-Capítulo 8-

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- Foi morte súbita. Acho que ela não sofreu tanto.

- É eu sei. Bom, já teve alguma novidade hoje, docinho?

- É... a empresa de engenharia me ligou hoje, e... eu marquei uma entrevista de emprego.

- Isso é bom. Não era uma das coisas que você mais queria? Então, acho que demorou demais até perceber que o nosso acordo foi mais que necessário. E isso é só o começo.

- Você vai ficar me seguindo? Para todo o lugar?

- Vou sim. Algum problema?

- Não gosto muito de você, nem da sua presença.

- Olha só, temos algo em comum então.

- Porque não fica no seu lugar? Já tenho o que quero, e você também, não pode me deixar em paz agora?

- Paz? O... o que é paz?- sorri me deitando naquele colchonete.- Eu só posso parar de te seguir quando o meu pai tiver o que qjerquer.

- E o que ele quer?

- Calma, apressadinha. Irá saber aos poucos. Não se esqueça que não há como quebrar o acordo, e se você tentar, será pior para você.

- Eu não vou quebrar.

- Mas vai tentar. Eu sei bem o que vai acontecer, e em um momento de desespero você vai se arrepender profundamente de ter fechado algo comigo. Agora se arrume, mais tarde tenho algo para te dar.

Ela assentiu enquanto eu saía. Ninguém estava no palácio quando eu cheguei, a mesma sensação veio. Olhei para o porta retrato da minha mãe, lembrando da batalha mortal que ouve entre anjos e demônios na qual ela morreu, eu ainda era nova, e dês daquele dia numca mais derrubei nenhuma lágrima transformei a dor em força e a cada sentimento ruim, ia até a ala de tortura e pegava uma alma qualquer apenas para vê-la morrendo. Nunca senti remorso, gostava. Era aliviante, alucinante ver alguém tão triste. Mas não senti tanta satisfação em ver Lalisa triste, foi bom, mas não como era com outras pessoas. Meu quarto sempre me trazia a leveza brincar com os outros me trazia conforto e eu não pararia tão cedo.

Um demônio não tem sentimentos. Meu pai dizia isso sempre. Mas se não existia sentimentos, porque ele ficou com a minha mãe? E ainda teve uma filha? Claro que eu queria uma família, um relacionamento, mas todos os demônios que habitavam ali não me interessavam, meu pai também não aprovava nenhum deles. Acho que ficaria sozinha e não era bem aquilo que eu queria.

- O que você tem?

- Nada, Jisoo.

- Porque nunca conversou civilizadamente comigo ou com Yoorim? Sempre tão seca, fria.

- Você quer que eu fale o que, lindinha? Não tenho nada.

- Ainda me surpreende ainda ter alguém, Jennie.

- Alguém? Quem?

- Eu e Yoorim somos nada para você? Somos demônios, sim somos. Mas precisa de tudo isso? Você faz esse tipo de coisa para esconder toda a sua dor, começo a concordar com algumas coisas que a nossa prima fala, por isso que não tem amigos, vive cheia de ódio, frieza. Aonde quer chegar com tudo isso? Quem você quer ser fazendo tudo isso?

- Eu sou a filha do Lúcifer, Jisoo! Não posso ser menos que isso, tenho sempre que ser a melhor, e não vai ser a droga de uma verdade que vocês duas falam para mim que ficarei mais fraca. Aceita isso, eu sou melhor que vocês e nada vai mudar. O número de caixas não prova quem é mais forte ou mais fraco. Yoorim está apaixonada pela Yiren, você não tem coragem de trazer Tzuyu pra cá, alguma vez eu falhei? Eu nunca falho.

- Quando você falhar, Jennie, você vai ver que é normal. E quando isso acontecer perceberá que ninguém é melhor que ninguém. E eu sei qual vai ser o seu erro. É algo que você julga. Vai acontecer com você.

Jisoo tinha um dom, ela via, previa, sentia tudo o que iria acontecer até o último dia da vida de alguém. Eu também tinha isso, mas era até só um ponto. Sabia de coisas que aconteceria com Lalisa, mas só até certo ponto. Quando ela saiu, me encontrei pensando sobre tudo mais uma vez, em ser a melhor o tempo inteiro.

Após me vestir, peguei a maleta destinada a ela e voltei para o seu quarto. Ela digitava algo no seu computador, não podia aparecer, sua amiga estava conosco. Desci até a cozinha e vi o seu avô olhando para uma garrafa de vodka, eu sabia que ele a tomaria inteira, pra ele agora sem a mulher sua vida não fazia sentido.

- Lisa, sai desse computador.

- O que você quer?

- Vamos sair para algum lugar? Está tendo um show ali na praça.

- Você não vai. Irá acontecer um acidente, e muitas pessoas irão morrer.

Me sentei ao lado de Chaeyoung, não gostava muito dela e o seu medo era tão bom ser sugado. Mas não agora, talvez Lalisa ficasse chateada comigo.

- Melhor outro dia, Chae.

- Então eu vou pra casa. Fique bem.- revirei os olhos quando ela deixou um beijo no topo da cabeça de Lalisa, uma frescura. Me senti enjoada.

Esperei até que ouvisse a porta da entrada fechar para finalmente me sentir a vontade ali no quarto dela. Peguei um ursinho o jogando para o alto, tendo a sua atenção agora.

- Você de novo, coisinha insuportável.

- Apelidos agora, Lalisa? Toma.- entreguei a ela a maleta vendo o seu olhar surpreso ao ver tangas notas de cem.

- O que é isso...?

- Dinheiro?

- Quantos tem aqui?

- O suficiente para você pagar a sua faculdade até você se formar. E isso? Isso, docinho, é só o começo.

O começo de muitas coisas.

The Pact ( Jenlisa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora