Lies | Supercorp

Cap. 21- O amor é feito de paixões

Nota da autora:

Olá, família! Estão gostando do desenrolar da estória?

Eu tenho uma tendência a contar histórias de forma poética, e quando vejo, lá estou eu filosofando em meio a narrativa... sofri para compilar a tese kkkkkkk

Enfim... Não sou apegada ao dramalhão, então a tendência é a estória transcorrer de forma leve. A vida já é tão cheia de conturbações, para sofrermos aqui tbm... A ideia é fazer vcs rirem, chorarem um cadim.... refletirem e aprender, pq estamos sempre aprendendo.

Deixa eu parar, pq se não fico aqui "falando" sem parar, e era só pra dizer que é pra deixar a música rolar até o ponto indicado, e tô eu devaneando!

Vcs que lutem! Kkkkkkk

Boa leitura!

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Música on: "Photograph" (Ed Sheeran)

Os dedos longos percorriam a capa de couro do caderno. Era preto e fechado por fivelas, com o desenho da Estrela de Davi na capa. A curiosidade em abrir e conhecer seu conteúdo, esmagava seu peito. Karla havia o esquecido sobre a cama, logo que retirou a foto de Alexandre de dentro dele.

"Fotografia... fizemos essas memórias para nós mesmos, onde nossos olhos nunca se fecharão. Nossos corações nunca foram quebrados, e o tempo está congelado para sempre..."

Os olhos verdes foram para porta, que estava fechada e mordeu o lábio inferior lutando contra a voz que lhe sussurrava.

"Tranque a porta, e abra o caderno."

Mas, não estaria ela invadindo a privacidade da mulher, que confiava tão cegamente nela a ponto de deixar, o que visivelmente era seu diário, ali a seu alcance?

Helena engoliu a saliva com dificuldade. Não poderia começar seu relacionamento com Karla dessa forma. Mas havia um relacionamento? E qual seria?

Tomando uma respiração profunda, se ergueu da cama levando o pesado caderno consigo e o colocou sobre a penteadeira, olhando seu reflexo no espelho.

- Não és este tipo de pessoa, e não será agora que se tornará. – Disse fixando seus olhos em seu reflexo, vendo as feições de seu rosto. Seu semblante estava tão diferente de quando morava com o Barão. Parecia mais leve, iluminado talvez. Seus olhos nunca estiveram tão verdes e sua pele tinha um cheiro diferente, um... perfume característico de um certo alguém. Se abraçou ao mesmo tempo em um sorriso lhe tomou os lábios a fazendo rir de forma anasalada e fechar os olhos.

Karla...

O perfume da mulher estava impregnado em suas vestes, em sua pele, em seus pensamentos.

- O que está acontecendo contigo, Helena?

A mulher estava tão absorta em suas sensações, tão submersa nos pensamentos, que só se deu conta de que não estava sozinha, quando sentiu o toque em seu ombro, a fazendo abrir os olhos assustada.

- A sinhá tá bem? Eu bati, chamei, aí fiquei prercupada e entrei. Vai que tinha batido as botas! – Kelly a olhava assustada, fazendo o sinal da cruz enquanto finalizava seus devaneios. – Deus me livre!

- Estou bem, Kelly. Apenas... refletindo sobre os últimos acontecimentos. – Disse se recompondo. – Mas o que quer, aconteceu algo?

- O patrão tá lá, falando com o doto e tarzinha lá. – Fez uma careta revirando os olhos, o que acabou por fazer Helena rir. Kelly havia tomado suas dores, era notório.