Capítulo 019

86 8 1
                                    

— O Marc está? — pergunto a um segurança.

— Não ele chegará mais tarde — responde o brutamonte.

— Obrigada

     Entro na minha sala e vou para o quarto esperar o Marc, alguns minutos se passa e nada dele, está quase na hora então vou para o closet,  eu escolho um sutiã de espartilho, calcinha com meia calça, tiara com chifres de demônio, rabo, minha máscara e um louboutin, tudo em renda e de com vermelha e preta.

— Você está linda querida! — fala a Rosália entrando no quarto.

— Rosa! — digo indo correndo para abraça-la. — O que faz aqui?

— Eu quero ver você ganhando — ela fala e eu sorrio.

— Estamos com a anjinha dessa noite TIIIFF!! — escuto a apresentação dela e o público gritando.

— Eu sou a próxima!

— Boa sorte querida — Rosa fala me abraçando mais uma vez.

— E temos a nossa diabinha favorita, ela ganhou cinco anos seguidos, com vocês MONAAA MASKED!!! — a plateia vai a loucura.

     Eu entro no palco e a vadia me olha de cima a baixo, me viro para o pole dance, o escalo e paro com as pernas abertas depois escorrego até o chão olhando para Tiff com cara de deboche.

     Ela começa a rebolar na barra, então eu vou até o DJ e pego o microfone dele.

— Eu não costumo fazer caridade mas hoje é o dia de sorte de vocês, quer dizer de alguns de vocês. — falo descendo do palco. — Alguém me traz uma cadeira por favor — depois de alguns minutos um moço que trabalha lá me traz a cadeira.

     Passo por todas as mesas até escolher um cara, aqui eu aprendi a escolher pelo traje dos caras, terno chique, relógio de ouro, sapato caro e carteira de couro com várias notas de cem e se um homem bonito tiver todos esses requisitos é o seu dia de sorte. No meu caso eu posso dizer que tive muita sorte, peguei um cara muito bonito.

— Qual seu nome? — pergunto no ouvido dele.

— Derek — fala enquanto levo ele até a cadeira.

— Parabéns! você ganhou uma dança — digo o algemando.

— Não tem nada no particular que agente possa fazer? — ele pergunta com um sorriso de canto.

— Sinto muito querido, talvez um outro dia quem sabe — falo sentando nele e dançando em cima de seu membro.

•      •      •      •

     Estou exausta mas feliz, ganhei mais uma vez, volto para o quarto e quando chego me deparo com o Marc.

— Oi — fico surpresa por vê-lo.

— Eu preciso conversar com você — ele fala bem sério.

— Pode falar — digo sem medo.

— Eu sei o que você sente por mim!

     Meu sonho está se tornando realidade, eu começo a tremer, não acredito que ele vai me deixar!

— Não, não — um nó se instala na minha garganta automaticamente e uma lágrima escorre pela minha bochecha.

— Eu te amo Maya, eu nunca tive tanta certeza de algo mas eu preciso ir — no momento que ele fala isso toda minha tristeza é transformada em raiva.

— Eu deveria ter esperado, fui burra, inocente, se você quiser ir vai mas eu peço que nunca repita eu te amo para alguém, você só me usou — dou as costas mas ele me puxa pelo braço, eu coloco minha mão em seu peitoral  empurrando ele na parede o que faz a gente ficar bem próximos.

     Nós nos olhamos por alguns segundos até que ele me beija suavemente, por um estante eu esqueci de tudo, mas logo me toquei que esse seria o beijo de despedida, nossos lábios descolam lentamente, ele olha para o chão e depois pra mim.

— Tchau Maya — eu fico desolada assistindo ele sair pela porta.

================================
É só eu que estou triste ou vocês também estão?

O Que A Vida Me Ofereceu Onde histórias criam vida. Descubra agora