Quando você pensar em um baile de ensino médio, talvez venha à cabeça aquelas festas super organizadas, com todas as meninas de vestidinho ondulado e os rapazes de terno e sapato social, então, se você pensa assim, sinto muito em dizer, o baile da escola Monsaber é diferente. Você vai saber o porquê no final deste o capítulo, aguenta aí.
Vamos ao Léo, ele já começava a ajeitar sua roupa para o baile. Com o tema do baile sendo delírio tropical, resolveu usar roupas mais leves, um short preto e uma blusa preta com desenhos. Poderia parecer inacreditável, porém, nós pés, colocou um chinelo. Nada de sapatos para essa noite.
- Mãe, estou indo. - Gritou Léo.
- Inacreditável, você saiu de casa três vezes esse mês. - Fala Suzane.
- Tá mãe, não enche. - Bravejou Léo direcionando-se a porta para sair.
- Essa juventude, tão birrentos. - Brinca Suzane
Léo já se encontrava na porta de sua casa, Douglas vinha ao seu encontro, vestia uma regata azul, uma camisa branca e um chapéu de pagodeiro, nos pés, um sapato branco.
- Cadê nossa carona? - Pergunta Douglas.
- Está a caminho. - Respondeu Léo.
- Ótimo. A festa ontem estava um arraso, estou com ressaca ainda. - Fala Douglas.
- Foi muito legal. - Comenta Léo. - Você ficou com o Victor? - Perguntou Léo ao amigo.
- Conversamos bastante, mas não rolou. - Diz Douglas.
- Não rolou porque você não quis ou ele? - Quis saber Léo.
Antes que Douglas pudesse responder a carona para a frente da casa de Léo. A Range Rover estacionava e baixava o vidro da direita, Esther dirigia com Beatriz ao seu lado.
- Homens no fundo. - Disse Esther aos risos.
Léo e Douglas entraram pelas portas traseiras, sentando-se no banco de carona. Douglas sentou-se ao lado de Victor, seu parceiro para o baile. O carro adiantou seu caminho até chegar à escola. O clima era o melhor possível para uma noite de junho. Beatriz trazia algumas garrafas de vodca a mão, praticamente, já estava bêbeda. Ela saiu adiante dos quatro amigos e sozinha começou a entrar no baile.
- Ela tá agitada. - Diz Douglas.
- É o jeito dela. - Explicou Esther.
- Ela estava ansiosa desde de cedo para o baile. - Falou Victor.
- Ela se recuperou bem de ontem à noite? - Pergunta Léo. (Caro leitor, espero não ter esquecido que situação que Beatriz se encontrava não era das melhores, lembre-se dela abraçada na privada vomitando).
- Sim, muito bem eu diria. Ela se recupera rápido, de manhã já estava bebendo novamente. - Respondeu Esther com risos a pergunta de Léo.
- Ela é demais. - Elogiou Douglas.
- Vamos entrar então. - Fala Victor estendendo a mão para que Douglas pudesse pegar e entrar de mãos dadas.
O baile estava sendo realizado no auditório da escola, local onde ocorria palestra e peças teatrais. Logo na entrada, duas palmeiras decoram a festa, junto com papel de paredes de cocos, areia de praia espalhadas em alguns cantos do auditório e alguns postes de homens e mulheres selvagens pelados nas florestas. Tudo no esquema.
No palco, o Dj comanda uma playlist agitada, recheada de axé e funk. Beatriz já requebrava até o chão bem à frente do palco, mesmo sem ninguém está inteiramente no clima. Beatriz vestia um minishort jeans, com um sobretudo preto que cobria uma camisa branca.
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Maneiras de Viver Depois de Morrer (COMPLETO)
Novela Juvenil🥇 1° Em #ginásio!! Após receberem estranhos sinais premonitórios de suas próprias mortes, um inesperado acidente de carro irá alterar drasticamente o curso das vidas de Esther, Beatriz e Victor. Esses eventos os levarão a refletir profundamente sob...