The Pact ( Jenlisa G!P)

-Capítulo 32-

- O que... você queria falar?

- Pode falar primeiro, Jen.

- Não, sinto que o seu é mais importante que o meu...- ela me encarou durante um tempo, bem no fundo dos meus olhos, aquilo me incomodou.

Será que ela sabia? Céus, ela já deveria saber...

- É, Lisa... eu sei... você é um anjo.

- Você sabia? Quando descobriu?

- Não faz tanto tempo assim...

- Eu sei da batalha, Jennie. E eu vou participar dela.

- NÃO!- seu grito me fez pular, parecia que eu estava preste a matar alguém, aquilo a fez tremer, como eu nunca tinha visto antes.- Você não pode lutar, Lisa. Você não pode fazer isso.

- Porque eu não posso? Eu sou um deles, Jennie, e tenho que lutar.

- Você não precisa... por favor não faça isso.

- Eu sou um anjo, Jennie. Tenho que me juntar a eles.

- É perigoso, Lisa. Você ainda está no começo de tudo...

- Eu sei disso, o meu treinamento começa amanhã.

- Não, Lisa...- ela sussurrou segurando as minhas mãos, não olhava pra mim, tremia, sentia que ela queria chorar. Mas não sei se faria.

- Porque não?

- Porque... porque eu te amo, Lisa. E se você se machucar... eu nunca vou me perdoar por isso. Você estará em um lugar novo, meu pai quer acabar com todos os anjos, não vá para lá... fique aqui...

- Você também vai batalhar, Jennie... você também pode se machucar.

- Eu sou mais experiente, meu docinho... eu treino dês que nasci...

- Mas mesmo assim, pode ser perigoso.

Fui calada com a sua boca na minha, abraçando minha cintura tão forte que eu me senti bem com aquele ato. Segurei seu rosto com as minhas mãos, acariciando as suas bochechas e me inclinando para beijar aquela boca que eu tando desejava. Nunca foi tão doloroso beijá-la, era como um adeus. E não fazia sentido, pois ela estava ali, e eu estava com ela, aquilo importava.

Sua língua dançou junto a minha de una forma calma, como os meus carinhos em suas bochechas, o seu perfume impregnou em minha roupa e eu acabei sorrindo por querer aquilo. Eu queria ela. Começava a precisar dela.

- Eu também te amo, coisinha insuportável...- murmueri.- Você não pode... lutar sem mim...

- Prefiro lutar sem você do que contra você, Lisa...

Não consegui opinar, voltamos a estaca zero com as nossas línguas em pleno contato uma com a outra. Sua mão quente entrou em minha blusa arranhando a minha barriga de uma forma forte e precisa naquele momento, mas sem segundas intenções por parte de ninguém. Não no momento.

Meu pulmão começava a doer, querendo ar, mas aquele momento estava tão bom que "parar" não fazia parte do meu dicionário. Então Jennie começou a diminuir o ritmo de tudo, mas ainda acariciando a minha barriga de um jeito meio estranho, mas maravilhoso. Seu último selinho foi aplicado com uma delicadeza grande em meus lábios, como se eu fosse feita de papel.

- Você vai precisar ser forte, Lisa... muitas coisas vão acontecer...

- O que irá acontecer?

- Algo que vai te machucar muito, mas você não pode deixar isso abalar você.

- Do que você está falando?

- Não posso... não posso falar... mas eu garanto que depois disso, irá chegar um ser que mudará a nossa vida, de muitas formas.- então seus carinhos em minha barriga continuaram, e eu a vi sorrir, a perguntaria se eu não me sentisse tão bem e a vontade.- Você tem que ser forte por nós, Lisa.- sussurrou.

Eu não entendi, mas concordei com a cabeça. Me deitei em suas pernas, deixando que o seu carinho em meus fios me levasse a outro mundo maravilhoso e sonolento. Sua voz leve cantarolando algo me deixou em sonhos bons, e pude desejar ela ali comigo mais uma vez.

...

- Chaeyoung?

- Oi...

- Que horas são? Meu Deus, aconteceu alguma coisa? Estava chorando?

- Não tenho muito tempo, Lisa. Eu vim me despedir.

- Se despedir? Como assim?- olhei pro relógio da minha cabeceira e ele marcava quatro em ponto.- Como você entrou aqui, sua doida?

- Eu preciso ir, Lisa. Só queria que me visse uma última vez.

- Do que está falando, Chaeyoung? Para com isso está me assustando.

- Apenas prometa a mim que vai se cuidar, e cuidar dessa futura criança?

- Que? Como assim? Que criança? O Kuma? Ele está bem! Pra onde você vai?

- Promete?

- Para de chorar!- joguei a coberta longe, me colocando a sua frente, segurei as suas mãos e elas me pareciam geladas, muito geladas.- Credo, Chae, você está gelada demais. Está fazendo tanto frio lá fora?- então ela começou a chorar tanto que me assustou. Se agarrando ao meu corpo, me arrepiei completamente quando o seu rosto entrou na curva do meu pescoço, ela estava tão fria.- Conte-me, o que está acometendo...

- Eu amo você, Lali... eu amo você...

...

Dei um pulo na cama depois daquela última frase de Chaeyoung, suava tanto que o ar era pouco no momento. Tentei controlar tudo, mas fui impedida pelo o celular. Antes de pega-lo, olhei para o relógio e ele marcava quatro da manhã, me senti estranha por aquilo.

- Senhora Park?

- Lalisa... desculpa ligar a essa hora...

- Aconteceu algo? Está tudo bem?

- Chaeyoung deu entrada no hospital mais cedo reclamando de uma dor estranha em sua barriga, os médicos disseram que era apenas cólicas, mas... não era...

- Ela está bem?- perguntei já me levantando e pegando o meu moletom. Mas não consegui fazer mais nada depois daquilo:

- Chaeyoung veio a óbito, Lalisa... a nossa menina nos deixou aqui...

...