O clima era tão gostoso naquele restaurante. Estavam em uma mesa discreta no interior do lugar e sentavam mais próximos do que os outros casais, o clima de intimidade era visível e quem os observasse podia notar a devoção em ambos os olhares. Era bonito de se ver. Riram durante todo o jantar, enquanto se recordavam das histórias do passado. Haviam feito um pacto assim que restaram: falar apenas das coisas boas que viveram, deixar de lado as partes ruins e memórias que poderiam desenterrar algum rancor. E assim seguiam.
Anahi: (...) e então começaram a te chamar de cadelinha e eu morria de vontade de comentar. - riu bebericando o vinho de leve - O que você estava pensando Alfonso? Usando o bordão da Mia? Dando RT na hora que eu fiquei online? - negou com a cabeça enquanto ainda tentava disfarçar um sorriso persistente - Eu te deixei mesmo louco no ano passado não foi? - disse erguendo uma sobrancelha.
Alfonso: E não se esqueça que teve a parte da Gretchen, aquela dos memes brasileiros. - riu se lembrando, 2020 definitivamente foi um ano louco - O que eu posso dizer? Não sei ser ignorado. - deu de ombros, bebendo o próprio vinho.
Anahi: Era particularmente engraçado te ver buscar minha atenção. - lembrou - Você sabe que eu tinha que evitar a interação pública certo? - e ele assentiu, endurecendo o olhar por um breve momento - Mas olha, até que foi bom. As traumadas pareciam a ponto de colapsar. - riu, lembrando de entrar quietinha no Twitter várias vezes naquele ano e ver o surto coletivo que se formava.
Alfonso: Oh, teve uma fã brasileira que literalmente me enviou por e-mail uma conta de terapia. - disse arrancando uma gargalhada gostosa de Anahi.
Uma hora depois, caminhavam pelo píer de Santa Monica, de mãos dadas, em um silêncio que não era constrangedor, pelo contrário, era reconfortante. Sabiam que estavam felizes e simplesmente não sabiam encontrar palavras para descrever, então preferiram aproveitar o momento e colecionar aquela memória.
O primeiro a quebrar o silêncio depois de alguns minutos foi Alfonso.
Alfonso: Você sabe que amanhã vou ao México, certo? - perguntou a avaliando, a viu suspirar e assentir, já haviam conversado antes, era o final de semana que Alfonso tinha para ficar com Dani.
Alfonso: Eu estou pensando em contar pra ele... - disse buscando o olhar dela.
Anahi: Amor você não precisa fa...
Alfonso: Eu não preciso, mas eu quero. - interrompeu-a virando de frente para o ela - Daniel é a pessoa mais importante da minha vida e eu não quero que ele fique de fora de nenhuma parte dela. E você Anahi, também é e sempre foi um pedaço de mim. - disse pegando a mão dela e colocando sobre seu coração. - Então sim, eu vou contar a ele que eu tenho alguém especial, mas tão especial que vem acompanhada de dois amiguinhos que adoram super heróis tanto quanto ele, o que acha? - perguntou a pegando pela cintura e se aproximando.
Anahi: Eu acho Herrera... - disse tão próxima que os lábios se encostavam - Que a faceta pai lhe cai muito bem. - deu um beijo simples nele – E eu estou excitada e mais apaixonada agora. - completou simples, mas com os olhos cheios de desejo.
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A viagem de volta ao apartamento de Alfonso levou torturantes 40 minutos. Torturantes porque Anahi resolveu que seria uma boa ideia lhe dar um boquete enquanto ele dirigia e por duas vezes ele precisou parar no acostamento, para que não batesse com o carro.
No momento em que pisaram no elevador já começaram a se agarrar, ela tirando o blazer que ele vestia, e ele mordendo e chupando toda pele exposta possível.
Abrir a porta foi um sacrifício. Alfonso não conseguia se concentrar em achar as chaves enquanto Anahi estava com a mão dentro da calça dele. Quando finalmente entraram, a porta bateu com um estrondo na parede, fechando em seguida, enquanto tombavam ali no sofá mesmo, quase de maneira primitiva.
Fazia tempo demais, os corpos sentiam saudade demais. De qualquer jeito Alfonso a pegou e a abaixou em sem colo, afastando apenas a calcinha para preenchê-la em seguida.
