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 PARTE 1

 O sol, naquele dia, não apareceu, as nuvens escuras cobriram todo o céu, deixando com um manto azul escuríssimo, e todo o clima foi envolto com um vento estrondoso. Iria chover, e muito, o que não era comum, já que não estava em época fria. Talvez, o inverno tenha chegado mais cedo, e por isso todos da cidade se esconderam em suas casas, fecharam as portas e janelas, e prepararam sopa, para quando a noite chegasse já estivessem preparados o bastante.

Mas, a Dinah ainda estava no hospital, junto ao Jimin, o Jungkook e, surpreendentemente a Violet. Ela havia ficado para trás quando vieram buscar as crianças, e mesmo após terem feito a chamada, não a procuraram, e ela matutou várias ideias melancólicas quando percebeu que havia perdido sua carona para o orfanato. Mas ela sabia que não estava encrencada, e muito menos que as pessoas de lá tinham cansado de si e lhe deixado para trás, pois, tinha certeza que sua amiga Hilary havia lhe ajudado, mesmo sem ela ter pedido.

A garotinha massageava a mão da idosa, esta que estava quase dormindo, por conta de sentir pontadas em seu corpo inteiro, e ela achava que descansando toda a dor passaria.

—Eu queria ter o poder de não sentir dores. —a idosa sibilou, tão baixo que a pequena mal pode escutar.

O hospital não estava cheio, tinha pouquíssimas pessoas, como se todos estivessem curados de repente e apenas a Dinah tivesse ficado para trás. Talvez ela realmente fosse uma idosa sem sorte.

Seu cabelo, algumas semanas atrás, havia começado a cair, e ela não se sentiu triste, mas sim incomodada. Desde que chegou no asilo e viu que a maioria dos velhinhos não tinha cabelo, ela se sentiu cabisbaixa e com medo de a olharem com mal olhos por ela ter, a considerariam uma egoísta. E foi por isso que ela pediu para cortá-lo, ficando com um cabelo curtinho, a deixando até mesmo mais bonita. Mas, daquela vez, ela não havia pedido para cortar ainda mais, e não estava gostando nem um pouco de acordar e ver em sua almofada uma grande quantidade de fios de cabelo cinzas.

Oh céus, aquilo era assustador.

O médio havia lhe dito que ela estava com síndrome anêmica e era comum que seu cabelo caísse, que ela sentisse tonturas repentinas, que perdesse o apetite, que tivesse dores de cabeça —mesmo tomando uma grande quantidade de remédios—, que seu coração batesse mais rápido independente se sua ação fosse pacífica. Ela estava com leucemia e já esperava que os sintomas fossem graves. Ela sentia que estava partindo, mas nunca imaginou que seria de um modo tão doloroso.

—Mas você não acha que seria ruim? Quando estivesse com algum machucado você não sentiria, portanto, ele iria piorar... —Violet contrapôs envergonhada, pois, de fato, ela estava falando com uma pessoa bem mais velha que si, com mais conhecimentos, e ela se sentia envergonhada em discordar com qualquer que fosse seu argumento.

—Oh... é verdade. —concordou, matutando por alguns segundos a sua ideia tola, fazendo a criança ficar surpresa pois esperava, na verdade, um sermão.

Violet então se deitou na poltrona ao lado da idosa, pois estava cansada demais e mal aguentava conversar. O dia fora longo, ela havia brincando por muito tempo com sua amiga Hilary na hora do intervalo e nunca havia conversado tanto na aula. Ela sabia que estava se metendo em vários problemas, pois o olhar que a professora lhe lançou quando as pediram para fazer silencio pela milésima vez, a fez engolir em seco e ficar assustada só de imaginar nas consequências. Realmente, seus problemas não eram poucos.

Mas, o clima estava tão frio que ela mal conseguiu ficar dez minutos cochilando na poltrona de couro, então logo desistiu de descansar, aceitando que merecia aquilo, mesmo estando com um sono extremo. Violet tinha que aceitar que nada do que fez naquele dia era certo, todos os seus atos foram mal pensados e ela estava pagando por isso. Mas, pensando naquele momento, sua amiga Hilary também tinha culpa, já que ela não impediu nenhuma das vezes e não lhe chamou para ir embora, mesmo sabendo que ela estaria no asilo.

Cálida neve {jjk+pjm}Onde histórias criam vida. Descubra agora