-Capítulo 18-

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Olhava para ela que brincava sem preocupação alguma com o Kuma. Ela corria em volta do sofá enquanto a bolinha de pelos escuros ia atrás dela latindo e balançando o rapinho freneticamente. Aquela imagem ficou grudada na minha mente, e a cada sorriso dela eu relaxava e sorria também. Ela correu até mim, parecia uma criança naquele momento, era inocente, sabia que era.

Ela se jogou no sofá cansada de tanto correr e parecia que o seu amigo também, me sentei ao seu lado acompanhando a sua respiração forte, era quase impossível não querer olhá-la o tempo todo, era meio viciante.

-  Hey, eu pensei que esse corte já havia saído do seu rosto.

- É... o Kuma deve ter me arranhado ontem.

- Nossa, mas olha o tamanho disso, Jennie. Kuma não tem uma unha tão grande assim. Você está mentindo.

- Não estou.

- Eu sinto isso. Não vou te forçar a falar, você é um demônio não seria para menos.

Ela murmurou se levantando e indo até o seu quarto, minutos depois ela voltou com a pomada e um curativo a sua cara ainda meio fechada, e pela primeira vez me arrependi de ter mentido para ela. Sua mão desceu até o meu ombro onde havia algumas marcas recentes, muitos recentes, do chicote. Mas fiz de tudo para não transaperecer a dor. Me inclinei para frente apenas para aplicar suaves beijos em seus lábios, deixando minha mão cair na sua cintura, quando senti um mínimo sorriso deixei que a minha língua deslizase para dentro como as minhas mãos para dentro da sua blusa sentindo a sua pele na palma da minha mão. Seus dedos em meus fios sempre me acalmava, como um luz do sol na tempestade. Aquilo era muito bom, ter um conforto estranhamente bom estando com ela.

Minha mão subiu um pouco mais, não sabendo se ela aceitaria ou não, mas pelo jeito que estava tão entregue ao beijo e aos meus toques resolvi arriscar. Toquei o seu sutiã sentindo a renda mas não sendo suficiente. O apertei ainda por cima daquela peça recebendo uma luvada de ar e um suspiro. Mas ela me deteve assim que a outra mão desceu um pouco mais.

- O que foi...?- sussurrei tão perdida em seu pescoço que não soube dizer ao certo se ela havia escutado.

- Eu tenho que ir na casa do meu avô hoje.

- Não tem como ir mais tarde?

- Não, coisinha insuportável. Eu vou me arrumar, espere-me aqui.

Quando ela levantou e olhou para baixo começou a gargalhar de uma forma desenfreada, olhei para ver o que era mais não achei nada.

- Do que está rindo, docinho?

- Para pouca coisa você já está assim?

Eu me toquei no exato momento que ela apontou para algo muito bem marcante na minha calça, eu sorri para ela me levantando e ficando na sua frente. Empurrei o meu quadril contra o seu corpo acompanhando os seus olhos sd fecharem e o seu ar de deboche indo embora dando espaços para uma Lalisa submissa.

- Viu só como você me deixa? Isso foi apenas por um beijo.

- Se isso foi apenas um beijo, não imagino o que outras coisas podem fazer.

- Em vez de imaginar porque não sente na prática?- ela riu negando enquanto me empurrava para longe.

- Você não perde uma não é?

- Se tratando de você? Não.

Ela conseguiu fechar a porta antes que eu entrasse, mas algumas vezes eu passava do limite e a olhava tomar banho, me aliviava com aquela imagem também. As vezes eu me sengia uma depravada, mas eu não tinha culpa se ela era extremamente bonita.

A caminho da casa do velho eu ia ao seu lado mas apenas ela me via, as caras das pessoas que olhavam para Lalisa eram as melhores, pois parecia que ela estava falando sozinha. Sugeri que da próxima vez ela colocasse fones, assim imagináriam que estava falando ni telefone. Mas eu segurei o seu braço assim que paramos na frente de sua antiga casa. Sentia uma energia forte, horrível e sugadora.

- O que foi?

- Tem algo lá dentro. Algo que não vai te fazer bem se entrar.

- E o que é?- eu coloquei a mão na boca assim que vi o que se tratava.- Jennie  você está me assustando.

- Fique aqui.

Quando eu entrei dentro daquela casa senti um peso enorme nas minhas costas e nas minhas pernas, como se tivessem colocado milhões de pessoas em cima de mim. Subi até o antigo quarto de Lalisa sentindo essa pressão cada vez maior. Até que eu abri a porta.

- Puta que...

- VOVÔ!

...

The Pact ( Jenlisa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora