Prólogo

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O mês era abril, a cabeça encostada na janela de um carro em movimento, o vento castigava seu rosto, seria quase sufocante se não fosse... Revigorante.

Era como um bebê que ao nascer traga o ar de uma só vez e chora, por encher os pulmões, por insegurança de estar num terreno completamente desconhecido.

Muitos disseram que ela morreu e foi substituída, mas que brincadeira mais certeira... Agora seria como reaprender a existir.

Enquanto inspirava o ar da recém conquistada liberdade, Anahí pensava em tantas coisas que gostaria de conquistar e com quantas pessoas gostaria de se reconectar. É certo que não poderia esperar que o mundo parasse e a esperasse por 9 anos. Mas enquanto inspirava mais uma vez, seus olhos brilharam com uma determinação que não sentia há exatamente uma década atrás, no mesmo mês, do que parecia uma outra vida.

E agora, sem muito o que perder, na adrenalina do momento, apenas fez. Sorriu consigo mesma e divertida olhando a tela do WhatsApp aberta em uma tela que ela conhecia muito bem.

E naquele mesmo minuto Alfonso sobressaltou há alguns quilômetros de distância com a afronta e ameaça quase que deliciosa que veio naquela notificação:

- "Advinha quem está de volta ao jogo? E ah, dê boa noite à Diana."

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