Anahi cavalgou por minutos, suando e arqueando o corpo, enquanto gemia quase com gritos de prazer. Sentiu quando Alfonso abaixou as alcanças de seu vestido, liberando os seios empinados e convidativos na direção do rosto dele, que capturou um deles com a boca enquanto estimulava dolorosamente o outro mamilo.
Anahi: Eu senti tanto a sua falta. - murmurou rouca enquanto quicava sobre ele, arranhando suas costas.
Alfonso: Você é tão minha. - sussurrou tentando alcançar tudo que podia - Nossa como você é gostosa. - disse dando um tapa audível na bunda dela.
Anahi: Eu estou quase... - não conseguiu completar a frase porque ele lhe roubou um beijo que anulava os sentidos.
Quando o clímax veio, foi tão intenso que fez com que ela desmoronasse sobre o peito dele, que investiu mais algumas vezes até acompanhá-la, desmaiando no encosto do sofá, levando ela consigo.
Anahi: Isso fica cada vez melhor. - sorriu, assoprando uma mecha do cabelo que caia em seus olhos.
Alfonso: Dê-me alguns minutos e vamos confirmar essa teoria, se da próxima vez fica ainda melhor. - disse rindo enquanto a enchia de beijos por todo o rosto.
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Anahi: Estamos proibidos de ficar mais de dois dias sem transar. - avisou severa - Poncho, não tem a menor condição de eu ficar assada assim todas às vezes. Eu tenho filhos pra cuidar e não vou conseguir nem me sentar. - reclamou, com as pernas abertas deitada na cama após a terceira rodada de sexo da noite.
Alfonso: A intenção é que você tenha do que se lembrar enquanto eu estiver fora. - riu vendo a posição estranha em que ela estava.
Anahi: Eu quero ver como vou explicar pra Nina amanhã na despedida de solteira, que eu só posso ficar em pé. - olhou pra ele completamente ofendida pelo riso que ele tentava conter.
Alfonso: Já tinha me esquecido disso. - revirou os olhos - Acho que estou feliz por não estar na cidade nesse dia, seria estranho estar aqui sabendo que você está tendo homens seminus dançando encima de você.
Anahi: Eu sei, a minha vez vai chegar e também não vou ficar nem um pouco animada. - disse virando para ele e se abrigando em seus braços.
Após alguns minutos apenas se sentindo, Alfonso perguntou algo que rondava sua mente.
Alfonso: Cariño, nós nunca usamos proteção. - perguntou cautelosamente - Digo, eu estou limpo, faço exames periodicamente e sei que você também está limpa. - pausou procurando palavras - Mas existe alguma chance de...
Anahi: Engravidar? - riu amarga - Por meios naturais a chance é quase zero, você sabe, Manu e Emi foram por meio de fertilização in vitro.
Alfonso: Eu sabia que sim, mas imaginava que era porque Velasco e você obviamente não tinham relações. - disse baixo, com um pouco do que parecia tristeza em sua voz. Nem ele sabia por que aquele sentimento o tomava agora, realmente nunca havia pensado na possibilidade de ter mais filhos, mas de repente essa opção lhe pareceu apenas certa, com ela.
Anahi: A anorexia me tirou muitas coisas. - respirou fundo se recompondo - Mas veja, sou mãe! - completou alegre - De uma forma um pouco mais cara talvez, mas é possível. - disse com um sorriso - Por que Herrera? Está me imaginando grávida agora? - riu de leve.
Alfonso: Não é que eu pensasse em mais filhos antes, mas agora a ideia pareceu... Tentadora.
Anahi: Oh meu Deus! - sentou colocando as mãos no rosto - Quem é você e o que você fez com Alfonso Herrera, alérgico a casamento, filhos e todo o resto? - disse colocando a mão na testa dele - Febre não tem, menos mal.
Alfonso: Engraçadinha. - puxou-a pro braço - Talvez Dani tenha me amolecido, talvez eu esteja ficando velho ou talvez... - a olhou fixamente antes de prosseguir - Tenha encontrado meu lar.
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2021
Romance"Por qué no simplemente no esperar a ser ocasión de un vertedero de palabras ¿no es mejor abortar que ser estéril? después de tu partida las horas son tan tristes siempre empiezan a rastras demasiado pronto los garfios desgarrando con ceguedad el le...