Capítulo 18

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Acordei bem cedo, tomamos o café da manhã e arrumamos o resto das coisas. Leo resolveu tudo sobre nossa hospedagem no hotel e seguimos para o aeroporto, iríamos para Angra no jato em que viemos para a lua de mel. Me sentei um uma poltrona do jato e peguei meu celular, mandei uma mensagem de aniversário para Emma, fiz um belo texto para ela e bloqueie a tela do celular quando Leo apareceu.

- Está pronto? - perguntou.

- Sim - confirmei.

Partimos depois de alguns minutos. Leo pegou um jogo de xadrez para a gente jogar, eu era ótimo jogador de xadrez. Fui deixando ele ganhando até eu conseguir ir matando cada peça dele.

Consegui minha rainha e as duas torres de volta que havia perdido para ele alguns minutos atrás, então quando só sobrou o rei dele, um bispo e uma torre. Dei fim no bispo e torre dele e encurralei o rei dele acabando com jogo.

- Você roubou - disse ele bravo.

- Eu roubei como? - perguntei rindo.

- Eu não sei como, mas você roubou - ele estava mesmo bravo.

- Quer revanche? - perguntei.

- Vamos ter tempo bastante para isso depois - Leo era bem competitivo e odiava perder.

Não demorou muito até chegarmos ao único aeroporto da cidade, ele serve mais para aviões pequenos e helicópteros. Tinha um carro já pronto para nós, fui com as malas até o carro enquanto Leo resolvia algumas coisas. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para minha tia que morava aqui na cidade, avisei que tínhamos chegado e que iríamos na casa dela assim que nós nos acomodássemos na minha antiga casa.

Leo entrou no carro e falei o caminho para o motorista. Tinha uma estrada que contornava a cidade, tinha uma bela vista por lar e também era um caminho mais rápido. Era uma nostalgia passar por esses ruas de novo, nada mudou. Vi uns rostos familiares pelas ruas. Meia hora depois estava na frente da minha antiga casa, peguei a chave com Leo e abri a porta, estava tudo coberto com pano, do jeito que deixamos.

Fui até meu antigo quarto, vazio. Lembrei das vezes que Laura vinha dormir aqui, ficávamos acordados até tarde falando das pessoas que não íamos com a cara.

- Tudo bem? - perguntou Leo parado na porta.

- Sim - sorri - apenas lembranças.

Fui até o quarto dos meus pais, fiquei todo arrepiado só de pensar no que eles fizeram aqui. Abri as janelas que davam direto para o mar, achei Leo para ver. Aqui é mesmo lindo.

- Estou começando a cogitar a ideia de mandar buscar os gêmeos e morar aqui com você - disse Leo me abraçando por trás.

- Está louco? - me virei - nossos pais já não querem que fiquemos com eles, imagine morar em outro país.

- Já vamos sair de casa mesmo - lembrou ele - morar em outro país não iria ser nada.

- Nem começa - falei - não vamos morar aqui - descartei qualquer ideia desde já.

- O que quer fazer? - perguntou Leo.

- Temos que ir no mercado - falei - não temos comida aqui, depois podemos ir na casa dos meus tios.

- Nós não temos carro - murmurou.

- Você que pensa - sorri de canto - meu pai deixou o carro aqui para vender, mas meus tios não venderam ainda.

- Você tem a chave por acaso? Tem gasolina no carro? - Leo dúvida muito de tudo.

Fui até o escritório e abri uma das gavetas da mesa, a chave reserva sempre ficava aqui, e é claro que iria continuar aqui. E meus tios usavam o carro quando era preciso, então era lógico que iria ter gasolina nele.

Me Apaixonei Por Você Mais Uma VezOnde histórias criam vida. Descubra agora