Capítulo 054

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      Acordo após sonhar novamente com aquela sena, eu não aguento mais, eu nunca vou conseguir viver, pelo menos não em Washington.

      Escuto o barulho de motor então vou ver pela janela, logo reconheço a camionete do Sam.

      Desço as escadas e abro a porta pra ele.

— Oi gata — me cumprimenta.

— Tem uma câmera na minha casa né, você sempre aparece quando eu preciso — falo e ele ri.

— Então quer dizer que você precisa de mim — ele sorri com malícia.

— Você sempre vê maldade em tudo que eu falo — faço sinal pra ele entrar.

— Depois de tudo que eu já vi você fazendo é um pouco difícil não acha? — indaga.

— Cala a boca e sobe pro meu quarto, eu só vou pegar um papel e uma caneta — respondo.

— O que será que a gente pode fazer no seu quarto que envolva papel e caneta? — reviro os olhos. — Você é a secretaria e eu sou o chefe gostoso... É a sua cara.

      Subo para meu quarto assim que pego as coisas que tinha dito.

— O que o Marc fez pra você? — questiona.

— Nada, o Aaron me traio — falo essa frase com muita dificuldade.

— Maya eu disse pra você não confiar nesses caras — ele me repreende.

— E em quem eu deveria confiar? Em você que trabalha para um cara que quer me matar? — ele fica em silêncio.

— Eu nunca te machucaria — sussurra.

— Você me entendeu Sam, afinal por que veio — falo enquanto escrevo no papel.

— Ver você, achei que estaria mal por causa do Marc — me levanto da cama e vou para o Closet. — O que você está fazendo?

— Eu vou embora — digo trazendo duas malas.

— Você não vai a lugar nenhum — ele fala com autoridade.

— Da primeira vez o Marc foi embora mas o Aaron não vai e eu não vou conseguir ir pra escola e me sentir bem — explico enquanto coloco as roupas na mala. — Eu vou pra Roma.

— Maya você leu o papel que eu te entreguei? — indaga preocupado. — Eu te dei a localização do cara que te persegue.

— Eu sei que ele está na Roma mas eu vou estar segura com a minha família — meu pai e seus irmão são da Roma.

— Se você soubesse do que eu sei refaria essa frase.

      Fecho as malas assim que eu termino de arrumar elas.

— Faz o seguinte eu te levo até o aeroporto, e quando chegar na casa do seu pai você não vai poder falar pra ninguém que está lá até eu chegar — eu olho e sorrio.

— Tem certeza que precisa de tudo isso? — indago despreocupada.

— Maya me promete que não vai falar pra ninguém.

— Prometo — aceito diante do desespero dele.

.    .    .    .

      O Sam já se foi só estou esperando meu voo ser chamado.

— Voo para Roma no portão 17 — chegou a hora.

— Maya — alguém me chama, me viro para traz e vejo Aaron que vem até mim. — Por favor não vá embora, fica eu te levo pra casa, te explico tudo! — diz chorando.

— O que eu vi era mentira? — pergunto e ele abaixa a cabeça e não responde.

— Foi o que eu pensei — me viro mas ele segura meu braço.

— Maya por favor deixa eu consertar — isso é mais difícil pra mim do que pra ele.

— Não dá pra consertar um copo quebrado nem um coração partido Aaron — uma lágrima escorre pela minha bochecha.

— Me desculpa fui Idiota eu me odeio por ter feito isso com você — respiro fundo tentando ficar calma.

— Se você precisa do meu perdão pra seguir em frente eu te dou mas eu não vou ficar.

— Última chamada para o portão 17 — me viro e embarco no avião.

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Pra vocês que tinham esperança
Sinto muito.

Calma que tem mais um
capítulo.

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