William olhava Esther nos olhos, ela sentia sua respiração próxima da sua boca. Estavam dentro da Kombis que era a casa dele. Ele queria beijá-la e aproveitar o clima instalado após alguns minutos de conversa. William encontrava-se encantado, admirava as palavras, o jeito, a simpatia, e o corpo de Esther.
Aproximou-se ainda mais e, quando ele abriu a boca para beijá-la, ela desviou o rosto, tendo os lábios de William, encostado em sua bochecha.
- Desculpe, eu não posso fazer isso. – advertiu Esther, após se desviar do beijo de William que abaixou a cabeça, como um sinal de tristeza.
- Tudo bem, não tem problema. Eu não quero que você faça nada que não queira. – explicou William.
- Eu amo outra pessoa. Estou apaixonada pela figura, mas ele brigou comigo. – revelou Esther a William.
- Espera, então você já tem um namorado? E não me falou nada? – perguntou William, curioso.
- Por enquanto, estamos separados. Somos muito diferentes, sabe?
- Entendi. - disse William em uma pausa silenciosa. - Então você quer que eu deixe você em sua casa ou você quer ficar mais um pouco aqui comigo? – perguntou William, apontando para a velha Kombis, os dois encontravam-se no banco de passageiros.
Esther deu de ombros e, no fim, permaneceu ali, sentada. William retirou um coberto de uma bolsa e estendeu sobre seu corpo e de Esther, começaram a cochilar.
O dia seguinte raiou no céu. Os primeiros veículos que trafegavam na avenida ao lado, produziram um som alto o suficiente para acordar Esther e William e retira-los do sono profundo em que estavam.
O final de semana passou rápido para os dois e logo o domingo terminou. Esther foi deixada em sua casa, enquanto William seguiu seu caminho de volta. Em seu coração, batia a esperança de algum dia ver Esther novamente. No coração dela, esse mesmo sentimento existia, entretanto, sem tanta força como no coração dele. Para ela, aquela noite foi magnífica e conhecer William foi especial. Levaria ele no coração como um amigo, nada mais.
Uma semana depois, na cidade onde estavam Esther, Beatriz e Victor, estes encontravam-se na sala de aula. Esther já tinha se acostumado com a falta de Léo ao seu lado, contudo, naquele dia, ele não estava na sala e a sua falta logo foi percebida por todos.
Antes do horário do almoço, os celulares dos alunos notificaram a chegada de uma mensagem no grupo da sala. A maioria dos alunos presentes abriram a foto enviada pelo contanto de Léo. Na imagem era possível ver Nete e Felipe puxando Guilherme pela camisa. Uma legenda seguia-se abaixo da foto: "Um plano quase perfeito".
Os alunos olhavam perplexos um para os outros. A foto trazia uma série de suposições em suas cabeças e a principal era se Esther teria ou não traído Léo. A resposta era clara agora. Mesmo assim, cada um tirava suas próprias conclusões. Durante o horário de almoço, Léo encontrou-se com Esther, ela estava com Beatriz, William e Victor. Ela retirou-se para conversar a sós com o ex-namorado.
- Esther, eu descobri tudo. – falou Léo. – Nete armou tudo isso contra você.
- Não sabia que tinha sido ela, como descobriu? – quis saber Esther.
- O guarda-florestal me mandou algumas fotos. Eu fui um tolo por não ter acreditado em você.
- Não foi por falta de aviso! – afirmou Esther.
- Por favor, me diz que tudo aquilo que você me contou sobre você é mentira! Essa história de você ter morrido, é mentira né? Uma brincadeira? – pediu Léo. Ainda não acreditava na história que Esther tinha contado sobre a morte dela.
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Maneiras de Viver Depois de Morrer (COMPLETO)
Teen Fiction🥇 1° Em #ginásio!! Após receberem estranhos sinais premonitórios de suas próprias mortes, um inesperado acidente de carro irá alterar drasticamente o curso das vidas de Esther, Beatriz e Victor. Esses eventos os levarão a refletir profundamente sob...