Douglas e Léo conversam na quadra de esportes da escola. Era segunda-feira. Estavam no intervalo da aula de Educação Física. Léo, sentando junto com Douglas na arquibancada do campo de futebol, tentava entender com o amigo os acontecimentos da noite passada.
- Eu sei que deve ter sido difícil... – falou Léo.
- Você não sabe não, apenas quem passa por isso sabe. – explicou Douglas.
- Eu sei, eu sei, porém você tem de perdoar o cara.
- O que ele fez foi repugnante. Um simples pedido de desculpa não vai mudar o fato de ele me ter arrancando um beijo forçadamente.
- Eu entendo você, mas você é um homem ele também... – Léo foi interrompido bruscamente por Douglas.
- Não importa se foi um homem com uma mulher, um homem com homem, mulher com mulher. Um não, é não. Nada muda isso. – fala Douglas sem nem olhar o amigo.
- Está bem, eu já entendi, porém, converse com ele, explique tudo isso que me disse, a ele. Tenho certeza que o Victor não vai repetir este erro.
- Está bem, eu converso com ele, outro dia. Hoje não estou com cabeça para conversar.
- Eu também não. Os últimos dias tem sidos intenso demais para mim. - fala Léo demonstrado cansaço.
- Você está ficando pálido igual a Esther. – falou Douglas sorrindo.
- Nem brinca com isso. Hoje ela falou que iria comigo até minha casa. Quer conhecer os meus pais.
- Ummm, isso está me cheirando a namoro, ou melhor, sexo. – disse Douglas fazendo cócegas no amigo.
- Eu nem sei como vou fazer isso se ela me pedir, nem sei colocar uma camisinha.
- Eu te ensino. – brincou Douglas.
- Como você é pervertido. – falou Léo em tom irônico e de brincadeira.
Esther se aproximava da arquibancada da quadra, onde os dois garotos estavam sentados. Ela acena a distância para Léo.
- Parece que está na hora de você ir. – falou Douglas.
- Sim. Está na hora. Anota o resto da aula e passa no Whats depois. – disse Léo já descendo ao encontro de Esther.
- Pode deixar. – fala Douglas agora sozinho na arquibancada.
Léo e Esther foram até a Range Rover que estava estacionada no pátio da escola. Os dois entraram e dirigiram-se até a casa de Léo. Viajem essa que diferente de ir de bicicleta, levou menos de quinze minutos.
- Sua casa é muito grande. – falou Esther enquanto manobrava o carro para estacionar.
- Não tão grande como a sua, quer dizer, infinitamente menor que a sua.
- Nem importa muito o tamanho da casa, o importante é amor que ela carregava.
- Aaaa, que romântico. – brincou Léo enquanto descia do carro de luxo. – deixa eu te passar só algumas instruções. Dentro daquela casa, moram pessoas muito curiosas e que adoram saber da minha vida, chamam-se pai e mãe. Então por favor, não fale demais, ou nunca mais você virá aqui. – instruiu Léo.
- Seus pais são tão terríveis assim?
- Terríveis é um adjetivo de pouca expressão para eles.
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Maneiras de Viver Depois de Morrer (COMPLETO)
Ficção Adolescente🥇 1° Em #ginásio!! Após receberem estranhos sinais premonitórios de suas próprias mortes, um inesperado acidente de carro irá alterar drasticamente o curso das vidas de Esther, Beatriz e Victor. Esses eventos os levarão a refletir profundamente sob...