Órion- Missão Akadia

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No outro dia no laboratório eu mal conseguia me concentrar no que estava fazendo, ainda me lembrava da minha cara de trouxa quando ela disse que era irmã de Siríus, eu sai de lá mais rápido que a velocidade da luz, e não falei mais com ninguém e  muito menos olhei pra ela. Eu não sei por que eu tenho que ser tão burro assim em relação as mulheres, eu deveria ser mais...mais como o Siríus.  No meio da minha bagunça mental descobri uma energia não identificada, o que me fez correr para o novo dispositivo e coloquei os olhos para poder ver.

Ryan: a energia é totalmente hostil, e não reage ao entrar em contato com as outras matérias.

Enquanto eu olhava cada milimetro daquilo, um cheiro bom começou a entrar no meu nariz me fazendo arrepiar e me sentir atraído, assim que que levantei o olhar, la estava aqueles brilhantes olhos rosa me olhando apoiada na bancada, com o cabelo totalmente solto, como quem tinha acabado de acordar, ela estava com as mãos no rosto. Eu fiquei reto olhando serio pra ela e logo depois ela sorriu.

Furiosa: o capitão quer te ver na sala de comando.

Ryan: ok, eu já estou indo.

Eu como grande desastrado que sou me virei e derrubei uma pilha de suportes de ferro no chão, fiquei ainda mais nervoso por saber que ela estava vendo tudo. Comecei pegar tudo rápido mas vi as botas dela se aproximarem, eu levantei tentando manter a postura e me manter como profissional na frente dela, mas assim que levantei percebi que ela estava muito próxima.

Ryan: é bom que o capitão me veja, tenho coisas para mostrar para ele.

Tirei minhas luvas, depois o jaleco e fui para a portar contornando onde ela estava, mas senti a mão fria dela no meu braço e olhei pra ela tenso.

Furiosa: o que aconteceu ontem não vai ser espalhado, eu entendo que você estava nervoso, porque achou que Siríus estava fazendo alguma coisa errada comigo, eu entendo sua ação, você tem um bom coração.

Ryan: entendi...obrigado por compreender. 

Furiosa: espero que tenha boas notícias.

Ryan: a sim eu tenho, pode ajudar vocês a descobrirem muito sobre a localização dos akadianos.

Furiosa: sério?

Ryan: sim, deixa eu te fazer uma pergunta, nós vamos tomar café da manhã no refeitório normal?

Furiosa: a escolha é sua, quer ver seu filho? Como é mesmo o nome dele...

Ryan: o Koda, tenho que ver se ele não se meteu em encrenca.

Furiosa: entendi...sabe que no que depender de mim eu não vou aprovar seu amigo não é?

Ryan: o que? mas por quê?

Furiosa: não vou mandar um garoto de 18 anos para morte, cada decisão é uma reação.

Ryan: ele é capaz como qualquer um.

Furiosa: olha eu to nisso desde os 15 anos...eu já vi muita gente morrer só por que a mente não aguentou a porrada que é entrar em combate com aquilo.

Eu tentava compreender ela quando começamos a escutar gritos, alguém estava discutindo na sala de comando, Furiosa mudou sua expressão no mesmo momento, ela ficou muito brava e saiu arrebentando a porta, eu peguei minha jaqueta e fui atrás ao chegarmos lá dei de cara com Kira fazendo um grande escândalo.

Kira: ah ai esta o pirralho metido a cientista.

Apolo: Kira abaixe seu tom de voz você esta em uma sala de controle tem pessoas trabalhando.

Kira: eu não dou a minima para isso, quero saber porque esse garoto entrou para a torre de comando administrando pesquisas sem meu consentimento.

Apolo: eu o convidei.

Furiosa: e o nome dele é Ryan.

Siríus: Doutor Ryan pra você.

Apolo: agora faz um favor, saia daqui, pare de dar show e me deixe trabalhar, pois ao contrario de você todo mundo aqui tem um objetivo.

Ela engoliu a seco me olhou totalmente brava e veio na minha direção, e Furiosa entrou na minha frente, mesmo batendo no meu peito ela queria me proteger.

Kira: você vai se arrepender de ter passado para o lado dos brutamontes.

Ryan: aqui ninguém vai pegar minha pesquisa pra si.

Kira: você ainda vai voltar rastejando para a divisão de ciência e pesquisa.

Ela saiu brava e todos demos risada assim que ela saiu.

Ryan: você ia bater nela pra me proteger?

Furiosa: claro, somos amigos não somos?

Ela sorriu como um anjo para mim e novamente eu me derreti por ela, fiquei aliviado e ao mesmo tempo triste quando ela me disse que eu só falei aquelas coisas ontem porque estava nervoso, mal sabe ela que disse tudo com tanta convicção e verdade.

Apolo: ok Ryan, é bom que tenha boas noticias.

Ryan: e como tenho.

Fui até o monitor central e mostrei a eles todas a minha pesquisa.

Ryan: este é o corpo molecular de um asteroide normal, e ao lado e o asteroide que atingiu nossa estação, esse estilhaço tem uma energia não identificada que ao ser comparada com o sangue de um akadiano tem estrutura molecular parecida, ou seja, são mesmo eles que provocam a chuva de meteoros, mesmo não tendo certeza se eles iram chegar até aqui.

Apolo: bom trabalho mas disso já sabíamos. 

Ryan: eu sei, então quando saímos ontem e Furiosa me contou sobre os detectores de atmosferas, eu pensei, se amentar a capacidade de distancia de cada robô, aumentar a quantidade deles, os programando para buscar esse tipo de energia e os implantar um localizador, saberíamos o lugar exato de ontem esses asteroides veem, nos dando vantagem de atacar antes.

Todos ficaram olhando impressionados e eu sentia orgulho de mim mesmo.

Apolo: é tudo muito maravilhoso, mas espero que consiga colocar em pratica, nos diga o que vai precisar.

Ryan: primeiro vou precisar de um desses robôs que ficam nas naves, vou fazer teste e aperfeiçoar, assim que conseguir teríamos que produzir muito mais deles e solta-los no espaço.

Apolo: ok, sabia que ia ser uma boa ideia ter você aqui filho.

Verônica: podemos ir para o refeitório agora? estou com fome.

Zeus: de dez palavras que sai da sua boca a maioria é "estou com fome".

Verônica: quem ta vivo tem fome.

Siríus pegou na nuca dos dois e foi empurrando em direção do elevador para irmos para o refeitório, Furiosa veio ao meu lado e eu também caminhei com ela e fomos para o elevador conversando.

Ryan: Zeus e Verônica sempre discutem.

Siríus: sim, não sei porque não se beijam logo.

Todos deram risada e fomos para dentro do elevador, eu nunca tive amigos, no planeta nascente eu estudava tanto que esqueci de tudo, de certa forma ficar aqui com eles, fazia com que eu me sentisse em casa.