Capítulo 1

1K 66 21
                                    

Já passavam das 3 da manhã e o único som era o da chuva e dos corpos se batendo, se encontrando quase que desesperadamente.

Em alguns momentos tapas eram ouvidos tão alto quanto o prazer mútuo.

Alfonso segurava a massa de cabelos chocolate com uma mão e com a outra apertava a bunda de uma Anahí que arqueava em direção a ele, naquela posição de submissão e entrega que ela só conseguia fazer com ele, sempre ele.

Com ele os fantasmas do passado desapareciam, era só prazer, luxúria e paixão, tão ardente quanto poderia ser.

Alfonso a puxou como uma boneca de pano, beliscando com os dedos os mamilos duros como pedras, colocando-os em uma posição vertical que o fazia sentir ainda mais fundo o que ela chamava de "pedaço do paraíso".

Com o rosto enterrado na curva de seu pescoço, respirava aquele aroma que nublava seus sentidos, que o acompanhava em qualquer um de seus devaneios. O cheiro que era único e o deixava louco.

Alfonso: Eu nunca vou cansar disso, você é meu vício Anahí - sussurrou com a voz roupa enquanto aumentava a intensidade das investidas, deixando agora marcas em seu ombro, de pequenas e nada delicadas mordidas.

Anahí se sentia uma deusa, desejada, apreciada, sentia-se no topo do mundo, perdida em seu próprio prazer. Murmurava coisas desconexas enquanto revirava os olhos se sentindo tão próximo quanto possível.

E a verdade é que estava exausta, mas também não se cansava nunca daquilo.

Já era a segunda rodada de sexo naquela noite e Alfonso ainda gemia como um adolescente, deliciado com as sensações e os fogos de artifício que eram a conexão física e emocional entre eles.

Alfonso: Eu estou indo. - murmurou entre ruídos, para avisá-la de que estava próximo ao clímax - Anahí eu...

E gozaram quase juntos, o prazer de um detonando uma bomba de orgasmos no outro.

Anahí: Eu o que Alfonso? - Riu deliciada enquanto se cobria com o lençol e desabava no travesseiro dele. - O dia em que você concluir essa frase vai cair canivete do céu.

E ria nervosamente, sempre usando de brincadeiras para tentar de alguma forma arrancar a confissão que sempre quis ouvir.

Não era tola, sabia o que ele sentia claro como o dia, mas achava certa graça da dificuldade que ele tinha em dar nome aos sentimentos. Alfonso sendo Alfonso.

Alfonso: Se vier para uma ducha comigo te conto o que eu ia dizer - disse com um sorriso de lado, travesso, como quem escondendo segredo.

Anahí: Você nem pense, eu estou exausta, assada, você nem é fã de banho, e que eu me lembre já é o segundo só essa noite Alfonso. Então, rala daqui! - disse divertida enquanto jogava um travesseiro nele que não o impediu de partir pra cima dela, colocando-a por cima do ombro enquanto a arrastava pro banheiro com a promessa de uma declaração e a certeza de que a noite estava longe de terminar.

"Eram bons tempos aqueles" - pensou enquanto olhava para a cidade que a aguardava no solo, para ser o palco de sua nova vida.

- Los Angeles, aí vamos nós.

2021Onde histórias criam vida. Descubra agora