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PARTE 1

Se todos pudessem sentir o nervosismo que percorria todo o corpo do Jimin, essas pessoas ficariam assustadas. Suas mãos tremiam e ele balançava as pernas na cadeira para disfarçar sua louca vontade de gritar. O hospital poderia ser um dos melhores lugares, pois era onde se curavam pessoas, ou ao menos tentavam, mas, para o garoto, era o pior.

Bastava ele esperar apenas mais um tempinho para que sua avó saísse dali, acompanhada de algum enfermeiro do asilo, entregando o neto algum papel escrito o dia em que receberiam os resultados da consulta. Mas, ele não aguentou. Ao ver mais uma pessoa sendo carregada rapidamente para a sala emergencial, ele sentiu uma enorme ânsia de vomito, o suor percorria por todo o seu rosto e o Jimin já estava sentindo nojo. Era agoniante ver tantas pessoas que claramente estavam mal e ele não poder fazer nada, apenas deixar nas mãos de outras pessoas, estas que ao menos conhecia. E, de fato, ela também não conhecia os pacientes.

Mas, era torturante demais permanecer naquela sala de espera. Algumas pessoas choravam, outras andavam para lá e para cá, tão nervosas quanto ele. O Jimin se viu entrando em desespero se estivesse no lugar de algum deles. E ele logo estaria, pois os resultados dos exames nunca demoravam tanto, já que aquele hospital era especializado e não deixavam a espera ser longa.

O garoto então saiu dali, indo direto para o terraço, local em que jurava que estaria vazio. Então, quando chegou, ele respirou fundo, sentindo, finalmente, um aroma diferente do de remédios. Ele sentiu o doce cheiro das flores de magnólia, o fazendo delirar mesmo estando um pouco longe destas. A primavera trazia tantos cheiros bons que a fazia até mesmo revirar os olhos em puro prazer.

—Se você continuar fazendo essa cara eu vou acreditar que está se satisfazendo com os dedos. —um garoto alto, de cabelos um pouco encaracolados, de cor escura, mas com pele com pouca melanina, disse brincalhão, olhando para o garoto de longe, sentado preguiçosamente no chão. —Como conseguiu ficar excitado em um hospital? —perguntou incrédulo, mantendo o sorriso ladino nos lábios.

Quando o Jimin se virou para o garoto ele logo o reconheceu. Era o namorado da Rita. Ele se perguntou por longos segundos porque aquele garoto estaria ali, mas logo se recordou de que ele era de outro país, e quando ouvira muitas vezes ele reclamando do clima diferenciado, provavelmente ele estaria ali por isso.

—Não... Não é n-nada disso. —o garoto voltou a realidade, negando rapidamente com a cabeça, para espantar os pensamentos perversos do outro. —Você não tinha um encontro com a Rita, hoje? —perguntou, mudando de assunto imediatamente, mesmo não sabendo, de fato, desse tal encontro.

—Não. —ele respondeu, um pouco confuso, pensando mentalmente se não era ele quem tinha esquecido e assim a namorada ficaria muito brava consigo. Portanto, ele se recordou e soube que, naquele dia, não teria encontro algum, pois no dia anterior ambos foram ao parque, e eles não eram ricos o bastante para saírem em dois dias seguidos. —E você? Por que está aqui sozinho? Cadê seu namorado? —perguntou descontraído, se levantando e escorando na parede, ainda um pouco distante do Jimin.

—Meu namorado? Que namorado? —Jimin perguntou, ainda mais confuso que ele segundos antes. Por que, de repente, todos achavam que ele estava em algum relacionamento? Com quem, de fato, ele teria um laço de amor? Seu cachorrinho, talvez. Sim, ele estava namorando seu cachorro e todos acabaram o descobrindo.

—Jungkook. —respondeu indiferente, sorrindo ladino novamente quando o garoto o olhou incrédulo, arregalando levemente os olhos. —Era segredo? Desculpe, mas com o grude todo que vocês têm não tem como não descobrir que estão juntos. —disse por fim, dando uma gargalhada gostosa, deixando o outro ainda mais descrente com aquela conversa.

Cálida neve {jjk+pjm}Onde histórias criam vida. Descubra agora