Prologo: Uma vida de arrependimentos

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[ATENÇÃO: Se você já leu tgfc, pode seguir em frente para o capitulo um, ou não, você quem sabe kkkk]

[Este é um cap resumindo o que é preciso saber para se situar na fic feito para meus amigos preguiçosos que não querem ler a novel chinesa, mas que eu quero que leiam esta história TEM MUITO SPOILER, LEIA POR SUA CONTA E RISCO!]

[Meus agradecimentos especiais à hualiangirl por ter me ajudado a coletar as informações. <3]

O festival das lanternas marca sempre um novo ciclo. Guerras eram comuns. Mudanças eram comuns. Deuses aparecem. deuses se vão. Uma nova história começava a cada nova aurora e todos já estavam acostumados. Naquela vez não era diferente.

A cidade celestial brilhava nova sobre as nuvens, com seus palácios bem mais luxuosos que os da anterior. Os deuses andavam mais entusiasmados, contando ainda sobre sua maravilhosa contribuição na última grande batalha para seus generais de corte mediana que sorriam admirados. Menos da metade havia realmente feito algo de útil naquela luta, mas quem se importava? Enquanto realmente atendessem aos crentes, permaneceriam em seus tronos dourados, abanando seus leques e sorrindo como se fossem donos do mundo.

Aquilo era o clichê.

O nome do antigo imperador já era dito sem qualquer receio e os sussurros corriam uma vez que sua alteza não podia mais se defender ou impor. E agora possuíam uma imperatriz. Uma deusa da literatura, das artes e da inteligência. Parecia ser uma tentativa de mudar por definitivo a forma como estavam lidando com as coisas no céu, mas mesmo ela ainda despertava sentimentos de desconfiança.

Mas a vida seguia como se toda a calamidade sofrida não houvesse acabado céu e terra. O que, para aqueles deuses, de fato não havia.

Eram eternos. O tempo era diferente. Cem anos passam em um piscar de olhos e quinhentos não mais que um dia. Entre uma calamidade e outra, quem sobrevivia contava a história e se preparava para a próxima.

E como prova daquilo, como todos os anos, os deuses se sentavam no palácio da imperatriz para apreciarem o banquete e assistirem os contos que os humanos criaram deles.

— Passe o copo! — gritou um deus marcial em uma das extremidades, recebendo vários gritos de aprovação.

O copo dourado passou. Mão em mão. Até a música cessar e um deus tomou seu gole com vontade, batendo a mão na mesa. Ele foi o escolhido e teria seu conto encenado no grande teatro montado para a o entretenimento das duas cortes. Os ascendidos e os erguidos. Os deuses que chegaram a corte superior sozinhos e os que foram levados por eles para servir seus palácios, na corte mediana, em uma especia de compensação por se mostrarem humanos únicos e promissores. Naquele dia, todos se sentavam juntos em comunhão.

No teatro, as cortinas pesadas e vermelhas se abriram, mostrando um jovem bem vestido carregando um arco. Seus cabelos eram castanhos, presos em um coque e andava ao lado de dois rapazes: um armado com uma espada, vestido de forma mais deslumbrante que os outros dois, os cabelos esvoaçantes e negros; e um que andava com um sabre, vestido as roupas mais simples do trio e com os cabelos prateados presos em um rabo de cavalo.

— Nan Yang Zhen-Jun! — gritaram os deuses de corte mediana, pertencentes ao palácio do homem, o fazendo gargalhar e erguer o arco acima da cabeça.

— Dianxia, pegaram uma realmente antiga! — gritou o homem olhando para o palanque, onde a imperatriz se sentava, se referindo a pessoa logo abaixo dela, um homem informalmente chamado de Xie Lian, que se servia de polpa de frutas vermelhas e sorria gentilmente por ser chamado, colocando uma mecha do cabelo preto atrás da orelha.

O tempo que podemos terOnde histórias criam vida. Descubra agora