Traduzindo "Remus Lupin and the Priosoner of Azkaban" (originalmente em inglês de alristotle) para português. Espero que gostem :)
Suas mãos estavam segurando o peitoril da janela tão forte que os nós de seus dedos chegam a ficar esbranquiçados. Ele olha a noite através da janela, observando o pequeno vilarejo em Yorkshire. Apenas alguns postes de luz estavam iluminando a escuridão. Ele repousou sua cabeça no vidro gelado e fechou seus olhos.
Sentiu uma brisa morna atravessar seus cabelos, fazendo os cachos castanhos caírem no seu rosto. Tinha cheiro de verão e provavelmente vinha de uma, das muitas, janelas quebradas dessa casa, agora arruinada.
De repente, ele abriu seus olhos e olhou para o seu reflexo no vidro sujo.
Neste estado, ele parecia uma sombra vazia. Seus olhos, que por vez já foram profundamente radiantes com inteligência e felicidade, agora somente pareciam cansados e a parte branca do seu globo ocular ainda por perder a coloração vermelha. Ele tinha olheiras pesadas em baixo de seus olhos, pela falta de sono na semana anterior. Os cortes recentes e os machucados roxos ao lado de seu pescoço estavam claramente visíveis. O homem estava, no mínimo, uma confusão. A lua cheia arrecém tinha passado, foram mais de duas noites, então o que ele esperava.
"Pense sobre isso, Remus." O homem parado a alguns metros atrás dele falou novamente.
Remus agora examinava a aparência do seu visitante, refletindo apenas acima do seu ombro direito. Para ele, o outro parecia como sempre. Fazia onze anos desde a última vez que ele tinha visto o homem mais velho, mesmo assim ele parecia não ter envelhecido um único dia, ou ele apenas estava alheio a isso.
"Alvo, você sabe perfeitamente bem sobre mim e a minha condição, portanto sabe muito bem que eu não posso, de jeito algum, fazer o que você me pediu." Ele lembrou-o e se virou para encará-lo. "Se eu retornasse a Hogwarts, eu seria uma ameaça aos funcionários e igualmente aos estudantes".
"Os tempos mudaram. Você não é mais um adolescente, Remus. E diferente de todos aqueles anos atrás, agora há uma poção para diminuir o perigo que há em você." O homem mais velho disse ferozmente. Remus capturou seu olhar e acenou com a cabeça.
"Eu nunca tomei a Poção de Acônito, não posso pagar pelos ingredientes. Como vou saber se funciona pra mim? Você não pode ter certeza, Dumbledore." Ele desviou o olhar, olhou ao redor da casa arruinada do trouxa em que ele estava hospedado nesses dias. Depois disso, ele teria que se mudar novamente.
"Vai funcionar, confie em mim. Você, com certeza, terá um acesso ilimitado da poção. Nós temos um professor de poções mais do que qualificado em Hogwarts." Alvo Dumbledore argumentou, acariciando sua barba prata distraidamente.
"Ainda é o professor Slughorn, que nem antes?" perguntou Remus, genuinamente curioso.
"Ele se aposentou uma década atrás. Professor Snape tomou seu lugar, tanto de professor em poções quanto de diretor da Sonserina."
"Snape? Severus Snape?" Remus balançou sua cabeça em descrença. "Mais um motivo para não voltar. Ele me odeia."
"De fato, ele odeia" Dumbledore concordou, sem tentar esconder isto. "Além disso, ele tem me alertado inúmeras vezes de como a decisão que eu estava tomando era péssima. Ele não tem certeza de onde está a sua lealdade agora, Remus, que seu amigo está à solta."
Ele piscou duas vezes, confuso. Exatamente quem está à solta?
"Desculpe-me professor, acho que eu não tenho certeza do que você está falando. Eu não tenho um amigo na pris-..." No final da frase sua voz vacilou, conforme um rosto foi se formando em sua mente. Ele não tinha um amigo na prisão, mas ele não poderia ter escapado, poderia? "Não pode ser..." ele sussurrou.
Dumbledore procurou dentro de sua capa azul, retirou um jornal cuidadosamente dobrado "Devido a sua preocupação com a lua cheia, você talvez não tenha lido as notícias."
