um pouco const-trangedor

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Cinco meses se passaram. Existiam inúmeras borboletas no estômago de Bill, até por que estavam na coxia para a grande apresentação da noite, sim... a peça seria um sucesso, e não podemos negar de que todos já sabiam disso, por que reuniram todos os mais belos e talentosos atores da escola. Richie estava tão animado na plateia quanto Stanley no camarim, todos os outros cinco amigos foram assisti-los, e estavam muito animados com suas famílias. O teatro da escola estava completamente lotado para o espetáculo e tinham contratado até mesmo um fotógrafo para a apresentação.

Ambos não sabiam descrever o quão importante seria aquela apresentação individualmente, e isso os corroía no estômago. As mãos soavam frio, e os pés não escapavam disso também. Logo o sinal foi soado, e a luz fora desligada. Era agora... ou nunca.

— Vingança. — Greta entrou correndo no palco, assustando algumas pessoas da plateia. — Você não precisa disso, meu amor. — Stanley diz entrando no palco, pelo outro lado. Os pais do rapaz abriram um sorriso inimaginável, tinham tanto orgulho de seu pequeno. — Você quebrou meu coração em inúmeros caquinhos, e acha mesmo que vingança não é o melhor caminho?

— Podemos conversar sobre isso. Não acha?

— Por que você fez isso? Você é um babacão. — Ela diz saindo de cena batendo seus ombros contra o de Stanley, que não demorou para revirar os olhos para a plateia e sair correndo atrás da garota mais alta. Um feixe de luz fora aberto no meio do palco, e era a hora de Bill entrar.

— Se mesmo o amor, que é um d-dos sentimentos mais puros e belos já sentidos, não conseg-guira resolver metade dos problemas de alguém, eu poderia d-dizer que... não há solução. — Ele caminhava devagar sobre as madeiras que rangiam lentamente.

— Acha mesmo que amor resolve tudo? — Henry entrou no palco, realmente não contava que Henry fosse tão bom ator que pudesse perder todo seu péssimo caráter. — Acho. Se todos nós... cada um de nós... — Denbrough apontava para cada pessoa que estava sentada ali, o encarando.

— Fizéssemos as coisas com amor... o mundo s-seria completamente mais fácil e muito melhor de v-viver, fala sério. — Deu um sorriso de lado para Henry, que o encarou com as sobrancelhas curvadas. — Me diga como o amor pode resolver um problema de encanamento.

Isso desencadeou uma gargalhada da plateia, e uma risada fraca de Bill. — Ora docinho, levou mesmo ao p-pé da letra que o amor resolve tudo? Eu diria que n-nem tudo... mas tudo que há aqui dentro. — Aproximou-se de Henry enquanto falava, e tocou seu peito, fazendo todas as luzes desligarem e ambos saírem correndo para as coxias.

...

— Caramba, eu não esperava que iriamos lotar todo aquele teatro. — Stan disse com um sorriso no rosto, enquanto se prontificava a colocar uma batata frita na boca após falar. Todos os amigos de Stanley, e os responsáveis de todos, se juntaram em uma lanchonete para comemorar o grande sucesso que tinha sido o espetáculo. — Vocês são tão talentosos, queridos, não esperava menos. Vocês brilhavam em cima do palco. — O pai de Stan falou, fazendo a mãe de Bill concordar com a cabeça levemente e limpar a boca num guardanapo.

— Não posso negar de que achei que Bill não conseguiria se enturmar quando chegasse a Derry... em menos de um ano ele conseguiu amigos e talvez até planos para uma futura carreira. Eu devo todos os meus agradecimentos a vocês, por acolherem o William sem notar as diferenças ou criar pré conceitos sobre meu menino. — Ela sorriu de lado e Stanley acariciou a mão de Bill por baixo da mesa, que lançou um olhar envergonhado a ele.

— Beverly sempre me fala muito de todo mundo daqui, eu só não sei de cor quem são, mas eu amo todos. — A tia de Bev havia tirado um tempo em sua agenda para sair com a garota, e pela primeira vez em semanas, Marsh se sentiu amada fraternalmente.

papel principal | stenbrough/stanbroughOnde histórias criam vida. Descubra agora