Cap. 6 - O sentido da vida, encontrar

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Karla tinha a voz embargada e os olhos nublados pelas lágrimas que os cobriam

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Karla tinha a voz embargada e os olhos nublados pelas lágrimas que os cobriam. O papel, tremia em sua mão, a verdade a atingia com uma força descomunal. Respirava com dificuldade, sentindo seu peito subir e descer acompanhando as batidas aceleradas de seu coração. Helena havia sentido a sua dor. Mais que isso, havia ouvido seu adeus desesperado.

- Ela.. ela... ouviu... a mim? – Depois de um longo tempo encarando a carta, levantou os olhos buscando por Manuel. – Como isso é possível?

- Ao que vejo, existe uma ligação entre tu, e ela. O que vou lhe dizer, Karla, pode lhe parecer tolices, mas algumas pessoas nascem... predestinadas a se conhecerem.

- O que estas a dizer, Manuel? A caso sugeres que estou na vida de Helena, e Helena na minha dês de sempre?

- Apenas veja os fatos Karla. Fostes tu a responder a primeira carta. Estavas mais animada com isso, do que o próprio Alexandre! E agora isso!

- Não me venhas com essas blasfêmias pagã! – Karla se levantou do sofá sentindo o latejar constante na cabeça. A dor havia se tornado sua fiel companheira.

- Respeito vossa fé, da forma que peço que respeite a minha. – Manuel usava um tom firme a olhando nos olhos.

- Perdoe-me, tens razão. Quem sou eu para falar de blasfêmias, quando estou a usar calças e prestes a me casar com outra mulher.

- Karla...

- Estou cansada, vou me retirar para meu quarto. Amanhã continuamos, sim?

- Evidentemente.

Karla sentou na cama refletindo acerca do que Manuel havia falado. Havia crescido aprendendo que Deus era o arquiteto do mundo, e em sua misericórdia infinita, criou a mulher para servir de companhia ao homem. Era sim que era! Como poderia ter uma ligação com outra mulher? Ou estar predestinada a ela? Não fazia sentindo! Que falta lhe faziam as irmãs. Teria corrido para sala de irmã Eveline, a velha senhora com toda certeza teria as respostas, ela sempre as tinha...

Sem que nem ao menos percebesse, estavas andando pelo quarto enquanto os pensamentos lhe davam voltas, e mais voltas na mente. E quando finalmente deu por si, estava sentada a sua escrivaninha com uma caneta tinteira em mãos e o papel de carta sobre a bancada. "Helena... espero que um dia possas perdoar-me por mentir para ti..." Com esse desejo oculto em seu coração, Karla começou a escrever. 

 

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