, ou justiça. Entretanto, somente este princípio envolve atos de bondade ou beneficência que vão além da simples obrigação.

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