— Bom dia, tia May! — Peter beijou a bochecha da mais velha antes de se sentar à mesa pronta para o café da manhã.
— Bom dia, Peter! Como está sua mão?
— Está boa, tia May, fica tranquila.
— Se você ver algum trincado em algum copo, joga fora, ok?
— Tia May, relaxa, já se passou quase uma semana, precisa tirar isso da cabeça.
— Tem razão, Peter, mas eu fiquei assustada, só vi um copo estourar daquele jeito com coisas quentes.
— Tia May, relaxa.
— Ok, Peter, relaxando. — a mulher pôs um bolo recém feito em cima da mesa. — Quentinho, do jeito que você gosta!
— Você é a melhor, tia!!
— Cadê o Wade? Ele adora meu bolo de carne também.
— Ah, sei lá, deve estar dormindo ou com a Dominó.
— Hmm. Quem é Dominó?
— Nem vem, tia! Chega de adotar os meus amigos! — os dois riram descontraídos enquanto Peter se servia com leite.
— Aliás, Peter, você sabe onde está o nosso álbum? Queria ver se tem espaço para colocarmos uma foto de nós quatro, mas não achei ele.
Peter arregalou os olhos, lembrando da peculiaridade de Wade. Pegou o celular rapidamente, digitando uma mensagem pra ele.
"Wade, por favor, me diz que você não pegou o álbum de verdade!"
Em dois segundos, Peter recebeu uma foto do álbum aberto nas fotos da sua formatura. Estreitou os olhos, percebendo um líquido esbranquiçado em cima da foto em que sorria com o diploma em mãos. MEU DEUS, AQUILO ERA—
"PUTA MERDA, WADE!!"
"Sim, Baby Boy, você gemia desse jeito enquanto eu fodia você na frente de todos os seus amiguinhos do ensino médio."
Peter esbugalhou os olhos, sentindo seu rosto inteiro queimar.
— Er, não, tia May, não sei não.
A semana se passou vagarosa na concepção de Peter que chegou a assemelhar a uma tortura psicológica, visto sua impaciência à chegada do dia em que agiriam contra Fisk e Vladimir. Sua ansiedade parecia devorá-lo vivo apenas de pensar que finalmente colocaria seus protótipos em ação e que mostraria a Matthew as vantagens do seu método se comparado a torturar e arrancar respostas, causando dor desnecessária. Não que alguém como o Rei do Crime não merecesse sentir dor, mas Peter acreditava que a dor física nunca se equivaleria à dor que Fisk causou a milhares de pessoas com suas façanhas. Dor nenhuma anularia ou resolveria os problemas que ele causou com seu planos criminalistas, assim como não devolveria a paz que ele arrancou das pessoas com seus envolvimentos.
Peter não sabia exatamente as coisas que Wilson Fisk havia feito, de fato eram poucas as pessoas que poderiam saber, mas de acordo com Jéssica e Matthew, ele era o responsável indireto por praticamente todas as quadrilhas que o Homem Aranha e o Demolidor já haviam detido. O Rei do Crime não tinha o seu título por mero poder financeiro, sua mente parecia trabalhar em função de como enriquecer à custa do mal, e o pior, como Matthew havia apontado, é que não seria fácil usar a lei contra o homem, visto que o seu dinheiro havia comprado grande parte de Nova Iorque, inclusive policiais e advogados influentes.
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Just a Habit
Romance- "Apenas um hábito" - O Espetacular Homem Aranha ganha um novo stalker, extremamente pervertido por sinal, e seus dias "costumeiros" vão por água à baixo. De início a companhia do seu perseguidor mostra-se bastante incomoda, mas, aos poucos, o heró...