Capítulo 7. O Baile Diferente da Escola Monsaber

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Quando você pensar em um baile de ensino médio, talvez venha à cabeça aquelas festas super organizadas, com todas as meninas de vestidinho ondulado e os rapazes de terno e sapato social, então, se você pensa assim, sinto muito em dizer, o baile da escola Monsaber é diferente. Você vai saber o porquê no final deste o capítulo, aguenta aí.

Vamos ao Léo, ele já começava a ajeitar sua roupa para o baile. Com o tema do baile sendo delírio tropical, resolveu usar roupas mais leves, um short preto e uma blusa preta com desenhos. Poderia parecer inacreditável, porém, nós pés, colocou um chinelo. Nada de sapatos para essa noite.

- Mãe, estou indo. - Gritou Léo.

- Inacreditável, você saiu de casa três vezes esse mês. - Fala Suzane.

- Tá mãe, não enche. - Bravejou Léo direcionando-se a porta para sair.

- Essa juventude, tão birrentos. - Brinca Suzane

Léo já se encontrava na porta de sua casa, Douglas vinha ao seu encontro, vestia uma regata azul, uma camisa branca e um chapéu de pagodeiro, nos pés, um sapato branco.

- Cadê nossa carona? - Pergunta Douglas.

- Está a caminho. - Respondeu Léo.

- Ótimo. A festa ontem estava um arraso, estou com ressaca ainda. - Fala Douglas.

- Foi muito legal. - Comenta Léo. - Você ficou com o Victor? - Perguntou Léo ao amigo.

- Conversamos bastante, mas não rolou. - Diz Douglas.

- Não rolou porque você não quis ou ele? - Quis saber Léo.

Antes que Douglas pudesse responder a carona para a frente da casa de Léo. A Range Rover estacionava e baixava o vidro da direita, Esther dirigia com Beatriz ao seu lado.

- Homens no fundo. - Disse Esther aos risos.

Léo e Douglas entraram pelas portas traseiras, sentando-se no banco de carona. Douglas sentou-se ao lado de Victor, seu parceiro para o baile. O carro adiantou seu caminho até chegar à escola. O clima era o melhor possível para uma noite de junho. Beatriz trazia algumas garrafas de vodca a mão, praticamente, já estava bêbeda. Ela saiu adiante dos quatro amigos e sozinha começou a entrar no baile.

- Ela tá agitada. - Diz Douglas.

- É o jeito dela. - Explicou Esther.

- Ela estava ansiosa desde de cedo para o baile. - Falou Victor.

- Ela se recuperou bem de ontem à noite? - Pergunta Léo. (Caro leitor, espero não ter esquecido que situação que Beatriz se encontrava não era das melhores, lembre-se dela abraçada na privada vomitando).

- Sim, muito bem eu diria. Ela se recupera rápido, de manhã já estava bebendo novamente. - Respondeu Esther com risos a pergunta de Léo.

- Ela é demais. - Elogiou Douglas.

- Vamos entrar então. - Fala Victor estendendo a mão para que Douglas pudesse pegar e entrar de mãos dadas.

O baile estava sendo realizado no auditório da escola, local onde ocorria palestra e peças teatrais. Logo na entrada, duas palmeiras decoram a festa, junto com papel de paredes de cocos, areia de praia espalhadas em alguns cantos do auditório e alguns postes de homens e mulheres selvagens pelados nas florestas. Tudo no esquema.

No palco, o Dj comanda uma playlist agitada, recheada de axé e funk. Beatriz já requebrava até o chão bem à frente do palco, mesmo sem ninguém está inteiramente no clima. Beatriz vestia um minishort jeans, com um sobretudo preto que cobria uma camisa branca.

Maneiras de Viver Depois de Morrer (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora