Cap. 26 Corpos e não copos

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Oi rs. Sim eu demorei me desculpa :)
Mas bora que temo chegando no ápice da história!


___________🚫ESCAPE🚫___________



-Quarenta e oito, quarenta e nove .... cinquenta__ soltou as barras de ferro sentindo a palma da mão arder, a superfície antes macia começava a ficar grosseira pela quantidade de vezes que andava fazendo aquilo, os calos seriam um lembrete eteno do hobby agradável que adquiriu ali dentro.

De seu pulso puxou com os dentes o pequeno pedaço de tecido que usava para amarrar os fios platinado, e de raiz castanha, que começavam a Incomodar seus olhos e grudar em sua nuca assim como a regata branca grudava em seu corpo. Secou as mãos no macacão alaranjado aberto e pendurado em  cintura antes de juntar o cabelo em um coque alto e agradecer pela leve brisa bater contra seu pescoço molhado.
O sol do quase meio dia queimava seus ombros expostos e já começava a incomodar, graças a isso, decidido acabar suas sessões de exercícios por ali e caminhar aos bebedores afim de repor todos os líquidos que acabara de perder.

Enquanto atravessava o grande pátio, sentiu que olhos o acompanhavam por todo o percurso feito sem presa. Não era novidade para si, os outros presidiários julgavam Namjoon de no mínimo “normal” ou “calmo de mais” para estar ali por mais de um homicídio qualificado. Não ligava para olhares, podia até mesmo soar narcisista, mas gostava de ser o passa tempo daqueles desocupados e acabou sorrindo ao perceber que além de admirado, ele era respeitado, pois bastou chegar perto de um dos bebedouros que os detentos que ali estavam, abriram passagem para si.

Era respeitado sem precisar lutar e muito menos ameaçar para aquilo. Com postura e silêncio Namjoon tinha o respeito que os valentões se matavam para ter.

A água gelada fez seu corpo quente resfriar quase de imediato, estava sendo um dia agradável para alguém que alguém alguém encarcerado mas ao captar pelo conto do olho a maldita figura que vinha tirando sua paz, tudo foi por água abaixo.

Seu colega de cela se encostava na parede, de braços cruzados enquanto conversava com um dos guardas e olhava diretamente em sua direção. Tal cena vinha se repetindo constantemente durante os últimos dias, dês de que o homem ouviu uma de suas conversas com Seokjin pôs em sua mente sequelada que Namjoon o levaria com eles, e ao receber um “nem por cima do cadáver” como resposta, passou a usar o método mais sujo de conseguir algo; pressão psicológica.
Ameaçar entregar o plano para os guardas havia virado rotina, e vê-lo com os próprios também. Não que Namjoon fosse facilmente manipulado, pelo contrário, mas para alguém que por quase dois anos se agarrou numa mísera esperança de que um dia realmente sairia dali, qualquer ideia de que tudo poderia ser destruído por uma única pessoa o irritava. Entendia o desespero do homem em querer sair dali, estavam todos no mesmo barco, entretanto, o desespero de seu colega de cela estava passando dos limites. Achava que ameaçando entregar o plano Namjoon mudaria de ideia e o levaria consigo mas, pobre gafanhoto, mal sabia que só estava conseguindo irrita-lo. Estava irritando a pessoa mais calma que o presídio de Incheon já viu.

Determinado a fazer o mesmo de sempre e ignorar o velho que provavelmente estava em crise da meia idade, se afastou do bebedouro e se pôs a andar para o lado contrário. Era hora do almoço em seu pavilhão por isso os presos começavam todos a migrar para o mesmo local, o refeitório. Após pegar uma fila que felizmente não era tão lenta, saiu com a mesma gororoba de sempre em sua bandeja, gororoba da qual seu estômago já estava acostumado, se sentou numa das mesas vazias e iniciou seu almoço sem se importar com absolutamente nada que acontecia a seu redor, mesmo que houvesse uma terceira guerra mundial na mesa ao lado ele terminaria seu almoço, tomaria seu banho e iria para sua cela pelo resto do dia. O refeitório já começava a ficar vazio quando alguém resolve inoportuna o quase fim de seu almoço.

《 Escape 》jjk + pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora