Chegaram ao La Carmencita 20 minutos depois e Anahi já se sentia à vontade com José. No carro conversaram brevemente, descobriu que ele era espanhol, morando nos EUA há 14 anos agora. O típico latino que vai para a América em busca de melhores oportunidades. E ele conseguiu. Venceu na vida e hoje era um estável engenheiro, sócio de uma construtora com filais em todo o país.
E fisicamente? Bom, fisicamente era o número de qualquer mulher.
Pele bronzeada, olhos verdes emoldurados por sobrancelhas grossas e marcantes. A barba por fazer e o cabelo castanho claro bagunçado eram um charme a mais, alertavam do perigo que seria se perder ali.
O corpo era completamente definido, talvez fosse adepto à musculação ou CrossFit, ela não tinha certeza.
Também notou que era poucos centímetros mais baixo que Alfonso e mesmo assim, bons 20 centímetros maior do que ela."E porque diabos ela estava comparando-o com Alfonso?" se estapeou mentalmente, afastando o pensamento.
Quando entraram no local, José a guiou com a mão na base de sua coluna até o bar, abrindo caminho entre as pessoas que já estavam ali. Era uma sensação engraçada estar em um bar temático mexicano, quase a fazia se sentir em casa.
Já conhecia a comida, é claro, pedia sempre por delivery, mas era a primeira vez que se aventurava a ir até lá em anos. O atrevimento era tão excitante que estava inquieta em seu banco, olhando nervosamente de José para a entrada e da entrada para José.
Em Los Angeles a noite era literalmente uma criança, então quanto mais tarde ficava, mais pessoas chegavam, lotando o amplo salão.
Depois de algum tempo de conversa, os flertes estavam tão interessantes que até se esqueceu o motivo pelo qual estava ali. Já estavam da segunda rodada de tequila e ela sabia onde aquilo terminaria.
Anahi: Certo bonitão, seu plano aqui é me embebedar? - disse próxima ao ouvido de José, a música era tão alta que não podiam se ouvir a distância.
José: O plano aqui é fazê-la esquecer de vigiar a porta - respondeu de imediato levantando uma sobrancelha com atrevimento.
Anahi: Como voc... Nina te contou? - respondeu ultrajada e um tanto quanto alta pela bebida. Em seu colo e rosto começava a se espalhar uma vermelhidão que era típica de quando ficava alterada.
José: Nina não me contou nada, mas o fato dela ter algo a contar já diz muito. - confirmou tranquilo enquanto pedia uma água ao barman - E eu não estou ofendido, todos temos algo para esquecer hoje. - completou olhando para o decote dela e voltando para os olhos com uma faísca de luxúria - Inclusive, já esqueci.
Anahi: Então te proponho algo. - respondeu se levantando em um ímpeto - Vamos nos divertir hoje como nunca. - colocou as mãos nos ombros fortes dele - Fazer tudo que tivermos vontade. - chegou mais perto se encaixando entre as pernas dele que permanecia sentado - Sem arrependimentos. - e o beijou.
E foi essa a cena que Alfonso presenciou assim que pisou no bar.
Realmente o ciúme era algo presente no relacionamento dos dois. No passado, ambos brigavam por esse motivo antes mesmo de chegarem a estar juntos.
Era difícil.
Anahi era uma mulher estonteante e não era só pela beleza externa. Era daquelas pessoas que quando chegam a um lugar roubam completamente a cena, literalmente havia sempre uma luz em volta dela, cegando tudo e todos ao redor. A presença de Anahi era tão embriagante que Alfonso tinha que ficar lidando com homens a assediando por onde passavam, era um inferno.
Ela em contrapartida tinha ciúmes de todas as parceiras de elenco dele. Provavelmente por terem se apaixonado justamente nesse cenário, achava que seria assim com outras, que um dia se cansaria dela ou teria a mesma química com outra mulher e seguiria em frente.
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2021
Romance"Por qué no simplemente no esperar a ser ocasión de un vertedero de palabras ¿no es mejor abortar que ser estéril? después de tu partida las horas son tan tristes siempre empiezan a rastras demasiado pronto los garfios desgarrando con ceguedad el le...