The Pact ( Jenlisa G!P)

-Capítulo 26-

Acordei sentindo um peso nas costas, como se alguém estivesse em cima de mim. Olhei para Lalisa que ainda dormia ali ao meu lado, a levei nos meus braços no meio da noite assim que ela pegou no sono. Não era ela que estava nas minhas costas.

Respirei fundo fechando os olhos novamente concentrando a minha respiração e depois de muita dificuldade me virei de barriga para cima para por fim, me sentir normal de novo. Ainda controlando a respiração pesada, me sentei, olhando para a menina e ainda sentindo uma presença estranha lá no quarto, olhei em volta mas não havia nada então deveria ser algo da minha cabeça. Me deitei de novo, chegando mais perto de Lalisa e sentindo o seu leve perfume doce, quase inexistente. Ouvi umq movimentação lá na cozinha e voz chata e irritande de Chaeyoung conversar provavelmente com o Kuma. Mas o meu real foco estava para a garota ao meu lado, que começava a abrir os olhos e se espreguiçar, emitindo alguns sons completamente engraçados e fofos.

Seus olhos pararam em mim, e eu quis abraça-la quando um sorriso meio pequeno surgiu nos seus lábios, felize por me ver ali. Nunca me senti tão bem.

- Bom dia, docinho.

- Bom... dia...- ela murmurou ainda sonolenta bocejando entre uma palavra e outra. Quando pareceu um pouco mais acordada se sentou ali com o cenho meio franzido e tocando rapidamente o pescoço.

- O que foi?

- Tive... um sonho muito estranho. Parecia bem real até.

- Quer me contar?

- Estava na sala, e duas coisas falavam comigo. Mas eu não conseguia escutar, eles apontavam para o meu pingente e me faziam sinais com as mãos.

- Como eles eram, Lisa?

- Não sei, não vi o rosto deles. Era uma luz branca, mas tinha formato de corpo humano. Eu não conseguia enxergar por conta da forte luz envolta deles mas passavam segurança.

Eram... anjos...

- Uau, um sonho bem... diferente.

- Porque eu sonhei com isso? E porque eles apontavam tanto para o meu pingente?

- Deve ter sido coisa da sua imaginação, docinho, pare de pensar nisso.

Me levantei indo em direção ao seu banheiro, estava nervosa e suava um pouco me abaixei apenas para molhar o rosto mas quando me levantei, vi pelo o espelho algo negro e muito alto no canto da parede do quarto dela, não via os seus olhos, era uma sombra mas que começava a se destribuir pelo o teto. Aquilo me assustou. Olhei rapidamente para trás e não vi mais nada, a não ser Lalisa entrando ali esfregando as mãos nos olhos ainda bem sonolenta.

Ela passou por mim deixando um beijo em minha bochecha e indo em direção ao chuveiro. Ouvi a sua voz mas não prestei atenção no que dizia, querendo entender o que era aquilo.

- JENNIE?- dei um pulo com o seu grito.- Você ouviu o que eu falei?

- Não... ainda estou meio sonolenta. Pode repetir?

- Você quer tomar banho comigo?

- S-sim.- olhei por uma última vez o seu quarto indo em direção a ela e tentando parecer o mais normal possível.

Quando saímos, Chaeyoung arrumava a mesa para o café, e mesmo a odiando não podia negar que o cheiro estava ótimo. Me sentei ali tendo uma visão para a porta de entrada e a metade da cozinha. Lalisa me servia e ainda meio distraída eu falava o que queria.

- O que vão fazer hoje?

- Não sei, é a primeira sexta-feira que a Jennie fica aqui comigo, então...

- Podemos ir ao cinema? Ou a uma balada?

- Odeio baladas e cinema.- senti o pé da Lisa me dar um leve chute por debaixo da mesa e quando a olhei, pude ver uma mensagem como "colabora também, querida".- Porque não ficamos em casa?

- Temos uma vida social, e fazemos coisas que qualquer humano faz... ah... eu esqueci que você não é um humano.

- Chae-

- Prefiro ser um demônio do que uma idiota igual a você.

- Jen-

- Pelo menos posso aparecer em qualquer lugar sem que os outros saíam correndo.

- Chae-

- Como assim? Como eles tem coragem de permanecer no mesmo ambiente que você? Não ficam com medo dessa sua cara de cadela?

- CHEGA INFERNO!- o silêncio foi total assim que Lalisa gritou.- Vocês querem parar com isso? Meu De... Isso é infantil! Vocês tem quantos anos?

Murmurei pegando mais uma uva do meu prato. Quando olhei em direção a Chaeyoung arregalei os olhos em ver a mesma sombra atrás dela, cobrindo as suas costas e uma leve camada envolta do seu pescoço, agora eu conseguia ver dois pontos vermelhos em uma parte daquilo, me encarava e cada vez mais se enrolava no pescoço de Chaeyoung. Eu comecei a tremer, e na minha cabeça aquela menina iria morrer se eu não fizesse nada.

- Meu pai não te quer aqui! Deixe-a livre, essa alma não te pertence! Volte para o meu pai, saía daqui!- eu falei em alto e bom som para que aquilo ouvisse, as duas me encararam, e olharam para onde eu olhava. Os olhos daquilo estava aumentando.- Saía daqui! Ela não tem ligação! Ela não tem acordo! Volte para as trevas agora!

Aquilo se afastou, até que sumiu depois de se enconstar na parede. Senti a minha energia completamente sugada e a última coisa que senti foi o meu corpo mole e uma possível queda.