Capítulo 23

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Arthur -

Passou umas duas horas desde que estava atrás de Eliza e não achava ela em lugar algum, não sabia mais o que fazer, então resolvi ligar para a Mônica.

- Oi Mônica, tudo bem? Desculpa estar te ligando essa hora, estou à procura da Eliza, mas não sei onde ela tá. Já fui ao apartamento dela e não encontrei-a lá, você sabe de alguns lugares que ela gosta de frequentar?

- Oii Arthur, tem dois barzinhos que talvez ela possa estar, ou ela esteja num restaurante, mas pelo jeito que ela saiu da sala hoje ela deve estar em algum desses barzinhos, vou te mandar o endereço por mensagem.

- Obrigada Mônica.

Desligo a ligação e logo em seguida a Mônica me manda o endereço dos bares. Minha intenção era ir falar com a Eliza, falar tudo que sinto a ela, contar o porquê de eu ter saído de madrugada, enfim me abrir com ela e falar toda verdade a ela, principalmente o que sinto por ela, e me desculpar por agir como um idiota.

Vou para o primeiro endereço, entro no bar, dou uma volta no interior, mas não encontro a Eliza, pego o carro e vou em direção ao segundo.

Entro no barzinho, um lugar muito lindo, decorado e bem aconchegante. Pra minha surpresa, quando olho para um canto a vejo beijando outro cara. No momento que vejo isso, sinto meu coração parar de bater, ela já me trocou? Por que ela está fazendo isso? Está tentando me esquecer?

Vejo-a parando o beijo, olha para o rosto do cara, ele a abraça, nisso ela olha para o lado e o seu olhar se encontra com o meu e vejo que ela percebeu que eu estava lá. Viro-me e vou embora. A noite passada foi tão perfeita e hoje de tudo errado. Saio chorando do bar.

- Eliza –

Tentei fazer de tudo pra esquecer o Arthur e acabei bebendo de mais, quando percebi estava dançando com o Lucas, ele fala que está com vontade de me beijar e acabo cedendo ao beijo. Mas ficava pensando no Arthur a cada segundo, mesmo tentando esquecer, não consigo ele é o meu amor. Quando paro de beijar ele, percebendo a burrada que estou fazendo.

- Não posso fazer isso. – Digo olhando para o rosto dele.

- Tudo bem, vou te dar um abraço. – Ele me diz dando um abraço.

Quando viro o meu rosto no momento do abraço, vejo alguém me encarando, olho de novo para ter totalmente certeza, pois o álcool já estava fazendo efeito. Porém tenho certeza que é o Arthur, vejo ele virando e indo embora, tento ir atrás mas a Amanda, uma grande amiga minha, me puxa pelo braço. Ela viu que o Arthur estava lá, havia contado tudo para ela sobre  minha história com o Arthur, o quanto eu amava ele e ela deve ter reconhecido ele pelas fotos que mostrei a ela.

- Eu preciso ir atrás do Arthur, Amanda. – digo tentando me soltar dela.

- Eliza, não vai atrás dele agora, você vai acabar falando coisas e depois vai se arrepender, você bebeu de mais, amanhã você conversa com ele. – diz ela me segurando.

- Ele nem vai querer me ouvir amanhã, vai jogar na minha cara que eu fiz o que disse que ele ia fazer, já estou arrependida de ter beijado o Lucas, por que fiquei o tempo inteiro pensando no Arthur, e quando disse que não podia fazer isso, ele me deu um abraço e o Arthur deve ter visto tudo pelo jeito que ele saiu daqui. – Disse começando a chorar.

Ela foi me levando até o banheiro.

- Calma, se você ama tanto ele assim, agora que está solteira vai atrás dele, você ama ele. Mas não agora, vai fazer isso amanhã, agora vai falar nada com nada.

Ela continua falando e só consigo chorar, ela me leva para meu apartamento, eu tomo um banho e deito na cama. Estava muito mal.

Acordo no outro dia perto do meio dia, com muita ressaca. De tarde iria tirar fotos, e sabia que o Arthur estaria lá também, então iria conversar com ele.

Levanto-me, e pretendo tomar mais um banho, estou com fome mas não tenho apetite para comer nada, estou com grande mal estar e com muita dor abdominal, acreditava que isso poderia ser da ressaca. Tomo um banho gelado, pensando que iria ajudar, vou na geladeira pego uma coca-cola gelada, bebo mas nada esta ajudando. Passo na farmácia para comprar um remédio, e vou para o lugar onde teria a sessão de fotos.

Chego lá e o Arthur não esta, vou me arrumar, hoje seriam fotos para uma nova coleção de joias. Quando saio para fora do camarim, vejo que o Arthur chegou e está conversando com a Mônica, me aproximo deles, cumprimento-os e falo ao Arthur que preciso falar com ele depois das fotos, ele concorda com a cabeça, mas a cara dele não está nem um pouco boa.

Começo a tirar as fotos, e sinto que estou cada vez pior, a dor aumenta a cada minuto. A dor abdominal fica cada vez mais intensa, sinto que estou quente e um pouco tonta. Continuo lá tirando as fotos, mas sinto que estou cada vez pior.

- Gente, eu não estou me sentindo bem. – tudo fica preto, sinto minhas pernas ficaram fracas e desmaio.

- Arthur –

A Eliza fala que não está se sentindo bem e logo penso, deve ter bebido todas ontem, ressaca deve estar grande. Mas logo em seguida ela desmaia, eu e a Mônica vamos correndo na direção dela, peço para que o fotografo ligue para o hospital chamando uma ambulância.

Tentamos ajudar  a Eliza, mas ela não responde. A ambulância chega rapidamente, e colocamo-la em cima da maca e dentro da ambulância. Vou junto acompanhando ela de dentro da ambulância, enquanto a enfermeira tenta reanimar ela, ela desperta e debatendo-se de dor. A enfermeira tenta imobiliza-la, medicando-a.
Estava ficando desesperado em ver ela assim, preocupado. Segurava a mão dela, pois no fundo eu sabia que ela me amava, e eu amava ela.
E o que aconteceu na noite passada não apaga isso, estava chateado sim, mas ela precisava de mim agora.

Continua...

Totalmente demais - Novas escolhas - ARLIZA Onde histórias criam vida. Descubra agora