« Alana »
Descanso a cabeça no peito dele enquanto a nossa respiração volta ao normal e escuto seu coração bater acelerado. As mãos dele acariciam minhas costas devagar enquanto as minhas deslizam sob o seu braço.
— Vou tomar banho - O encaro e dou um selinho rápido.
— Fica mais um pouco - Aperta o meu corpo contra o seu - Gosto tanto de ficar contigo desse jeito.De novo o encaro sorrindo e ele me puxa para um beijo rápido, mas intenso.
— Eu te admiro demais, Alana - Diz ao pôr uma mexa do meu cabelo atrás da orelha - Em qualquer aspeto, eu te admiro pra caralho.
— Que isso, Luan? - Sorrio boba - Porquê isso? - Ele encolhe os ombros e sorri fraco.
— Porque às vezes eu acho que não te falo isso vezes suficientes e eu quero que tu saiba - Encara os meus lábios e eu sorrio ainda mais - Eu te admiro por ser a pessoa mais forte que eu conheço, altruísta, empenhada... Até hoje eu não sei o que tu viu em mim, que sou totalmente contrário, mas ainda sim agradeço por ter você.
— Você não é o contrário Luan, a gente se completa. Talvez eu não seja tão forte quanto pareça, e tem situações em que não sou, mas você é. O seu egoísmo vem da defesa dos seus interesses...
— Dos nossos, Alana - Interrompe - Eu tô lutando pra caralho pra te tirar disso, sacou? Porque nunca foi sua opção, mas virou a única alternativa - Faz carinho no meu rosto - E a gente ainda vai ter uma vida boa pra caralho, eu tenho fé! Aí tu fica em casa e eu cuido do resto...
— Já virou minha rotina, amor - Sorrio ao passar os dedos pela sua testa - Não me incomoda mais, já aceitei que fodi com o meu futuro... Pelo menos tenho você para me dar esperança - Me ajeito no seu peito de novo e ele suspira.
— Eu te amo demais, Alana... Mais do que a mim mesmo, certeza.
— Eu também, meu amor - Beijo o início do seu pescoço - Foi encontrar com o Índio?
— Sim, mas fiquei pouco tempo, não foi nada de especial...
— O que ele queria? - Pergunto ao passar os dedos pelo seu peito e descer pelo seu braço, escutando o seu suspiro pesado.
— Ele tava falando do plano, perguntando se a gente tem estudado, dizendo que não pode dar errado... Essas coisas...
— Você chegou tão tenso - Aperto o seu músculo que logo fica tenso de novo.
— Tem vezes que o Índio quer se meter demais nas nossas vidas pessoais. Ele é meu patrão, mas isso não dá moral nenhuma pra se meter no que não é da conta dele.
— O que rolou? - Pergunto quase sem interesse por já conhecer bem o Luan.
— Nada de especial, só não gosto. Ele não tem porra nenhuma a ver com o que converso com o Peréz, ou com quem quer que seja, então... - Me ajeito de novo nas suas pernas e o encaro.
— Mas o que foi que vocês conversaram ontem? - Interrompo.
— Até você? - Pergunta um pouco irritado e eu respondo da mesma forma.
— Sim, até eu! Não me trate como o Índio, eu sou sua namorada!
— Eu sei amor, ainda bem que é - Logo acalma - Só que nesse mundo, quanto menos você souber, mais segura fica. E eu quero a sua segurança acima de tudo!
— Tem certeza de que não é nada que eu deva saber?
— Absoluta, a gente só conversou sobre a vida, nada demais.Senti que não valia a pena responder. Estávamos num momento tão bom que não eu nem queria pressioná-lo pra me falar qualquer coisa.
— Agora vou tomar banho mesmo - Digo uns minutos depois ao erguer o corpo novamente e de novo ele me prende - Sério amor, preciso tomar banho e comer - Dou um selinho e desço do seu colo.
— Eu já vou lá - Ele sorri conforme me levanto.
— Isso se tu não dormir, né?Ele solta uma gargalhada já que não podia contra-argumentar e eu acompanho com uma risada.
— Cê podia aproveitar pra preparar o café da manhã da sua namorada, viu?
— Vou pensar no seu caso.•••
— Acho que nem uma noiva ia demorar tanto pra se arrumar, porra Alana - Ouço Luan dizer assim que chego na cozinha.
— Já que não tem pedido de casamento, tenho que fazer o noivo esperar de alguma forma - Me aproximo dele e beijo o seu rosto — Você fala de barriga cheia, porque seu cabelo é curto.
— Falou a Rapunzel - Diz e eu acabo dando risada.
— Eu não te suporto, Luan!
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𝙰𝚖𝚘𝚛 𝚎 𝙲𝚘𝚌𝚊𝚒𝚗𝚎.
FanfictionDrogas podem te matar, mas já viu alguma partir o coração de alguém?