Nós II

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"Eu a vi, saindo por de trás daquelas cortinas, vestida com aquela lingerie sexy,

Ali eu tive a certeza, que ela seria completamente minha"





David


Depois do nosso grande primeiro beijo, ali, naquela praia, no dia do aniversário dela, eu quis agradá-la em todos os sentidos. Fiz jantares, cafés da manha, do jeito que dava, levei-a para conhecer o restante da ilha que não havia conhecido, descansamos abraçados sob a luz do sol e do luar, vimos macacos roubarem todas as bananas que havíamos pegado no pé, nos apaixonamos mais.

Não era mais estarrecedor estar ao lado dela, não era estranho, era prazeroso, confesso que eu me sentia um completo bobo apaixonado todas as vezes que a encarava distraída, com seus belos olhos castanhos claros, olhando aquele mar azul cristalino. Eu me sentia único, feliz, realizado, Liah era tudo que eu sempre quis em toda a minha vida.

Os dias foram passando, e a todo instante, me sentia mais rendido a toda a sua doçura, a toda a sua timidez, mas, eu queria muito mais que isso, queria conhece-lá a fundo. Nossos beijos eram completamente quentes, nossos corpos estavam pedindo para ser explorados um pelo outro, eu sentia a necessidade te ter muito mais dela em mim, eu precisava dela para mim.

No começo quando nós viemos parar aqui, perdidos, confesso que sentia raiva, não queria estar perto dela pelo simples fato do que ela havia se tornado: insuficiente. Era assim que eu a via, dessa forma. Tudo o que eu fazia trabalhando, não era o suficiente para ela, sempre desejava mais e mais e eu tentava a todo custo, satisfazer suas vontades.

Quando o avião caiu, e me vi aqui preso ao lado dela, a odiei, do fundo do meu coração, pois ela sabia que eu queria estar com meus pais naquela semana, mesmo assim, ela não exitou em me deixar ficar em Londres para vê-los. Hoje eu entendo, que ela ficaria perdida, sem mim.


Hoje, eu só quero vê-la feliz, sorrindo, a minha maior alegria é saber que sou eu que estou aqui, perdido com ela, e não outro cara, eu não ia gostar de saber que a minha menina estaria correndo riscos na mão de outro alguém, se fosse para passar por tudo, eu queria que fosse comigo e não com outro alguém.

Nós sempre ficávamos, abraçados, conversando sobre todas as coisas, em frente ao mar, eu gostava de ver, ela ali, no aconchego do meu abraço, sem pedir nada em troca, somente o calor do meu corpo. Ela sabia que eu a desejava, da mesma forma que ela também me queria.

Nossos beijos, nosso olhar, nossos toques, caricias, todas as coisas que fazíamos um para com o outra tinham sentimentos, os nossos.

Eu sabia que ela nunca tinha tido outro cara na vida, pois todas as conversas que já tivemos a respeito disso me levavam a acreditar que eu poderia ser o seu primeiro e talvez único homem, ela nunca deixava claro, mas sim, subtendido e eu adora a forma que ela ficava corada todas as vezes que tocávamos nesse assunto. Eu sabia que se fosse com ela, seria algo extraordinário.


Já havia adiantado algumas coisas para o nosso jantar, eu queria que fosse muito mais especial do que todos os outros. Colhi frutas e pesquei dois peixes enormes, eu sempre fui um cara muito precavido, então nessa viagem eu trouxe meu canivete super afiado e um mix de temperos que meu pai fez para mim. Nunca se sabe quando precisará dessas coisas, então é sempre bom te-las no bolso.

Fiz peixe assado na brasa com bananas, o sabor do doce com salgado é algo que eu aprecio e amo demais, é uma mistura insana, eu sei, mais isso me da uma satisfação ao coloca-los na boca.

Eu já havia com binado com Li que assim que acabasse de fazer o nosso jantar, a chamaria para comer, e foi assim que eu fui. Já estava bem escuro, então levei as coisas para dentro da cabana. Abri a porta devagar e coloquei tudo em cima de uma mesa improvisada, eu estava de costas quando virei procurando por ela, chamando seu nome.

Nove semanas de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora