Farpas: parte 3

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[É serio, eu AMO o conceito desse cap!]

Feng Xin havia andando por um tempo na neve tentando colocar os pensamentos no lugar e ensaiando o que diria a Mu Qing no dia seguinte, quando fosse se desculpar. Deviam ser horas ou talvez não houvesse passado alguns minutos que estava naquela caminhada, mas agora parecia satisfeito ao rumar de volta ao acampamento. Não havia chegado a nenhuma frase bonita e elaborada, mas tinha encontrado uma flor estranha com a ajuda de seu pássaro. Ela tinha formato de estrela, era branca e se não fosse por magia, nunca a teria visto no escuro. Suas pétalas e folhas possuíam uma espécie de pelo, macios como algodão e seu centro possuía seis flores amarelas menores em formato de bola. Quando seu pássaro pousou nela, havia se agarrado por menos de um segundo e se livrou se tornando energia.

Ele tinha certeza que algo estranho como aquilo seria um bom presente para Mu Qing. Se não por ser bonita, para ele estudar.

O deus girou a flor nos dedos enluvados e sorriu um pouco caminhando. Poderiam discutir sobre aquele péssimo costume de Mu Qing de subestimar sua inteligência mais tarde, quando os ânimos se acalmassem. Ficar brigado com o homem não era fácil como já havia sido um dia, horas de silêncio e sem o tocar eram dolorosas demais para que ele tentasse salvar seu rosto. Ele pediu desculpas, mesmo que não achasse que estivesse completamente errado, apenas para estar ao seu lado de novo. E aquela flor ajudaria!

— Feng-Zhongshi! — chamou uma voz feminina doce e Feng Xin ergueu o olhar da flor, a guardando na manga, vendo uma bola de luz roxa correr em sua direção. — Feng-zhongshi!

— Shizhi Xue, o que houve? Qual a pressa? — questionou o homem apressando o passo para a garota que se inclinou nos joelhos cansada e recuperando o ar. — Aconteceu algo?

— Shishu Mu... Não sabemos o que aconteceu, mas ele-... — Feng Xin não esperou que ela terminasse, disparou de imediato em direção ao acampamento, a deixando para trás e o perseguindo com custo para não o perder de vista.

Quando Feng Xin chegou ao acampamento, puxava o ar pela boca e sentia o coração disparado de preocupação, mas se sentiu prejudicado quando viu Mu Qing de braços cruzados e ostentando uma carranca olhando para Chang Dasong.

— Que porra? Porque mandaram a Shizhi Xue atrás de mim? — questionou ele instantaneamente irritado e Mu Qing se virou para ele piorando a expressão azeda.

— Então você realmente está aqui. — disse ele franzindo o nariz. — Achei que houvesse sido sequestrado.

— Shizun, eu já disse! Você está aqui por vontade própria! — choramingou Chang Dasong de joelhos no chão e Mu Qing disparou um olhar de repulsa para o rapaz.

— Do que você está falando? Eu não sou muito mais velho que você! Como eu poderia ser seu mestre? Você é mental? — questionou com maldade e impaciente. — O que fazemos aqui, Feng Xin? — inquiriu olhando para o homem. — O que? Vai ficar me olhando como se fosse uma estátua horrível que ninguém conseguiu consertar ou vai me responder?

— Puta que pariu. — foi a única coisa que Feng Xin conseguiu dizer e Mu Qing revirou os olhos desgostosos. — Chang Dasong levante. — mandou ele e o garoto o olhou incerto antes de obedecer.

— Então você os conhece? — questionou Mu Qing o olhando e franzindo o nariz com asco. — Pelo menos isso. Por que estamos neste lugar? Você errou de novo a matriz de encurtamento de distância?

— De novo? — questionou Feng Xin franzindo o cenho. — Eu não erro a matriz de encurtamento de distância. — disse sem entender e Mu Qing soltou um riso de escárnio.

O tempo que podemos terOnde histórias criam vida. Descubra agora