"Você que é o tal Urrea?"

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- O senhor Urrea, já deve estar chegando

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- O senhor Urrea, já deve estar chegando. - A recepcionista simpática lhe disse sorrindo - Ele teve que resolver um assunto no andar de cima.

- Oh, sem problemas. Tenho certeza que ele deve ser um homem muito ocupado. - Any disse sorrindo e tomando mais um gole de café.

Na verdade ele podia demorar o tempo que fosse, desde que lhe contrata-se. Quando Any ingeriu a última gota de café a porta do elevador abriu e a recepcionista levantou-se sorrindo.

- Oh, senhor Urrea. Que bom que chegou, esta é Any Gabrielly, sua futura secretária.

Any virou com seu melhor sorriso, e então logo ficou séria.

- Você que é o tal Urrea? - ela perguntou com a voz áspera enquanto erguia uma sobrancelha e o olhava dos pés a cabeça - Eu não acredito...

O tão famoso e aclamado Urrea, não passava de um mal educado e completamente idiota roubador de vagas de estacionamento?! Argh! Só podia ser brincadeira!

- E o seu nome é Any Gabrielly? - ele disse sorrindo irônico - Vejamos como este mundo é pequeno.

Any queria socá-lo. Ela realmente queria socá-lo! Socá-lo e xingá-lo de mil e um palavrões possíveis. Mas não podia. Precisava daquele emprego. Assim como também precisava da boa quantia que pagavam do salário.

- Pois é. Muito pequeno. - ela respondeu corando.

- Sabina, - ele disse para secretária sem afastar o olhar do de Any - quero o currículo e a carta de recomendação dela em minha mesa.

- Sim senhor. - a morena assentiu se apressando em buscar o que ele pedirá.

- Até mais Any Gabrielly. - ele disse sem tirar aquele maldito sorriso do rosto.

Any continuou quieta. Se falasse mais alguma palavras com certeza seria um insulto.

"Oh droga, oh droga, oh droga!" - ela repetia em pensamento - "Estou frita, definitivamente frita!"

Ela tinha certeza que ele não ia contrata-lá. Ela o havia chamado de idiota. E não tinha sido somente uma vez...

- Any Gabrielly... - Sabina disse lhe tocando o ombro

- Sim?

- O senhor Urrea mandou avisá-la que dentro de alguns minutos, quer que você se junte a ele em sua sala.

- Algum problema?

- Não, - ela disse simpática - somente porque no seu caso ele fez questão de fazer a entrevista.

"Oh sim claro para poder me dar ele mesmo um chute na bunda... Oh droga, oh droga! Droga!"

- Acalme-se, - a morena disse percebendo seu nervosismo - ao contrário do que dizem os jornais e as revistas de fofocas, ele é muito cavalheiro.

Any forçou um sorriso.
Só se ser cavalheiro agora tinha mudado de sentido e significado, ao contrário Urrea não passava de um ogro.

Demorou pouquíssimos minutos até que a morena "simpática" lhe conduzisse pelo corredor em direção a sala dele.

Na última porta do corredor, a morena parou deu duas batidas e abriu a porta fazendo sinal para que Any passasse.

A sensação era igual a se estivesse entrando dentro de um jaula cheia de leões. A diferença é que atrás da grande e sofisticada mesa, encontrava Urrea, sentado em sua cadeira, esperando por ela.

- Obrigado Sabina. - ele disse sério - Pode ir agora.

 - ele disse sério - Pode ir agora

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