Cap. 9 - E quando perde a razão

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Haviam se passado quatro dias dês que Helena havia presenciado a cena mais degradante e decepcionante de sua vida. E o fato de "Alexandre" não ter aparecido durante aquele período a deixava ainda mais irritada. Estava determinada a confrontar o homem, e arrancaria de sua face, a máscara de bom moço.

- Tú estavas lá Kelly! Sei que viu o mesmo que eu! – A mulher esbravejava.

- O sol estava em meus olhos sinhazinha, e tava muito longe... – Kelly tentava acalmar uma Helena que tinha um olhar psicopata.

- A caso estas a insinuar que vi coisas? – Helena encarou a negra com as mãos na cintura e Kelly recuou alguns passos piscando os olhos.

- Helena, acalma-te. De nada vai resolver esbravejar com a pobre Kelly. – Andrea se fez ouvir ficando de pé com uma expressão pensativa. – Deve haver uma explicação para tudo que presenciamos.

- Agora vais defende-lo também? Tú nem o conheces! Ou conheces? – Helena ergueu uma das sobrancelhas encarando a prima.

- Creio que este Alexandre, eu não conheça. Mas precisaria ver de perto. – Andrea deu de ombros. – Seja como for, ninguém sustenta uma mentira para sempre. E veja, sua oportunidade acaba de chegar. – Andrea apontou para a carruagem parando a porta da casa grande.

Helena se aproximou da janela no mesmo instante em que Karla desceu da carruagem erguendo o rosto e sorrindo para o sol que iluminava sua face, dando a ela um brilho angelical.

- Perfeito! – Helena externou.

- Interessante... – Andrea sussurrou.

- Valha-me Deus. – Kelly choramingou.

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Os homens caminhavam pelo acampamento sentindo a brisa fresca e o cheiro de mar

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Os homens caminhavam pelo acampamento sentindo a brisa fresca e o cheiro de mar. O menor deles sorriu para o grupo de crianças que dançavam embaladas ao som daquela música desconhecida e contagiante.

- Poço contar com vossa ajuda nesta empreitada? – O menor deles questionou ainda sorrindo para as crianças.

- Tenho uma dívida eterna para contigo. Tens em mim toda ajuda que precisar. – O mais velho respondeu de forma séria e firme. Não era homem de faltar com a palavra, tudo que tinha era sua honra, e havia jurado cuidar e proteger aquele homem à sua frente, assim como fazia com os seus.

- Me deixas feliz com tua afirmativa, meu caro.

- Será uma honra lhe servir, meu amigo.

De volta ao trem, o menor olhava perdidamente pela janela, quando seu acompanhante deixou que seus pensamentos e receios tomassem voz.

- Sabes no que estas se metendo? Tens noção de que estarás brincando com fogo?

- A caso poderia o demônio temer o fogo e o caos? – O outro dizia ainda olhando pela janela. – Pois eu sou o demônio, e os farei queimar no inferno. – Riu de um jeito que levou calafrios ao homem sentado à sua frente.

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