Lucy, ainda ofegante, soltou a tesoura no chão e depois riu do resultado. Sun estava com vários cortes pelos braços, costas e pelo rosto. Seu uniforme estava quase a farrapos.
- Acha que já sofreu muito não é Sun?
A garota não respondeu, ela tentava engolir o choro e manter-se calma, mas com Lucy dando voltas em torno de si, isso estava se tornando cada vez mais difícil.
- Por que não grita? - a mais velha perguntou. - Eu quero te ouvir gritar, eu quero que você implore Sun. Implore para que eu pare.
Lucy levantou Sun e a jogou contra a árvore, obrigando-a a ficar de pé, logo em seguida, passou a corda por um dos galhos, o que ajudava a mais nova a manter-se na mesma posição.
- Fico me perguntando o que a Mary faria se te visse agora. - Lucy ria. - Desse jeitinho sabe!?
Sun olhou para acima das árvores, o céu perecia escuro, ela já não tinha mais certeza de a quantas horas estava ali, se ainda era dia, ou se a noite já havia chegado.
- Por que você a tirou de mim? - Lucy perguntou baixo. - Por que deixou que ela morresse Sun? Você devia ter cuidado dela.
As pernas da mais nova já ameaçavam falhar, aos poucos ela foi cedendo a dormência e deixando-se ficar pendurada pelos braços.
- Está doendo muito Sun? - Lucy perguntou enquanto tirava uma mecha de cabelo do rosto. - Eu quero muito que doa.
- Sun. - a voz de Mary soou pelo lugar. - Eu te pedi tantas vezes pra vir me ver. Vamos lá. Essa não é a sua vida.
- Me desculpe Mary. - Sun resmungou baixo.
- Sun você precisa morrer. - Mary voltou a dizer. - Você não merece estar nessa vida.
- Eu sinto muito Mary. - Sun agora chorava.
- POR QUE DEIXOU ELA MORRER?
Lucy gritou acertando um tapa na mais nova, e depois outro, e mais um.
- Você vai sentir na pele toda a dor que eu estou sintindo. - Lucy dizia enquanto batia cada vez mais em Sun.
- SUN VOCÊ TEM QUE MORRER. - A voz de Mary soou mais alta e clara, mas apenas Sun podia escutar. - MORRA SUN.
***
- JÁ PODEM PROCURAR A MINHA FILHA AGORA? - O Sr. Kim perguntou alterado. - NÃO VÃO FAZER NADA?
- Senhor eu peço que se acalme. - disse o encarregado do caso. - Ainda é cedo para assumir que algo ruim possa ter acontecido.
- MAS ELAS SUMIRAM A HORAS. - dessa vez foi Mino quem gritou. - POR QUE NÃO ESTÃO PROCURANDO?
- Olha rapaz, entendo que esteja preocupado com a sua namorada. Mas ela pode apenas ter saído com uma amiga.
O homem ficou encarando Mino por mais alguns segundos e depois riu alto. Ninguém entendia o motivo das gargalhadas do policial, até que o mesmo virou para o pai de Sun.
- Se bem me lembro, essa não é a primeira vez que ela saiu da escola e ficou por ai sem dar notícias, não é mesmo!?
- A Sun não faria isso. - Mino tentava manter a calma. - Por favor. Eu imploro, façam alguma coisa.
- Ela já fez! - outro policial entrou na conversa. - Ela está no registro de pessoas que já desapareceram.
- Exato. - o encarregado voltou a falar. - Da última vez ela estava com você.
O homem apontou em direção a Mino, e o mesmo sentiu o peso daquelas palavras. Se ele não houvesse levado Sun para a praia da última vez, agora estariam procurando por ela.
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Let Me Live - Deixe-me Viver
Fanfiction- Sun. - o garotinho chamou a atenção da amiga. - Promete que sempre será minha amiga? - Porque está falando isso? - Prometa. - pediu o garoto. - Não importa o que eu faça ou diga pra você. Prometa que sempre será minha amiga. - Você anda muito estr...