Capítulo 034

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**Maya Elliott**

— Maya essa é a minha mãe, Grace, e mãe essa é... Minha... Hum...

— Eu sou uma amiga do Marc, é um prazer conhecer a senhora. — falo estendendo a mão.

— Oh, então você é a Maya de quem eles falam tanto, o Lerry tem um enorme carinho por você — ela parece ser bem gentil.

— Ele é como um segundo pai pra mim. — sinto falta da quela época, era tão divertido, eu e Marc brincando, é mas isso só tinha graça pra gente já que eu tava sequestrada.

— Nenhum dos dois nunca me contou como conheceram você — me viro para o Marc que está com os olhos arregalados, isso é um sinal de que devo inventar algo.

— Bom quando eles se mudaram para cá eu tinha três anos, e acabou que nós nos aproximamos, a gente virou melhores amigos, fazíamos tudo juntos, almoçávamos, íamos em festas, mas durou até eu fazer quinze anos que foi quando ele se mudou — tudo que disse é verdade, só deixei de contar do sequestro e troquei a palavra namorados para melhores amigos.

— Agora eu entendi, vocês namoram — ela fala convencida. 

— Não você entendeu... — olho para o Marc que faz não com a cabeça, como se não adiantasse negar. — É, isso mesmo — falo desconfortável.

— Posso tirar ele para dançar? — ela pergunta para mim enquanto os olhos dele imploram para que eu diga que não.

— Mais é claro — falo com um enorme sorriso no rosto.

      Me sento e fico observando eles dançarem, Lerry se aproxima e se senta comigo. 

— Ainda se lembra de mim como antes? Faz tanto tempo.

— Mas é claro que me lembro, você está grisalho mas consigo me acostumar — falo rindo.

— Você continua a mesma menininha que eu conheço — ele aperta minhas bochechas. — Quer dançar?

— Eu adoraria — me levanto junto com ele e vamos para a pista de dança.

     Danço um pouco com o Lerry e depois volto para a minha cadeira.

— Por que me deixou dançar com ela? — pergunta se sentando ao meu lado.

— Por que ela é sua mãe. — do enfase a palavra "ela". — E foi legal ver seu desespero enquanto dançava.

      Nós nos olhamos e rimos mas paramos quando meu celular começa a tocar.

— Desculpe — digo retirando o celular do bolso.

      Olho para ele e vejo o nome Aaron escrito, deslizo o dedo para não atender a chamada.

— Quem era? — Marc questiona curioso.

— Ninguém com que eu queira conversar — não pretendo falar com ele tão cedo.

•    •    •    •

      Já é bem tarde quando o Marc me deixa em casa, subo para meu quarto com cautela para não acordar meus irmãos, assim que entro no quarto tiro os saltos com chutes e me jogo na cama.

— Ah, estou exausta — assim que falo meu celular toca. — Mais que saco! — digo quando vejo o nome do Aaron no celular.

      Deixo o aparelho em cima da comoda e volto para cama.

— O Aaron passou aqui — Adam fala entrando no meu quarto.

— Todo mundo só sabe falar dele — só queria um tempo sozinha.

— Ele deve ter feito algo muito sério pra você estar assim — mal sabe ele. — O Aaron pediu para que você o atenda suas ligações.

— Ta só me deixa dormir — indago ele se retira.

    •    •    •

— Bom dia querida — meu pai fala assim que atendo o telefone.

— Oi pai, ta tudo bem? — pergunto caminhando pela casa.

— Não poderia estar melhor — ele parece animado.

— Qual a novidade? — Bradem disse que ele tem algo para me contar.

— Bom os negócios vão indo muito bem, mas tem uma coisa que eu acho que você vai gostar.

— E o que é? — estou curiosa e com um pouco de medo.

— Eu vou passar alguns dias aí — não posso acreditar.

— Vo.... Você vai voltar?! — eu to tão feliz. — Ah... pai eu te ligo depois — digo encerrando a chamada.

      Desço as escadas rapidamente e vou ao encontro dos meninos que estão jogando na sala de estar.

— Vocês estão sabendo? — falo tirando o video game da tomada.

— NÃOOOOO!!! — eles gritam emparelhados.

— O papai está voltando pra cá e vocês ficam aí sentados — to muito nervosa, ele me deu uma responsabilidade e ela era cuidar da casa e dos meninos. — A gente tem que limpar toda a casa, arrumar os quartos e tudo.

— Calma Maya, é só umas duas semanas, eu acho — Bradem tenta me acalmar mas falha.

— Tudo bem, eu vou surtar lá fora enquanto vocês limpam a casa — digo pegando minha bolsa e as chaves.

      Eu entro no carro e começo a dirigir sem rumo enquanto penso em um lugar para ir, poderia ir na Penny mas encontraria o irmão dela, tem o Mason mas ele ainda está chateado, sobrou o Hector mas eu não quero que ele me veja surtada. Passo por um Starbucks.

— Um café deve ajudar — falo para mim mesma.

      estaciono o carro e entro na cafeteria, peço um café e me sento em uma mesa que fica um pouco afastada da recepção.

      Minha cabeça está tão cheia mas nem ao menos sei o que tanto me preocupa, esse sentimento é aterrorizante, me faz querer chorar. 

— Maya Elliott — a atendente chama meu nome para entregar o café.

      Pego meu café e volto para minha mesa, fico um pouco e depois vou para a casa do Hector.

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