Remus alcançou a cópia do Profeta Diário que o homem mais velho estava segurando, mas ele o puxou de volta. Ele olhou-o firmemente nos olhos, passando uma mensagem clara. Isto não é o que parece. Depois ele entregou o jornal a Remus e ele o desdobrou as pressas, virando-o e vendo a pagina inicial. Sua respiração estava agora fora de seu controle conforme seus olhos liam a manchete.
Sirius Black ainda a solta
Sirius Black, possivelmente o prisioneiro mais famoso já mantido na fortaleza de Azkaban, ainda está foragido, o Ministro da Magia confirmou hoje.
Suas mãos não conseguiam mais segurar firme o jornal, então o resto do artigo estava ilegível pra ele. Ele virou para a fotografia. Os olhos sombreados do homem eram a única coisa familiar para Remus. As bochechas de Black estavam afundadas e sua pele branca como ceira o fez parecer morto.
Remus John Lupin encarou os olhos do homem que um dia ele amou. Não sentia nada olhando para ele, nada além de ódio.
"Ele escapou cinco dias atrás. Nós dois o conhecíamos bem uma vez, Remus. Mas ainda está além de minha sabedoria saber como ele fez isso. O rumor é que ele está fora para matar, fora para matar a única pessoa entre Voldemort e a sua ascensão ao poder. Harry. Harry Potter." Dumbledore explicou ao jovem homem, mas era como se ele tivesse ouvido sua voz a quilômetros de distância. Sua cabeça estava nublada pelas memórias e pensamentos obscuros que ele teve durante anos, sobre o que aconteceu com os seus queridos amigos e como ele poderia ter prevenindo isso.
Remus juntou todas as suas forças para desviar o olhar da foto. Ele encontrou os olhos de Dumbledore, olhando para ele através seus óclinhos de meia lua.
"Se tiver alguma coisa, por menor que seja, sobre Black que talvez ajude a encontra-lo, agora seria a hora para me dizer." Disse o professor.
Ele não tinha mudado, Remus teve o familiar sentimento de ser olhado assim, lembrou-se de quando ele ainda era um estudante. Era como se ele fosse esse sábio diretor que já sabia tudo o que você tinha feito, mas precisava que você admitisse isto. De como Dumbledore confiava nele, desde o dia que ele o encontrou pela primeira vez, quando ele apareceu em sua casa, ele confiava nele. E como quantas vezes ele quebrou esta confiança sem que o outro soubesse. Ele não estava pronto para admitir isso a ele, mesmo que isso desse a Black uma grande vantagem.
"Não há nada, diretor. Eu estou tão surpreso quanto você, pela fuga repentina." Ele respondeu baixo. Isto não era mentira, ele duvidava que já tenha estado mais surpreso. Mas novamente, ele estava mesmo? Ninguém nunca escapou de Azkaban antes, mas Sirius Black não era um bruxo qualquer e ninguém sabia daquilo melhor que Remus. Pelo menos ele achou que sabia.
"Tudo bem. Agora, Remus Lupin, tomará a posição de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas este próximo ano em Hogwarts?" Dumbledore perguntou quando um pensamento atravessou a mente de Remus. Talvez o diretor somente queria ele lá porque Sirius escapou e agora ele decidiu cuidá-lo de perto.
"Sim." Ele ouviu a si mesmo dizer, mesmo que não soasse como ele.
"Obrigado, professor." Dumbledore sorriu gentilmente para ele. "Eu preciso que você pegue o trem em primeiro de setembro, às onze da manhã na plataforma nove três quartos."
"O trem é reservado aos estudantes, por que você me faria pegá-lo?" Remus perguntou, agora se inclinando sobre o peitoril da janela.
"Você verá." Dumbledore disse e se virou pra sair. "Mantenha em mente que os tempos talvez mudem, mas algumas pessoas nunca realmente mudam."
Remus assistiu-o silenciosamente abrir a porta que estava conectada apenas por uma das dobradiças e assim que ele pisou um pé do lado de fora, ele aparatou.
Agora, Remus Lupin olhou para fora da janela novamente, o Profeta Diário ainda está em suas mãos e se perguntou se cometeu um erro terrível.
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Remus Lupin e o Prisioneiro de Azkaban (Portuguese Version) #wolfstar
FanfictionEste é o terceiro livro de Harry Potter (Prisioneiro de Azkaban) visto pela perspectiva de Remus Lupin --- "O assassinato dos Potter e de Pedro Pettigrew sempre foi um quebra-cabeça com centenas de peças para mim. Cada peça contém uma informação, to...