Londres II

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- Que droga! - Exclamo com raiva. - Porque ele tinha que buscar esse rapaz no aeroporto? Ele não podia pegar um táxi ou coisa parecida? Tem que ficar usando o nosso carro para desfilar pelas ruas de Londres? Mas que saco! - Falo olhando para Amanda, sentando em seguida , a mesma me olha com a sobrancelha levantada.

- Oque houve que você tá soltando fogo pelas ventas hein garota? - Amanda pergunta rindo de mim.

- O Sam foi buscar seu sobrinho no aeroporto e o carro ficou ruim, justamente hoje que eu tinha várias coisas para fazer! - Falo, autoritária.

- O Senhor Sam foi ajudar o sobrinho, muito justo da parte dele, o rapaz veio de longe Liah, também não acho justo que ele pegue um táxi ou venha de ônibus! - Ela fala, defendendo o fedelho.

- É o meu carro, o carro da minha família, e não, eu não acho justo que o Sam fique pra lá e pra cá levando qualquer um no meu carro! Meu pai vai dar a louca quando souber que ele foi no centro pegar o sobrinho e não veio me buscar na escola porque o carro deu defeito! - Falo com raiva.

- Você é chata e egoísta, custa ajudar as pessoas?-Amanda fala, e eu juro que vou socar a cara dela.

- Não custa! A propósito, vai me levar em casa depois da aula, não vou pegar táxi nenhum!- Falo para Amanda com muita raiva e a mesma se assusta.

- Tudo bem dona mandona, vou ser sua motorista particular hoje, mas vai ter que me levar amanhã para uma festinha particular na piscina! - Ela fala piscando pra mim em seguida.

- Tudo bem, sem problemas, vou avisar a Danielle pra preparar algo pra gente!

Hoje era aula de matemática e eu amo matemática, mas confesso que estava um tanto quanto atordoada pela chegada do David, isso me preocupa porque eu sempre fiquei sozinha em casa, nunca tive ninguém da minha idade ao não ser minhas amigas junto a mim, a presença de um homem mais novo perto de mim, trazia uma certa aflição, não por medo, mas pelo simples fato de que ele tem quase a mesma idade que a minha e de que eu nunca ficava sozinha mais de 1 hora perto de um cara mais velho que eu.
Eu sei que uma hora isso ia ter que acontecer, hora de eu ter mais contato com um garoto, mas eu confesso que isso me deixava um pouco estranha.

- Pronto Senhor Sam, o carro já está no reboque, já tenho o endereço da residência então podemos ir. - O rapaz da seguradora fala comigo e eu só consigo pensar na Liah e no quanto ela deve estar aborrecida por eu não poder pega-lá na escola.

- Tudo bem, vamos indo então. - Falo um pouco cansado.

- Vamos filho, eles já estão rebocando o carro e amanhã vão mandar o mecânico para dar uma olhada. - Me dirijo ao David e ele me olha preocupado.

- Sinto muito tio! Não queria dar trabalho para o Senhor logo de cara! Acabei de chegar aqui e olha o azar? - Ele fala sorrindo pelo nariz.

- Não esquenta! Amanhã vou resolver tudo! Não se preocupe com isso, carro é uma máquina, tem falhas assim como nós! De repente ele queria dar uma descansada. - Falo pra ele sorrindo, piscando em seguida.

- Tudo bem, se o Senhor diz.

- Deixa que com o Senhor Josh eu me entendo! Vamos, se não vamos chegar atrasados para o almoço.


- Então é hoje que vamos conhecer o gatinho do David? - Amanda pergunta, curiosa.

- Nossa, mas você é assanhada! Nem sabe se ele é gato, aliás nem eu sei. - Falo pra ela pegando minha mochila e jogando dentro do carro.

- Querida todos os ingleses são lindos, cavalheiros e educados! Tenho certeza que o sobrinho do seu tio não é diferente! - Ela fala empolgada e tenho vontade de enfiar minha cara na primeira lixeira que encontro.

- Eu acho que você está exagerando, não sabe de nada e fica ai dando suas suposições! Ele pode ser bonito como você está dizendo, mas não creio que ele seja isso tudo não, ele só tem 25 anos, como o Sam disse. - Falo com ela, querendo encerrar logo a história.

- Eu acho que ele é um gato sim! - Me olha passando a língua nos lábios.

- Se você falar isso mais uma vez juro que não vai ter festinha na piscina coisa alguma! - Olho pra ela fechando a cara.

- Tudo bem sabichona! Vamos porque estou morrendo de fome!

- Graças a Deus!

Chegando em casa não vejo Sam, muito menos o tal do David, saio do carro me despendido de Amanda, combinando de ligar mais tarde para ver como iria ficar a festinha na piscina. A única coisa que vejo é o carro parado na garagem e nenhum sinal dos dois.

- Oi Danielle, tudo bem? Boa tarde! Oque temos para o almoço? - Pergunto olhando em volta.

- Eu fiz uma carne assada com batatas, nada demais. - Ela da de ombros.

- Então eu não vou descer, vou descansar um pouco e ficar no quarto estudando, pode levar meu almoço pra mim por favor? - Pergunto já subindo as escadas.

- Claro, eu levo sim. - Ela fala abrindo um sorriso.

- Senhor Sam já chegou? - Pergunto, curiosa.

- Ele já chegou sim, foi acomodar o sobrinho e depois vai vir almoçar.

- Tudo bem, eu vou subindo! Até mais. - Falo seguindo em direção ao meu quarto.

- Até senhorita.

Nove semanas de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora