A massagem

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Terminando o mais rápido possível o tinha pra fazer, Any começou a subir as escadas, passando pelo seu próprio quarto e parando em frente ao de Noah

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Terminando o mais rápido possível o tinha pra fazer, Any começou a subir as escadas, passando pelo seu próprio quarto e parando em frente ao de Noah.

A porta estava entreaberta, como ele sempre deixava, e deitado na cama, coberto pelo lençol, se encontrava Noah de olhos fechados.

-Está dormindo? - ela sussurrou sem entrar.

-E perder a sua massagem? - ele disse sorrindo sem ainda abrir os olhos, e com as mãos atrás da cabeça - Nunca.
Ela sorriu e entrou, prestando atenção nas roupas espalhadas pelo chão.

-Que nojeira. - ela disse torcendo o nariz e chutando com o pé a camisa que ele acabará de tirar.

-Você tem óleo?

Ele abriu os olhos pela primeira vez e a encarou.

-Não. Tem algum problema?

-Não, espere, vou buscar um dos meus. - ela anunciou saindo correndo pela porta.

Ele pode ouvir a porta do quarto dela abrir-se, e logo depois fechar-se.

Ela entrou com um sorriso zombeteiro.

-Espero que não fique aborrecido por ficar cheirando a morango. - ela sacudiu o vidro com o óleo - Foi o único que eu achei.

-Não tem problema. - ele garantiu voltando a fechar os olhos.

-Vire-se. - ela mandou, e sem argumentar ele o fez.

O lençol desceu um pouco mostrando a parte branca e desnuda de uma de suas nádegas, e ela instintivamente ficou com a boca seca e com o coração acelerado.

"Ele está pelado!" - foi a única frase coerente que ela conseguiu montar em sua cabeça naquele momento.

Ela não sabe se passaram horas, minutos ou apenas milésimos, porém Noah a chamou.

-Any? Vai começar hoje ou amanhã? - ele disse em um tom de brincadeira.

-Porque você não coloca uma bermuda? - ela questionou quase que automático.

Ele riu antes de responder.

-Porque eu durmo nu. Algum problema? Você acha que não conseguir se concentrar ou algo assim? - ele disse levantando vagarosamente a cabeça para encará-la. Orgulhosa ela respondeu ficando corada.

-Orá, deixe de ser convencido. - ela ralhou revirando os olhos.

Ele riu voltando a enterrar a cabeça no travesseiro.

-Você está corando. - ele comentou - Faz tempo que eu não lhe via corar. Estava com saudades.

-Argh! - ela disse sorrindo - Você sempre leva tudo na brincadeira.

Como já era de costume, o silêncio reinou sobre eles, e ela tratou e se concentrar no que deveria fazer.

A massagem. Somente a massagem.

Fazendo a volta na cama, ela parou diante dele e corando ainda mais, puxou a lençol para cima novamente, tapando a parte desnuda.

Ele riu novamente, e ela tentou o ignorar.

"Você tem que manter o foco. Isso é só um acordo profissional. Tudo vai acabar logo e ficar bem." - ela repetiu seu lema para si mesma.

Espalhou um pouco de óleo nas mãos e as esfregou. Logo depois derramou um pouco nas costas lagas de Noah que disse um "Ei, isso esta frio!".

Seu coração começou a bater enlouquecidamente acelerado, e ela respirou fundo sem poder mais adiar o contato com a pele branca do homem mais atraente que já vira.

Ainda com certo receio, ela começou a massageá-lo.

Começando pelos ombros, nuca e descendo vagarosamente pela extensão da coluna, os polegares pressionando os pontos mais tensos. Noah não podia estar melhor. As mãos de Any eram delicadas porém firmes e precisas, parecendo adivinhar os pontos certos.

-Onde você aprendeu a fazer isso? - ele perguntou com a voz abafada.

-A massagem? - ela forçou um sorriso - Minha mãe tem bastante dores nas costas. Aprendi na prática. - ela disse dando de ombros.

-Se eu soubesse dessa sua habilidade antes de nos casarmos, colocaria no contrato a cláusula onde lhe obrigava a me fazer massagem sempre que eu pedisse.

-É só pedir. - ela garantiu depois de uma curta risadinha.

-Tem certeza? - ele perguntou erguendo a cabeça para encará-la.

-Sim. - ela garantiu sem encará-lo.

Era mais seguro ficar longe daqueles olhos sedutores...

-Vou começar a pedir então. - ele disse sorrindo antes de voltar a abaixar a cabeça -Como está o seu jardim? - ele perguntou parecendo interessado, após um minutos em silêncio.

-Está ótimo. As flores estão cada vez mais bonitas. - ela disse orgulhosa.

-Sabe Elly, aquela vez das flores, realmente me desculpe. Não era minha intenção brigar com você.

-Vamos mudar de assunto. - ela pediu se sentindo incomodada enquanto lhe massageava os braços.

-Não, eu realmente sinto muito. - ele garantiu - Por algum motivo, desde o enterro dos meus pais flores me fazem lembrar deles, - ela ficou quieta, sem ter o que dizer - e quando eu cheguei foi confuso, tinha flores para todos os lados e tinha você lá. Eu havia me esquecido desse tipo de coisa.

-De que tipo de coisa? - ela perguntou curiosa.

-Eu acho que esqueci de como é ter uma família sabe...? Alguém que te espera para jantar todos os dias. Me esqueci de como isso é bom.

Ela engoliu seco enquanto sentia seus olhos se encherem d'água, e a vontade de chorar lhe invadir.

Ela engoliu seco enquanto sentia seus olhos se encherem d'água, e a vontade de chorar lhe invadir

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