Capítulo 016

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— Eu sei o que você sente por mim! — ele fala enquanto eu me levanto da cama.

— Do que você está falando? — pergunto sem entender.

— Maya a gente não pode ficar junto! — ele diz descido.

— Não, não Marc, não faz isso comigo de novo — falo em um sussurro e com os olhos marejados.

— Maya...

— Por favor! — suplico.

— Eu não te amo...

       Na quele momento eu caio de joelho no chão da boate, meu coração dói muito e meus olhos estão encharcados de lágrimas.

— E nunca vou te amar! — ele fala fazendo meu coração despedaçar.

      Eu nunca senti uma dor tão forte nos meus 19 anos de vida, o que sinto é imensurável.

— Aaaaahh — grito diante dessa dor.

— Maya! — acordo com Bradem me chamando. — Calma foi só um pesadelo — ele diz tentando me acalmar.

     Eu me sento na cama e começo a chorar, mesmo sabendo que era apenas um sonho a dor continua ela ainda está aqui. Bradem se aconchega perto de mim e me abraça.

— Sabe somos só nós quatro agora, sei que é difícil mas você pode falar comigo sobre qualquer coisa — ele me garante.

       Eu levanto minha cabeça para olha-lo e logo vejo sua preocupação.

— Você não sabe, mas o papai me liga toda noite perguntando se você está bem e o que você fez o dia todo — ele me olha com afeto. — às vezes ele pergunta se o Adam criou vergonha e começou a fazer alguma coisa que presta — ele fala e eu rio.

— Ele não faz porra nenhuma — digo limpando minhas lágrimas e ele ri.

— Eu vou te contar uma coisa que eu tenho certeza que você não sabia, quando você desapareceu eu fiquei maluco, só queria encontrar minha irmã... — enquanto ele fala eu sorrio.

      Eu e Bradem não éramos nada próximos, mas hoje nós não nos desgrudamos, ele sempre conta seus segredos pra mim e eu conto a maioria para ele.

— O Adam não dormia de noite e o Connor pode parecer não ligar mas ele perguntava de 5 em 5 minutos sobre você, e ele faz isso até hoje! — afirmar.

— Sério? — pergunto sem ter nenhum tipo de crença.

— Claro! Sempre quando você dorme fora ele vem no meu quarto e pergunta se eu já liguei pra você e se está bem.

       Eu e o Connor éramos mais próximos quando crianças mas nós ficamos distante, ele é mais quieto mas fez muitos amigos e com eles vai para boates e baladas para curtir de vez em quando.

— Por que você está me contando isso? — o questiono.

— Por que você precisa saber que todos se importam, Maya você é a princesinha da família sem você com certeza a gente ia surta ou matar um ao outro! — ele fala e eu sorrio toda boba.

       Eu o abraço apertado, é tão bom ouvir isso, ouvir que alguém se importa, e que sem você a pessoa enlouqueceria, com essas simples palavras ele me deixa tão feliz.

— Ok minha cota de abraço já foi ultrapassada — ele diz rindo e eu faço o mesmo.

•      •      •      •

      O dia hoje foi ótimo, nós tivemos aula prática, e aprendemos algumas suturas, eu fiquei o dia inteiro com a Penny e suas perguntas.

— Oi Mason! — falo logo após abrir a porta.

— Oi — ele diz com um sorriso tímido.

    Ele está sentado no sofá junto de Adam, Connor e Bradem, eles estão assistindo um jogo de futebol americano.

— Eu vou sair, mas eu volto para o jantar. — eu os aviso.

— Aonde você vai? — Connor pergunta.

— Andar — retruco.

— Com quem? — me questiona novamente.

— Sozinha — respondo subindo para meu quarto.

     Eu tomo um banho rápido, coloco um moletom grande e uma calça jeans, pego minha chave, dinheiro e meus fones.

— Já tô indo! — digo descendo as escadas. — Tchau meninos! — falo fechado a porta.

    Coloco o fone no máximo e começo a caminhar, faz tempo que eu não saio de casa só para andar e pensar na vida. Logo Marc vem a minha cabeça.

— Droga! Eu não quero pensar nele! — digo tirando os fones, balanço a cabeça para tentar afastar esse pensamento.

    Dou alguns passos e percebo um barulho, é o motor de um carro, me viro lentamente e vejo uma camionete preta com os vidros escuro o que dificulta ver o motorista mas já sei quem é e o que quer.

— Quanto tempo! — falo tirando sarro.

— Senti falta da minha gatinha! — ele diz abaixando o vidro e revelando seu rosto.

— E então amorzinho, você vai me pegar agora ou planeja algo mais divertido? — pergunto com um sorriso irônico no rosto.

     Eu caminho até o carro e me apoio no vidro do mesmo, ele sorri e eu aproximo minha cabeça da janela.

— Te garanto que agora seria bem mais divertido, mas só vim entregar isso gata — Sam fala me entregando um papel com um selo vermelho e azul.

— Eu esperava te ver na boate! — digo enquanto abro o papel.

— Queria ter ido te visitar mas não pude, ou melhor ele não deixou — passo os olhos rapidamente no papel enquanto Sam resmunga.

— Olha não quero saber desse aviso — falo rasgando o mesmo em pedacinhos. — Quando a gente se vê?

— Qualquer dia desses, lá na boate — ele fala com um sorriso malicioso. — Eu de você teria lido, depois não diga que não foi avisada, até mais gata! — ele acelera o carro e some assim que vira a esquina.

     Eu conheci Sam quando tinha 14 anos, ele começou a trabalhar para esse cara que me persegue, mas com o passar das tentativas falhas dele começamos a fazer um tipo de jogo com isso, como um jogo de sedução, no mesmo dia em que eu fui chutada pelo Marc ele veio atrás de mim, mas não para tentar me sequestrar ou me matar, e sim para conversar comigo, desde então ficamos amigos, lógico que eu não posso confiar totalmente nele porque  o Sam ainda trabalha para esse cara.

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E vamos de personagem novo.

O que será que estava escrito no papel que o Sam entregou?

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