Capítulo 19. O Tempo Está Acabando

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- Beatriz, você prometeu para mim que nunca mais voltaria a se envolver com drogas. – advertia Esther, brava.

- Desculpa aí, senhora da razão, mas eu estava sozinha, todos vocês me deixaram. – disse Beatriz, tentando mostrar o seu lado da história.

Após encontrarem Beatriz drogada no parque, sentiram que não havia mais clima para uma festa e resolveram ir para a mansão, onde todos dormiram rapidamente. Pela manhã, Esther discutia com sua amiga sobre os acontecimentos da noite passada.

- Eu sei, Beatriz, mas isso não é motivo para você trair um juramento. Tem tanto homem por aí que gostaria de namorar com você. As drogas não são boas companhias, é a mesma coisa que namorar um hétero-top; não faz bem. – aconselhou, Esther, a amiga.

- Você sabe que não tem ninguém que queira ficar comigo, por que essa insistência? – perguntou Beatriz.

- Porque você sabe que eu dependo de você se eu quiser ficar mais tempo ao lado do Léo. Sabe Deus quando a morte vai voltar. – ao dizer isso, Esther sentiu um tremendo calafrio e uma rajada de vento abriu as janelas da sala.

- Esther, você está bem? – perguntou Beatriz, se levantando do sofá, preocupada.

- Estou, é só que... Sentir uma coisa estranha. – disse Esther, sendo aparada pela a amiga.

- Não gosto quando você diz isso. – falou Beatriz, enquanto guiava Esther pelos braços para o sofá. A amiga estava sem reação e paralisada por um tempo.

Passado o momento de susto, os visitantes: Douglas e Léo; que dormiram na mansão, desceram as escadas e foram em direção ao café da manhã. A mesa estava farta, como sempre foi. Após o café-da-manhã, Léo e Douglas despediram-se e voltaram à suas casas. Sentiram que as suas mães poderiam estar preocupadas com o sumiço repentino dos dois.

A tarde chegou cedo e não demorou muito para um novo visitante se encontrar aos portões da grande mansão. Dessa vez, era um visitante um pouco indesejado.

- Boa tarde, quem é? – perguntou Esther, pelo comunicador da mansão.

- Sou eu, a Nete. Eu vim em paz, precisamos conversar. – revelou Nete, a sua missão naquela tarde.

Alguns segundos depois o grande portão branco da entrada da mansão começava a abrir. Nete prosseguiu levando sua bicicleta nas mãos. O encontro com Esther foi na sala da grande mansão. Uma conversa entre as duas iniciava.

- E então, o que deseja falar comigo? – iniciou Esther o diálogo. Estendeu a mão em direção a uma cadeira, pedindo que Nete se sentasse.

- Eu preciso me desculpar com você, eu fui uma estúpida, entende? Eu não queria causar uma guerra contra o Léo. Eu queria apenas que ele soubesse a verdade. – disse Nete, com voz triste.

- Entendo. Falando do fundo do meu coração, as coisas que você fez para acabar com minha relação com o Léo, foram terríveis. Você invadiu minha casa, espalhou mentiras, e apoiou o Guilherme num abuso. Isso é de fato, imperdoável. – demostrou Esther.

- Eu sei, eu sei. Não sou assim, não costumo ser a malvada da história. Mas Esther, por favor, você tem que me perdoar quanto a isso, eu fiz o que qualquer outra pessoa faria.

- Percebi isso há muito tempo Nete. Por mais que você me odeie, eu vou te perdoar. Na verdade, acho que nunca fiquei brava com você porque sempre te compreendi e entendi as suas motivações.

- Obrigada por isso, Esther. Obrigada mesmo. – agradecia Nete, limpando algumas lágrimas que desciam pelo rosto.

- No entanto, fique sabendo que não posso dizer nada sobre o Léo. Talvez ele não compartilhe da mesma bondade que a minha. – avaliou Esther.

Maneiras de Viver Depois de Morrer (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora