Capítulo 17

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Anahi: Você precisa empostar mais a voz, vai usa o diafragma. - e apertou a barriga dele com uma mão enquanto ele tentava atingir uma nota especialmente difícil.

Alfonso havia aceitado um papel para uma série musical na Netflix e estava nervoso com o desafio. Faria um músico que ganhava a vida cantando em bares e estações de trem e ali estava ele, depois de 13 anos tendo que cantar novamente.

Alfonso: Suas mãos na minha barriga estão me distraindo. - confessou olhando para baixo onde um volume começava a se formar.

Anahi: Larga de ser tarado homem. Estamos trabalhando aqui.

Alfonso: Não, eu estou trabalhando, você está me assediando. - jogou descarado.

Anahi: Oh, então na última semana eu apenas assediei o pobre ator que tentava ensaiar certo? Que garota má eu sou. - disse arrastando as unhas pelo abdômen dele por baixo da camisa.

Alfonso: Movimento perigoso esse. - respondeu enquanto via os olhos dela dilatarem.

A última semana havia sido um sonho. Criaram uma rotina ali. Dormiam todas as noites juntos, alternando as casas e ela o ajudava na construção do personagem.

Enquanto ele estava fora gravando, ela dava os últimos retoques na decoração do quarto das crianças. Finalmente admitiu que precisava chamar um profissional para consertar aquela maldita parede, o que resultou em um belíssimo quarto do "Toy Story". De um lado Woody e toda a temática de cowboy e do outro Buzz, com suas naves e espaço sideral.

Tiveram também um almoço peculiar com Nina e Ian, que foram formalmente apresentados a Alfonso.

Os homens discutiam futebol na piscina tomando cerveja enquanto as mulheres conversavam na espreguiçadeira da área externa da cobertura. Fora um dia excepcionalmente agradável e tudo ia bem.

Em uma manhã, ainda na cama, conversaram sobre os filhos. Alfonso contou com os olhos brilhando o quão esperto e carinhoso Dani era. Garantiu que ele não ofereceria nenhuma resistência em relação à ela, era uma criança realmente muito acolhedora.

É claro que ele teria que conversar com Diana sobre tudo isso antes, o que talvez fosse problemático, mas preferiu não mencionar em voz alta.

Anahi tinha certeza que Manu e Emi seriam grandes amigos do filho de Alfonso e estava feliz com a perspectiva de em breve ter a casa cheia de crianças correndo pra lá e pra cá.

Sobre a mídia, esse era um ponto mais delicado.

Anahi: De fato eu sou livre, mas infelizmente, tenho alguns protocolos a seguir. - suspirou - Se eu assumo um relacionamento público agora, seriam levantadas várias suposições de traição e Velasco poderia tentar algo contra mim ou meus filhos. É disso que mais tenho medo. - afirmou aflita, abraçando-o pela cintura ainda mais forte. O simples pensamento a arrepiava até a espinha, porque sabia exatamente do que o ex-marido era capaz.

Alfonso: Não vamos deixar isso acontecer. Acho que também não seria prudente expor nosso relacionamento enquanto não assino os papéis do divórcio, até por uma questão de respeito. - disse sério - Ela não é minha inimiga Anahi, não quero magoá-la. - observou Anahi suspirar pensativa, antes de completar - Mas a boa notícia é que meu advogado informou que ela finalmente assinou e tudo isso deve ter fim em mais ou menos dez dias. - afirmou vendo um sorriso se formar em seu rosto.

Anahi: Dez dias? Nossa! Eu... eu nem sei... - pulou no pescoço dele - Alfonso isso é maravilhoso! - e o beijou apaixonadamente.

Alfonso: Eu te amo Anahi! Hoje eu não tenho mais medo de dizer isso. - selou os lábios com ela mais uma vez - Tudo vai se encaixar ok? - e a tranquilizou enquanto a deitava na cama novamente enchendo-a de beijos pelo pescoço, descendo para o colo.

Anahi: Parece que alguém acordou com fome. - riu quando ele chegou à barriga dela, enquanto olhava para cima, pegando um sorriso travesso que se formava.

Alfonso: Ah cariño, eu acordei faminto. - e continuou descendo, até que a mão delicada dela o parou.

Ele a olhou confuso, ela sempre gostava de sexo oral e ele era realmente bom naquilo. Provavelmente porque vê-la se contorcer sob sua língua era um incentivo e tanto para dar o melhor de si, mas de qualquer forma não entendia o porque ela estava o parando.

Então ela se levantou bruscamente, trocando as posições, o colocando deitado e agarrando rapidamente seu pau já duro como rocha na boxer azul marinho.

Anahi: Apenas me ocorreu que desde que voltamos eu não retribuo o favor e se tem algo que eu não sou é ingrata. - sussurrou com malícia - Estou com saudade de sentir seu gosto amor, me deixe fazer isso. - pediu, subindo e descendo a mão pelo comprimento grosso que já brilhava em sua ponta com excitação.

E Alfonso apenas relaxou, deixando-a guiar a situação.

Tê-la no controle era sempre surpreendente. Ela tinha uma habilidade surreal com a boca. Primeiro brincava com a cabeça, sugando suavemente enquanto apertava com a outra mão, delicadamente as bolas. Depois o levava inteiro na boca, chegando até sua garganta e ao invés de choramingar ela gemia de prazer.

Ele podia sentir em cada segundo o quanto aquele ato era prazeroso para ela também.

Os movimentos foram aumentando, Alfonso já a puxava com força pelos cabelos, fodendo sua boca enquanto ela masturbava seu clitóris com uma mão livre e a visão já o fazia querer gozar.

Não demorou muito, poucos minutos depois soltou um gemido rouco, chamando-a pelo nome, liberando em sua garganta o líquido quente, que transbordava por seus lábios cheios, enquanto ela engolia satisfeita o olhando fixamente.

Alfonso desabou no travesseiro após isso, completamente satisfeito, aninhando-a em seu peito.

Alfonso: Sabe. Eu não consigo explicar nossa conexão sexual nem que eu tente. - comentou de olhos fechados, ainda desfrutando da sensação com os lábios puxados em um sorriso persistente.

Anahi: Nem eu. - confirmou, fazendo círculos com a ponta do dedo no abdômen dele - Nunca foi assim com mais ninguém. Eu te amo tanto.

Alfonso: É loco porque veja, não somos mais tão jovens e isso só melhora. O frenesi não passa nunca. Anahi, eu te venero como um louco. - confessou - E eu tentei, tentei mesmo achar isso com mais alguém, mas é completamente ridículo.

Anahi: Oh querido, eu sei. Superar-me realmente deve ser uma missão difícil. - comentou debochada. Não gostava de imaginá-lo com outras mulheres, mas sabia que ele havia tido suas experiências.

Alfonso a encarou por um instante refletindo. Estar com ela ali o fez perceber quanto tempo havia perdido tentando esquecê-la em vão. Simples como se lê, aquele era o seu lugar.

E no que dependesse dele, seria sempre.

Alfonso: Você não faz ideia.

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