Eram mais ou menos seis da manhã de uma terça-feira, Stanley estava jogado em sua cama criando coragem para levantar da cama, encarando o teto sentindo todas as emoções de ontem invadir seu corpo, e um sorriso incontrolável surgir em seu rosto. Ao lembrar de Bill sussurrando em seu ouvido, sentiu a espinha da sua coluna arrepiar como se ele estivesse ali.
Stanley virou seu corpo e gritou contra o travesseiro, sem tirar o sorriso do rosto. Gostava da sensação que Bill passava em si, só não entendia o por quê disso. No andar de baixo, a campainha soou e senhora Uris que estava de roupão estranhou, quem seria tão cedo?
Levantou do sofá, abrindo a porta devagar vendo um Richie sorridente, com duas caixas de panquecas pré-prontas parado esperando que a mãe de Stan o convidasse pra entrar. - Richie querido, acordou cedo... entre, tá frio aí fora.
E foi o que ele fez, entrou na casa e deixou as caixas de panquecas em cima da mesa de jantar, ajeitando os óculos. - Stanley está acordado, tia? - Disse se virando para a mulher. - Não sei querido, mas pode subir pra checar se quiser...
- Obrigado tia, e manda um beijo pro tio Uris. - Sorriu subindo as escadas correndo, deixando a mulher no andar de baixo rindo sozinha. Caminhou até a porta do quarto de Stan, abrindo devagar e encontrando o garoto sentado na cama, com as costas na parede, encarando o nada com um sorriso no rosto. - Assustador. O que foi? Eu sei que você me ama muito, mas sei que não tanto pra mal escutar minha voz e já sorrir. - Ele disse, entrando no quarto e se jogando na cama de Stan, pondo sua cabeça no colo dele e o encarando de baixo. Stan acompanhava seus movimentos com os olhos. - Nada não.
- Ah para né, vai dizer que com esse sorrisinho nada aconteceu?? No mínimo você beijou a noite toda, e o Bill dormiu aqui e agora ele tá no seu banheiro se arrumando pra aula. - Disse revirando os olhos e vendo Stan prender um riso. - PERA, ISSO É SÉRIO?
- Fala baixo e não, ele não dormiu aqui e ninguém beijou. E nem vai. Da onde você tirou isso? - Se assustou pondo a mão na boca de Richie, pra se livrar, mordeu os dedos de Stan que revirou os olhos.
- Ah sei lá, você parecia apaixonadinho olhando pro nada. Você tá apaixonado por ele, Stanley? - Disse, fechando a mão como um microfone e colocando perto da boca do garoto. - Não, entrevistador, me desculpe cortar suas esperanças.
- Oh, que pena, vocês dariam um belo casal de atores. Será que quando vocês transarem ele vai atuar praze- Ai, caralho! - Exclamou quando a mão de Stan atingiu seu braço em um soco. - Para com isso! Anda, vamos tomar café da manhã. - Disse, se levantando deixando a cabeça de Richie bater contra o colchão. - Cara? Ficou nervosinho?
- Vamos parar de falar dele, anda, vamos comer... - Abriu a porta, olhando com carinha de cachorro pidão para Richie, que revirou os olhos de forma forte, jurando que seus olhos não voltariam. - Vamos logo, e eu só vou parar de falar disso quando você admitir pra mim o por que desse sorrisinho..
- E por que tem que ser ele?
- Por que eu não fui, a Bev muito menos por que ela tava na minha casa. - Puxou Stan pra fora do quarto com o celular de ambos nas mãos, descendo as escadas rindo com a expressão de tipo ''traidor''.
- Ei, e por que não me chamou?
- Por que eu sou seu melhor amigo, e nós dividimos o mesmo neurônio desde criança, eu sei que você tava ocupado com macho. - Falou vendo Stan se aproximar pra bater nele, mas ergueu as mãos se protegendo. - Sem agressão, você sabe que eu to certo.
- Não tava ocupado com macho nenhum.
Entraram na cozinha, ignorando a presença do pai de Stanley que preparava as panquecas que Richie tinha trago. - Você anulou o fato de que eu divido neurônio contigo? Eu sei o que você pensa e sei que tá mentindo agora.
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papel principal | stenbrough/stanbrough
FanfictionA vida de Stan como ator sempre foi fácil, sempre teve os papéis principais nas peças teatrais da escola, o príncipe do clube de drama era a fama de Stan na escola. Até que um garoto chega na escola roubando a cena, e talvez... o coração de Stanley...