Capítulo 21

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Arthur –

Estava muito feliz em ter passado esse momento com a Eliza novamente, amava-a. Logo pego no sono, e durmo algumas horas, e acordo. Vejo que ainda estava de madrugada, porém estava com fome, deveria ter comido algo quando a Eliza me pediu depois do banho. Me solto dos braços dela, me levanto da cama e vou em direção à cozinha para comer algo, tento não fazer barulho para não acorda-la.

Levo meu celular junto, contudo não o desbloqueie, peguei o pão que tinha no armário e o presunto e queijo na geladeira, quando iria começar a fazer, vejo a tela do meu celular se ascendendo e ele vibrando, vejo que tem 10 ligações perdidas da minha mãe, atendo silenciosamente e era um enfermeiro do hospital me ligando, falando que minha mãe tinha dado entrada, pois havia dado entrada no hospital novamente, guardei o pão, queijo e presunto nos seus devidos lugares, fui para o quarto colocar minhas roupas, voltei para a cozinha e escrevi um bilhete “Eliza, desculpa sair sem te avisar, tive que sair às pressas, amanhã a gente conversa. Assinado Arthur”, não queria acordar ela, pois estava num sono profundo. Peguei minhas chaves, sai do apartamento dela e fui rapidamente em direção ao hospital.

Ela deu entrada, pois estava com pressão arterial baixa, 90mmHg/50mmHg, com a FR 12 rpm e FC 48 bpm. Fizeram alguns procedimentos nela para voltar ao normal e descobrir o que havia acontecido. Passei o resto da madruga e o início da manhã no hospital. Conversei com enfermeiros para encontrar alguém para ficar com ela nesses dias, mesmo que eu estive por aqui, teria outros compromissos e seria bom ter alguém que soubesse o que fazer quando aconteceria algo com a saúde dela. Segui as indicações, e liguei para uma enfermeira e contratei-a pelas próximas semanas. Por mais que os médicos tenham falado que iriam resolver isso, queria alguém com ela.

- Eliza –

Quando acordei de manhã, com um sorriso bobo e apaixonado no rosto, sinto meu corpo ainda cansado pela noite que tive, coloquei a mão para o lado e não senti ninguém, abri os olhos e vi que o Arthur não estava lá, e logo me bate uma tristeza. Logo penso que posso ter tido um sonho muito real, e que tudo isso estava na minha imaginação, que o Arthur não estivera aqui no meu apartamento na noite anterior, que nada aconteceu e que provavelmente ele estaria no Brasil.

Levanto da cama e vou ao banheiro, faço minhas higienes e fico me encarando no espelho, e pensando alto você não está sonhando Eliza.

Vou em direção aos outros cômodos da casa na intenção de ver se Arthur teria saído no quarto e estaria na sala ou cozinha, chamo por ele, mas ninguém responde. Quando me deparo com um bilhete em cima da mesa “Eliza, desculpa sair sem te avisar, tive que sair às pressas, amanhã a gente conversa. Assinado Arthur”, quando vejo esse bilhete tenho certeza que não estava sonhando e que tudo foi real.

Logo caio na real, vindo diversas paranoias na minha cabeça, por que ele não me avisou o que foi fazer, que horas da madrugada saiu, será que a Carolina ligou pra ele?  - Eliza, ele não iria dormir contigo se ainda tivesse com a Carolina, acorda. – Falo alto. – Para com essa mania de achar sempre o pior nas coisas, provavelmente vou ver ele hoje e ele vai me falar o que deu, principalmente por que temos uma reunião marcada. Fora que você precisa conversar com ele sobre tudo o que aconteceu, da descoberta do Jonatas, sobre a Carolina, sobre ele ter agido com um idiota. – Continuo pensando e falando alto.

Faço minhas coisas e aproveito a manhã olhando TV, nossa reunião com a Mônica seria à tarde. Almoço e vou em direção ao local que seria a nossa reunião, chego lá e só a Mônica está lá, cumprimento ela.

- Oii Eliza, tudo bem com você? – Me diz se aproximando dando-me um abraço.

- Oii, sim tudo bem e você. – Respondo.

- Tudo ótimo, o Arthur me avisou que iria chegar um pouco atrasado. Mas vamos ir adiantando os assuntos já. – Mônica fala.

- OK. – Respondo me sentando na cadeira apoiando meus braços na mesa.

- Seguinte, eu vou te falando já, e depois falo para o Arthur também para ele ver se concorda, pois ele é seu agente. Eu tenho alguns trabalhos para você para as próximas semanas, mais precisamente três, trabalhos bem importantes e de grande remuneração. Contudo, tem trabalho para os próximos meses até fechar um ano de contrato aqui em Paris, porém, estou recebendo muitas propostas grandes para daqui 8 meses, e acredito que você não queria ficar seguido aqui em Paris, pois deve ter saudades da sua família no Brasil. Então você iria ficar aqui por mais um mês e você estaria livre para voltar agora ao Brasil e voltar daqui uns 8 meses para fazermos esses grandes trabalhos, e fica um período de dois meses.

Agora isso é uma escolha sua e do seu agente, precisam fazer o que acham melhor, principalmente para você. Caso opte ficar aqui e completar esse um ano agora, ou voltar daqui um mês para o Brasil e voltar daqui uns oito meses. – Mônica foi explicando para mim enquanto ouvia ela.

- Acho que seria interessante... – Começo a falar, mas sou interrompida.

Quando começo a falar alguém bate na porta, ela se levantou para atender e era o Arthur. Ela o cumprimenta dando um abraço nele, quando o vejo meu coração já dispara relembrando a noite que tivemos, mas com um pouco de raiva por ele ter saído sem me avisar ou dizer o motivo, e principalmente por não termos resolvidos nossas pendências.

- Oii, desculpa pelo atraso, tinha alguns problemas pessoas para resolver. – Disse Arthur.

- Capaz Arthur, bem tranquilo, essas coisas sempre em primeiro lugar. – Falou Mônica ao Arthur, e pelo jeito ela sabia o motivo de seu atraso, mas a mulher com quem ele dormiu não sabia, me deixando mais brava ainda.

- Oi. Digo com uma voz seca, abraçando ele.

- Já que veio, vou explicar tudo que falei para a Eliza. – Diz Mônica.

Ela explica a ele tudo que me falou.

- Eliza, eu deixo essa decisão toda para você, decide o que você achar melhor para sua vida. – Diz Arthur me olhando, mas não me olhava com aquele olhar de sempre, mostrava uma cara de preocupado, algo havia acontecido, só não sabia o que.

- Vou completar esse um mês aqui, volto para o Brasil. Enquanto estou lá faço outros trabalhos, e daqui a oito meses volto para cá para completar os doze meses, provavelmente serão trabalhos bem grandes. – respondi olhando a Mônica.

- Tudo bem, vou fazer o novo contrato, mas caso qualquer coisa acontecer, pode completar futuramente o tempo que falta. O contrato é para deixar registrado que você optou em voltar ao Brasil e vem daqui uns meses de volta para completar o que falta. Vão ser trabalhos lindos, você vai amar.

Fiz essa proposta, pois acredito que você vai aprender muito fazendo esses trabalhos daqui uns meses. Desde que você chegou aqui você cresceu sempre mais, me orgulho de mais. Mas sempre tem novidades para se aprender e  novos conhecimento. – responde Mônica.

Ela sai da sala e deixa-me as sós com o Arthur.

Continua...

Totalmente demais - Novas escolhas - ARLIZA Onde histórias criam vida. Descubra agora