Às 20:00 pm em ponto a campainha de Anahi tocava.
Anahi: ANA PAU - gritou - Atende pra mim? - pediu enquanto terminava de se vestir.
Sentia-se nervosa como uma adolescente para o primeiro encontro. Mal podia esperar para ver como ele se conectaria ali com sua família. Em um passado bem distante, Poncho havia encantado dos avós aos pais de Anahi, mas agora era outro contexto, vidas haviam se passado e tudo era muito incerto.
Quando Ana Paula conversou com Manu apenas disse: Mamãe tem um amigo que ela gosta muito e ele vai vir hoje aqui conhecer vocês.
O menino disse: "Legal". E voltou sua atenção para o tablet.
Velasco era aquele pai apenas para fotos e datas comemorativas. Eles sabiam quem ele era, mas não tinham uma ligação, logo, os meninos não tinham uma referência então obviamente não sabiam o que esperar.
Agora era pagar pra ver.
Alfonso se encontrava encarando a porta, igualmente nervoso. Tinha um filho e muito jeito com crianças, mas era uma situação atípica. Deveria ser o amigo da mamãe ou o namorado e futuro padrasto? Deveria ter se vestido mais formalmente ou o jeans e camiseta preta estavam de bom tamanho?
Enquanto se perdia em pensamentos uma versão 20 anos mais nova da namorada abriu a porta.
Alfonso: Meu Deus, você está a cara del...
Ana Paula: A cara da minha tia? Sim eu sei. - dispensou - Eu só ouço isso umas cinquenta vezes por dia. - revirou os olhos dando passagem para que ele pudesse entrar.
Foi aquele momento constrangedor entre abraçar ou apenas acenar com a cabeça.
Ana Paula: Ah, por favor! Já fomos até namorados. - brincou e o puxou pra um abraço carinhoso.
Foi libertador e extremamente importante para que ele se sentisse à vontade. Havia visto aquela menina há o que? Dez anos? E pelo que sabia, a mãe dela não era muito fã dele. Foi bom ser recebido dessa forma e toda preocupação o deixou naquele momento.
Anahi: Você não vai me roubar o namorado dessa vez tititi. - disse entrando na sala, extremamente ofuscante em um vestido fluido e longo na cor bege, cabelos soltos, lábios vermelhos e pés descalços. Ele levou algum tempo contemplando a visão, tomando nota mentalmente de que poderia passar o resto da vida listando o porquê ela era a mulher mais linda que já havia visto.
Ana Paula: Nem se preocupe, eu não curto coroas. - deu de ombros fazendo Alfonso colocar a mão no peito falsamente ofendido - Sem ofensas, mas você já está ficando grisalho.
Alfonso: Lisonjeado com a parte que me toca. - agradeceu irônico - Trouxe burritos - disse levantando uma sacola enorme - E vinho.
Ana Paula: Oba! - exclamou animada.
Anahi: Só nos seus sonhos querida, sem vinho pra você.
Ana Paula: Droga. - respondeu cruzando os braços.
Anahi: Obrigada amor. - disse se aproximando e dando um selinho rápido nele - Me dê aqui, Ana Pau, se importa de montar a mesa?
Ana Paula: Deixa comigo. - assentiu, pegando a sacola com cuidado e começando a desembalar.
Anahi: Os meninos estão na brinquedoteca. - falou baixo com um olhar de expectativa para ele - Vamos lá?
E ele tomou a mão dela, forte, seguro, assentindo e andando em direção ao cômodo.
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2021
Romance"Por qué no simplemente no esperar a ser ocasión de un vertedero de palabras ¿no es mejor abortar que ser estéril? después de tu partida las horas son tan tristes siempre empiezan a rastras demasiado pronto los garfios desgarrando con ceguedad el le...