-É claro que não é um bom momento... - ela disse sem obedece-lo -Vou ver o que eu acho para limpar todo esse sangue. - ela falou antes de sair da sala à procura de uma maleta de primeiros socorros.
-Você não devia ter feito isso. - Josh o repreendeu - Vou ver se consigo arrumar a sua bagunça! - ele gritou antes de sair da sala deixando Noah sozinho.
Ele bufou. Ninguém mandou aquele idiota ter falado tudo aquilo.
A porta se abriu e Any reapareceu aflita.
-Aqui, - ela disse abrindo a sua bolsa - sempre tenho álcool gel e algodões. Deve servir... tem que servir! - ela disse nervosa.
-Está tudo bem, pode voltar ao trabalho. - ele disse frio.
-E você pode ficar quieto e me deixar limpar esse sangue. - ela disse de nariz empinado.
Noah sorriu diante a tal afronta.
-Você sabe quem manda aqui, não sabe? - ele perguntou irônico.
-Você disse que não queria empregados puxa-saco. - ela respondeu umedecendo o algodão com o álcool - Então Nono, olhe para cima e me deixe te ajudar. Ou você quer que todos os outros empregados vejam que você também levou uns socos? - ela disse sorrindo.
Noah não havia ouvido nada mais do que ela falará depois de Nono.
Ela estava sorrindo e por um momento ele teve que pensar o que tinha mesmo que fazer.
Ela levou a delicada mão até seu queixo, o levantando. Ele não protestou. Gostou do toque delicado das pequenas mãos dela.
-Bom, menino. - ela o elogiou - Então, o que ele te falou para você bater nele? - ela perguntou largando o algodão no ferimento.
-Como você sabe que ele me falou alguma coisa? - ele perguntou sentindo uma pequena ardência.
-Você não me parece o cara mau que bate nas pessoas. - ela sorriu - Já ouviu aquele ditado, cão que ladra não morde? Você não parece ser do tipo que morde.
Ele ficou em silencio por um tempo, e então brincou.
-Está chamando seu chefe de cachorro?
Ela riu, uma risada que mais parecia sinos angelicas tocando. Foi impossível ele não sorrir.
-Em teoria. - admitiu continuando a limpar o ferimento perto do olho.
Ele continuou em silencio. Não precisava contar para ela. Mas ao mesmo tempo, ele queria contar pra ela. Conversar em ela... Ele suspirou e falou.
-James é um de meus acionistas, veio aqui para deixar a empresa. Em meio a nossa discussão ele acabou falando do meu pai e... eu bati nele. - ele suspirou - Você não deve entender...
-Eu entendo. - ela disse calma - Também não admito que falem dos meus pais. - ela disse séria e ele pôde jurar ver uma sombra de sofrimento nos olhos dela - Muito menos da minha mãe.
-Eles já morreram? - ela negou com a cabeça - Os meus já.
-Sinto muito. - ela disse sincera.
O silêncio entre eles ficou pesado. E ela trocou de algodão e começou a limpar o pequeno corte da sua boca.
Mas não era uma boa ideia tê-la tão perto. Ele engoliu seco e procurou não olhá-la.
-Então... - ele disse nervoso - seu primeiro dia está um tanto exitante?
Ela riu, e ele quase se desculpou pela escolha totalmente errada de palavras.
-Não sei o que tem de exitante em limpar o sangue do rosto do chefe. - ela disse divertida - Mas o dia está bastante movimentado. - ela admitiu.
-Está assustada?
-Não. Estou curiosa. - ela admitiu com um sorriso travesso nos lábios.
-Curiosa sobre o que? - ele não pode deixar de perguntar.
-Sobre trazer suas aventuras para cá e o seu caso com a última secretária.
Noah sorriu torto. Ela estava lhe dando mole?!
-Fuzz, a última secretária, era muito bonita e vivia dando em cima de mim, e você sabe, eu sou homem... - ele disse cheio de malícia e ela o interrompeu.
-Já conheço sua fama. - ela admitiu sorrindo - Por que você a despediu?
-Ela ficou obcecada por mim. Me seguia nos eventos, e começou a me sufocar. Eu não queria um caso com ela, eu queria uma noite com ela. - ele torceu o nariz - Fui obrigado a despedi-la.
-E quanto a mim? - ela perguntou ainda limpando seus ferimentos - Me contratou com segundas intenções Noah?
Ele pensou em lhe mostrar a lista de qualidades que havia feito dela no primeiro dia e que se encontrava em sua carteira, mas achou melhor não.
-O que você acha? - ele perguntou malicioso enquanto ela pegava outro algodão.
-Eu acho, que se você me contratou com segundas intenções, perdeu seu tempo. - ela disse séria - Eu e você não vai rolar.
O sorriso de Noah sumiu. Em seu rosto agora, a expressão séria mostrava o quanto ele estava bravo.
Jogando os algodões sujos fora, ela saiu da sala levando sua bolsa e deixando Noah sozinho.
Quem ele pensava que ela era? Ele havia lhe contratado apenas com o intuito de transar com ela?!
Oh, ele devia pensar que a pobre Any do interior, é virgem e não tem malícia.
Ela sentou-se em sua mesa e suspirou. Ele realmente não a conhecia se pensava isso! Não mesmo.
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O Contrato
Romance+ Noany || (Adaptação) Onde Any Gabrielly Rolim Soares envia seu currículo para a Empresa Urrea's na esperança de ser contratada para o cargo de secretária Ou Onde Noah Jacob Urrea precisa se casar para que sua empresa não perca mais acionista...