Dormiram pouquíssimo aquela noite, a saudade dos dias que passaram e ainda passariam longe os deram apenas duas horas de sono. Anahi levantou às 06:00, queria estar em casa antes dos filhos acordarem e Alfonso a acompanhou, porque em uma hora teria que estar no aeroporto.
Anahi: Curte muito ele. - disse acariciando o rosto dele que estava amassado pelo sono.
Alfonso: Eu vou. - assentiu - Juízo hoje na despedida. - levantou uma sobrancelha para ela - Se divirta e tire fotos para perturbar o juízo de Ian. - riu beijando a testa dela.
Anahi: Te vejo segunda, faça boa viagem amor.
Alfonso: Te amo! - disse terno.
E se despediram ainda no elevador, com um beijo suave e a sensação de que tudo estava bem e a cada dia avançavam um passo.
xx
Aproximadamente quatro horas depois, Alfonso chegava ao aeroporto internacional da Cidade do México, carregando apenas sua mochila, saindo pelo desembarque com a cabeça abaixada enquanto mandava uma mensagem para Anahi, avisando que havia pousado, quando ouviu muito próximo de onde estava uma vozinha que ele reconheceria mesmo no meio de uma multidão de vozes.
Dani: Papá!
Ele levantou rapidamente a cabeça e viu ele ali, a luz de sua vida, com um novo corte de cabelo, parecendo muito maior do que há um mês. Segurando-o pela mão estava Diana, em calça jeans, sapatilhas e moletom, grandes óculos e cabelo preso, com um sorriso enorme o esperando com uma placa que dizia: "Bem vindo ao lar".
Ele estranhou, se aproximando. Não que o México não fosse sua casa, na verdade Daniel era seu lar. Mas apenas não parecia certo, ter ela ali segurando essa placa após o divórcio. Detestaria vê-la nutrir qualquer esperança de que o relacionamento deles poderia reviver, porque simplesmente não havia como reviver o que nunca esteve vivo.
Alfonso: Meu dinossauro preferido, você cresceu! - disse se abaixando e o abraçou tão apertado que poderia doer. Sentiu seu celular escorregar de sua mão e cair no chão, mas nem se importou. Aquele momento era tudo que ele mais ansiava e nada podia fazê-lo sair daquele abraço.
Dani: Na verdade eu cresci sim, um centímetro e meio papai, dá pra acreditar? Já posso andar naquele brinquedo da Disney, você lembra? Aquele dos carros. - disse animado, na própria bolha com o pai que o olhava e respondia fascinado.
Ficaram ali minutos, naquele chão, no meio do aeroporto e quando as costas de Alfonso começaram a doer, ele decidiu que era o momento de irem.
Quando se levantou, viu que Diana já não sorria e segurava o celular dele, com a tela bloqueada, entregando-o em seguida. Não entendeu até que viu a notificação:
"Cariño: Que bom! Encha ele de beijos e curta cada segundo. Te amo."
Isso seria um problema, mas pra outra hora.
xx
Diana sabia o que era a frustração. Havia experimentado esse sentimento vezes demais para ser saudável. Mas o problema é que ela criava expectativas demais. Idealizava situações, relacionamentos e até projetos. Criava todo um cenário perfeito em sua mente, mas quando não saía como planejado (e isso acontecia com frequência) ela tinha a tendência de se fechar em uma bolha de amargura e decepção.
Quando saiu de casa com Dani aquele dia, a intenção era fazer uma surpresa para Alfonso. Sabia que ele não esperava a recepção. Haviam combinado que ela deixaria o filho em seu apartamento e era só.
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2021
Romance"Por qué no simplemente no esperar a ser ocasión de un vertedero de palabras ¿no es mejor abortar que ser estéril? después de tu partida las horas son tan tristes siempre empiezan a rastras demasiado pronto los garfios desgarrando con ceguedad el le...