Análises

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Peter não sabia como reagir àquela situação. Em frente ao corpo estraçalhado no chão, sentiu suas pernas tremerem sob si. Seus pulmões hiperventilavam, mas não pareciam puxar ar suficiente. Sua pressão caiu ao ver aquela imagem grotesca, onde os órgãos daquele homem se encontravam espalhados pelo chão em meio ao sangue, saltados da cabeça. Estava zonzo, sentia sua boca seca enquanto sua cabeça pendia em direção ao chão.

Sentiu um forte impulso atingir a garganta, e, por mais que queimasse toda a sua laringe, se segurou para não expelir tudo aquilo. Sua visão ficou meio turva, e, antes das pernas cederem ao peso e à fraqueza do seu corpo, sentiu as mãos calorosas de Deadpool circundarem sua cintura.

— Estou aqui, Spidey. — sussurrou contra o ouvido do menor, que deixou o corpo amolecer sobre seus cuidados. — Você está bem?

Peter estava tão atônito, perdido e desacreditado que não conseguiu responder. Seus olhos lhe pregavam a peça de não desviarem daquela imagem, onde podia ver os olhos prolapçados para fora do rosto amassado daquele homem.

— Não faça isso consigo mesmo... — Deadpool levou a mão até os olhos do menor, tampando-os da visão. — Você não precisa olhar se não consegue encarar a situação.

O coração do pequeno herói doía, e, sem forças, apenas escutou os seguranças do hospital chegarem até a cena. Devido o inesperado, estavam assustados, logo, demoraram a entender que deveriam interditar o local. Já haviam algumas pessoas fotografando a situação.

— Eu não entendo… — o herói murmurou fraco, apenas para que o mercenário ouvisse. — Por que ele fez isso...?

— Essa é a pressão que Fisk exerce sobre seus capangas. — a voz neutra e inesperada de Demolidor recebeu a atenção de ambos os vermelhos. Deadpool descobriu os olhos do Aranha quando este se virou ao justiceiro.

— Mas por quê…? — o mais jovem perguntou, imerso em sensações ruins. Sua voz estava embriagada. — Por que ele se matou?

— Fisk não aceita falhas. — Demolidor respondeu enquanto os seguranças pediam às pessoas apagarem as fotos que haviam tirado. — O suicídio é um caminho menos doloroso que enfrentar a ira dele.

O Aranha desvencilhou das mãos grandes de Deadpool e se escorou à parede com cuidado, cruzando os braços com os olhos fechados, tentando se concentrar em qualquer outra coisa que não fosse na cena anterior. Ainda sentia sua cabeça pesada, tonta, além de estar sem equilíbrio. Deadpool voltou a se aproximar.

— Spidey, você precisa descansar. – o maior dos três comentou ao seu lado, visivelmente preocupado.

— Eu estou bem, Deadpool... – suspirou cansado, pressionando as têmporas. Sentia que sua consciência poderia o abandonar a qualquer momento.

— Já fazem quase dois dias que você não dorme, fora as horas de sono ruins. — Demolidor comentou, surpreendendo os outros avermelhados. — Seu corpo exala exaustão. — completou.

Peter engoliu em seco, preocupado com a situação a qual se encontrava perante Demolidor. Por mais que soubesse que ele não era um criminoso, não sabia afirmar se era uma boa pessoa.

— Observação fruto de perseguição? — o menor perguntou cansado e preocupado.

— Não. — cruzou os braços.

— Você não me convenceu. – Deadpool ironizou com uma voz fina, colocando as mãos na cintura.

Demolidor o ignorou, não dando satisfação. No entanto, sob o olhar incomodado do mais jovem, suspirou e se explicou:

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